https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/issue/feed Afluente: Revista de Letras e Linguística 2025-08-20T18:38:56-03:00 Luís Serra luis.henrique@ufma.br Open Journal Systems <p>Afluente: Revista de Letras e Linguística, em formato eletrônico, foi criada em 2015 pela Coordenação de Letras, da Universidade Federal do Maranhão, campus Bacabal, com o objetivo de promover e divulgar pesquisas nacionais e internacionais sobre Linguística, Teoria Literária, Estudos Comparados, Língua Portuguesa, Ensino de Literatura e Língua Portuguesa e, por fim, Língua Brasileira de Sinais.</p> <p>Atualmente, publica dois números por ano, constituídos sobretudo de artigos, resenhas, ensaios e entrevistas nacionais e/ou internacionais.</p> <p>O periódico recebe trabalhos <strong>inéditos</strong> (artigos, resenhas e ensaios) em suas duas seções, Estudos Linguísticos e Estudos Literários. A <strong>Afluente </strong>recebe trabalhos <strong>apenas</strong> de professores <strong>doutores. </strong>Mestres, mestrandos e doutorandos podem submeter textos desde que em <strong>coautoria com um professor doutor.</strong> A recepção de artigos dá-se em fluxo contínuo, com publicações em junho e dezembro.</p> <p>Eventualmente, pode haver publicações temáticas com chamadas e prazos específicos.</p> <p class="default">As línguas aceitas para publicação são o português, o inglês, o espanhol e o francês. Conceitos e opiniões contidos nos trabalhos submetidos à <strong>Afluente</strong> são de responsabilidade de seus autores.</p> <p class="default">ISSN 2525-3441</p> <p class="default">Periodicidade: Semestral</p> <p class="default"><strong>Qualis/CAPES (2017-2020): A4 </strong></p> https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/23812 DIÁRIO DE BITITA 2024-07-30T21:50:32-03:00 Jorlaine Monteiro Girão de Almeida jorlaine_girao@hotmail.com Kelcilene Grácia Rodrigues jorlainegalmeida@gmail.com <p>Fundamentado nos pressupostos teóricos de Lejeune (2008), este trabalho tem como objetivo a análise do aspecto autobiográfico na obra <em>Diário de Bitita</em> (2014) de Carolina Maria de Jesus. É uma pesquisa bibliográfica, de análise literária e caráter imanente, tendo como principais bases teóricas os autores: &nbsp;Philippe Lejeune (2008), Robert Levine e José Meihy. (2015) e Tom Farias (2020). Em primeiro plano, será apresentada a infância sofrida da autora que é enredo da obra <em>Diário de Bitita. </em>Em segundo plano, será analisada a ausência de Carolina no cânone literário. E em terceiro plano, analisaremos a obra <em>Diário de Bitita</em> como uma autobiografia, diferente do que está presente no título do livro definido como diário.</p> 2025-08-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Afluente: Revista de Letras e Linguística https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/24138 Uma Experiência de linguagem em O Irmão Alemão de Chico Buarque 2024-07-30T13:44:17-03:00 Laécio Fernandes Oliveira lfoliveira.36@gmail.com Linduarte Pereira Rodrigues linduartepr@gmail.com <p>O romance <em>O irmão alemão,</em> de Chico Buarque, parte de uma fonte primária (carta), encontrada por uma das personagens, que movimenta o desenvolvimento da narrativa e destaca a singularidade das fontes primárias para a História e a Teoria Literárias contemporâneas. Publicado em 2014, o romance realça um cenário global, com fronteiras territoriais fragmentadas, estruturado entre as tensões do que é real/histórico – entrelaçado numa teia fértil da imaginação –, instaurando um campo ficcional. Logo, este estudo objetivou propor uma leitura semiótica do romance, enfatizando a experiência como um aspecto cognitivo da linguagem, cuja materialidade torna possível visualizar o subjetivo das relações humanas, e os conflitos do território globalizado, transnacionalizado. Seguiu o método de pesquisa qualitativa, realizando uma leitura de alguns de seus excertos, com foco na superfície textual, isto é, na linguagem, pautando-se em Benveniste (1989) e Lacan (1982; 1998) dentre outros; bem como Aira (1993), que possibilitou compreender o elemento ficcional como auxiliar do pensamento, e o exotismo no seu aspecto crítico e positivo. Para isto, Schøllhammer (2021) promoveu a compreensão do exotismo como elemento literário de linguagem. Já Santos (1998) e Bhabha (1998) auxiliaram na reflexão sobre o espaço/território transnacionalizado e instância discursiva. Assim, constatou, em <em>O irmão alemão</em>, uma narrativa sustentada pelo viés histórico de uma fonte primária, embora o leitor encontre estímulos semióticos para transitar pelas fronteiras do real e da imaginação, onde o ficcional se instaura iluminando espaços fragmentados brasileiro-alemão, que refletem um contexto globalizado em que ideologias nazistas e ditatoriais ecoam na materialidade da linguagem.</p> 2025-06-07T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Afluente: Revista de Letras e Linguística https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/24687 O dialogismo e o plurilinguismo nas reportagens e nas cartas enviadas ao "Jornal da Tarde" em Capitães da Areia 2025-05-15T09:47:27-03:00 Amanda Gomes Cruz gomes.amanda@discente.ufma.br Lucélia Sousa Almeida lucelia.almeida@ufma.br <p>Este trabalho objetiva analisar o dialogismo e o plurilinguismo nas reportagens e nas cartas enviadas ao “Jornal da Tarde”, presentes na obra <em>Capitães da Areia</em>, de Jorge Amado, evidenciando como os enunciados dialogam entre si e demonstram diferentes construções ideológicas. De modo específico, busca-se identificar o entrecruzamento das vozes sociais nas reportagens e nas cartas presentes na estrutura do romance, verificar como as posições sociais influenciam a construção e as interações discursivas das personagens e explorar as características dialógicas dos enunciados presentes na narrativa. Como aporte teórico, utilizaram-se as contribuições de Bakhtin (2010, 2012) e Fiorin (2006) sobre dialogismo e plurilinguismo no romance e de Candido (2000) sobre literatura e sociedade, dentre outros. A metodologia consistiu em uma revisão bibliográfica, de cunho explicativo-exploratório e abordagem qualitativa. Os resultados obtidos demonstram que, nas reportagens e nas cartas enviadas ao “Jornal da Tarde”, é possível verificar uma multiplicidade de vozes sociais elaboradas a partir de diferentes posições socioideológicas, em que as personagens se apropriam das vozes das outras e dialogam diretamente por meio de discursos responsivos que se relacionam com os contextos extraverbais e com as posições valorativas das personagens envolvidas.</p> 2025-06-07T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Afluente: Revista de Letras e Linguística https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/24356 SENTIDOS DE FAMÍLIA EM ANUNCIOS IMOBILIÁRIOS EM SÃO LUÍS 2025-08-20T18:38:56-03:00 Líssia Maria Costa Gomes Protázio lissiamaria@ifma.edu.br Glória da Ressurreição Abreu França gloria.franca@ufma.br Mariana Jafet Cestari marianajcestaricefet@gmail.com <p>Neste estudo, utilizamos a Análise de Discurso (AD) de vertente materialista francesa para investigar como a memória, a família e o discurso moldam a ideia de unicidade familiar ancorada em aspectos históricos conservadores. O objetivo é compreender os efeitos de segregação e silenciamento provocados pela sobreposição de espaços e memórias múltiplos e conflitantes na construção discursiva da identidade de famílias socialmente discriminadas quanto ao acesso a condomínios fechados. A pesquisa analisa materialidades imagético-verbais de anúncios imobiliários de três construtoras de grande circulação em São Luís-MA e de propagandas sobre moradia do governo estadual. Adotaram-se os enquadres epistemológicos da AD Francesa, os quais se despontam os principais autores/as: Orlandi (2007), Pêcheux (1999, 2006), Lagazzi (2009, 2012) entre outros. A análise revela como os discursos sobre sonho, moradia, família e segurança articulam movimentos de filiação, contradição e deslocamento. Nota-se que os discursos examinados perpetuam desigualdades e moldam a percepção do que constitui uma “família adequada” para viver em condomínios fechados, reforçando práticas exclusivas e discriminatórias.</p> 2025-08-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Afluente: Revista de Letras e Linguística https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/25063 A construção de sentidos sobre a mulher no sertanejo universitário 2025-07-14T16:02:33-03:00 Alex de Castro da Costa costa.alexcastro@gmail.com Paulo da Silva Lima paulo.sl@ufma.br Helleflan Almeida Machado hellemachado4@gmail.com <p>Este artigo tem como objetivo analisar o processo de construção de sentidos relacionados à mulher no sertanejo universitário, por meio do estudo da materialidade discursiva presente nas letras de músicas desse estilo musical. Adota-se como metodologia neste trabalho o dispositivo teórico-analítico da Análise de Discurso de linha francesa, realizando uma análise discursiva das letras das músicas escolhidas, que são “<em>Amante não tem lar</em>”, composta por Juliano Tchula e Marília Mendonça, e “<em>Chora, boy!</em>”, composta por Simone e Simaria. Os resultados da pesquisa revelam a construção complexa e diversificada dos efeitos de sentido sobre a figura feminina no gênero sertanejo universitário.</p> 2025-07-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Afluente: Revista de Letras e Linguística https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/26025 ORGANIZAÇÃO RETÓRICAS DOS RESUMOS DE MESTRADO DA UNILAB 2025-07-23T10:05:21-03:00 Adriely Clemente adrielyclemente@gmail.com olavo grantizado olavogarantizado@unilab.edu.br <p>Este trabalho tem por objetivo revelar os movimentos retóricos presentes em resumos dos cursos de Pós-Graduação ofertados pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB que não atenderam ao mínimo e nem ao máximo de palavras estabelecidos pela NBR 6028:2021, que são de 150 e 500 palavras, respectivamente. À vista disso, neste artigo, recorreremos às diretrizes de normalização da UNILAB, bem como a própria Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) sobretudo a NBR 6028, a qual estabelece os requisitos de escrita e apresentação de resumos, e aos pesquisadores que contribuíram para a definição, estudo e estruturação dos resumos, a saber: John Swales (2012), Rodrigues (1998), Santos (1995), Motta-Roth e Hendges (2010), e, Ramos (2011), do qual também utilizaremos o seu modelo de organização retórica, bem como nos baseamos em Swales (1990, 2004, 2012), autor que é referência em todo e qualquer trabalho que envolva a análise de gêneros na abordagem sociorretórica. Nosso <em>corpus </em>é constituído por 13 trabalhos com menos de 150 palavras na escrita do resumo e 20 resumos com mais de 500 palavras, ou seja, 33 resumos, portanto, utilizaremos uma metodologia quanti-qualitativa. Os resultados indicam que resumos com menos de 150 palavras não exibem todos os movimentos retóricos. Em contrapartida, resumos com mais de 500 palavras apresentam uma maior quantidade dos movimentos retóricos propostos no modelo de Ramos (2011). Assim, mesmo que os resumos não tenham cumprido o mínimo estabelecido pela NBR 6028:2021 (que é de 150 palavras), eles atenderam às diretrizes de normalização da UNILAB.</p> <p> </p> 2025-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Afluente: Revista de Letras e Linguística https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/26046 RASTROS HISTÓRICOS E GEOLINGUÍSTICOS DA UNIDADE LEXICAL 'PETECA' EM TERRITÓRIOS INDÍGENAS E NÃO INDÍGENAS DE PERNAMBUCO 2025-06-05T15:22:40-03:00 Edmilson José de Sá edjm70@gmail.com <p>Este estudo investiga a distribuição, os significados e as motivações históricas associadas à unidade lexical <em>peteca</em> em Pernambuco, a partir de dados dos atlas linguísticos do Estado e do <em>corpus</em> emergente do Atlas Linguístico de Áreas Indígenas do Agreste e Sertão. Fundamentado nas contribuições de Cardoso (2010) e Thun e Elizaincín (2000) sobre Geolinguística e Dialetologia, busca-se compreender a variação diatópica da lexia, enquanto a Etnolinguística, com base nos pressupostos de Duranti (1997), possibilita a identificação de aspectos culturais e históricos que respaldam a análise em territórios indígenas e não indígenas. Nesse sentido, o objetivo principal é examinar as marcas do contato interétnico e os processos de natureza lexical. Para tanto, a metodologia emprega um enfoque geolinguístico e etnolinguístico, combinando a análise cartográfica da dispersão do termo com o estudo do contexto sociocultural dos pontos de inquérito investigados. Como perspectivas de análise, espera-se identificar traços diacrônicos na distribuição do item lexical, evidenciar substratos indígenas na sua constituição semântica e compreender os efeitos da territorialidade sobre sua manutenção e inovação lexical. Os resultados contribuirão para os estudos sobre diversidade linguística, demonstrando como os atlas linguísticos, ao registrarem fenômenos léxicos em diferentes espaços geográficos, desempenham um papel relevante na documentação e valorização do patrimônio linguístico e cultural brasileiro.</p> 2025-08-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Afluente: Revista de Letras e Linguística https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/26069 Língua, cultura e identidade: fronteiras entre línguas nos dizeres de um imigrante 2025-03-21T17:55:11-03:00 Gabriela Fujita fujita.gabriela@gmail.com Cristiane Carneiro Capristano cccapristano@uem.br <p>Este trabalho analisa como a língua japonesa emerge em interações verbais orais em português brasileiro de um sujeito imigrante japonês, tomando como corpus o documentário <em>As Lentes de Kenji</em> (2008), que homenageia o fotógrafo Kenji Ueta, imigrante japonês radicado em Maringá. Com base na teoria das heterogeneidades enunciativas, de Authier-Revuz (1990; 1998; 2004; 2007), investigamos como o sujeito mobiliza a língua japonesa (e, consequentemente, a cultura japonesa) em sua enunciação, buscando compreender como o sujeito transita entre fronteiras linguísticas e culturais na sua construção enquanto sujeito imigrante e na sua circulação por identidades – no sentido de Hall (2006). Para tanto, foram selecionados e transcritos, de acordo com as normas do NURC descritas por Castilho (2014), momentos em que o sujeito é flagrado transitando entre línguas. Foi realizada uma análise qualitativa desses momentos, a fim de descrever os usos do japonês no dizer do sujeito e compreender os pontos de heterogeneidade mostrada que emergem em sua fala. Os resultados indicam que essas emergências se configuram como marcas discursivas que mostram um sujeito cindido entre línguas e culturas e pela dupla nacionalidade nipo-brasileira. Assim, ao recorrer ao japonês para expressar suas experiências e práticas, o sujeito reafirma suas identidades nipo-brasileira, articulando-se discursivamente entre duas tradições linguísticas e culturais.</p> 2025-07-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Afluente: Revista de Letras e Linguística https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/24358 O ‘NÃO’ ESPAÇO PARA OS LETRAMENTOS NA POLÍTICA NACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO DE 2019 A 2022 2025-02-20T13:04:23-03:00 Graciele Mendes Rodrigues gmendesrodrigues@yahoo.com.br Carlos Henrique Silva de Castro chenriquebh@yahoo.com.br <p>O presente estudo tem como objetivo analisar a Política Nacional de Alfabetização (PNA) no período de 2019 a 2022, com ênfase nos programas 'Conta pra Mim', voltado para auxiliar na alfabetização familiar, e 'Tempo de Aprender', voltado para a formação de professores. Para tanto, utilizamos como metodologia uma revisão bibliográfica e uma pesquisa documental com base no Decreto nº 9.765/2019, que instituiu a PNA, o Plano Nacional de Alfabetização e o Guia de Literacia Familiar. Esses documentos foram analisados, qualitativamente, a fim de se verificar se as teorias de letramento foram minimamente contempladas nas propostas do programa. Como resultado, o estudo dos documentos mostrou que a proposta de alfabetização defendida na Política Nacional de Alfabetização não contempla a perspectiva dos letramentos, não valoriza os estudos brasileiros na área da alfabetização e não contextualiza a escrita nas práticas sociais.</p> 2025-08-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Afluente: Revista de Letras e Linguística https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/25190 Ensino de literatura por meio da leitura parcial de romances: a cara pode ocultar a força do coração 2025-05-26T14:30:46-03:00 Nataniel Mendes da Silva nataniel@ifma.edu.br <p>Este trabalho tem por objetivo investigar as potencialidades e os limites da leitura parcial de romances no processo de ensino-aprendizagem de literatura. Para tanto, inicialmente, descreve uma experiência de ensino e pesquisa, com suas bases epistemológicas, realizada com estudantes do terceiro ano do ensino médio de uma escola pública de São Luís do Maranhão, Brasil. Em seguida, apresenta e discute os resultados obtidos com as atividades propostas. Metodologicamente, o trabalho situa-se no paradigma qualitativo. Foi efetuada uma análise interpretativa das atividades produzidas no curso do projeto <em>Saramaguear o que (não) há de bom</em>, no qual um grupo de estudantes foi desafiado a ler e a interpretar os primeiros capítulos das obras <em>As intermitências da morte</em> e <em>Ensaio sobre a cegueira</em>, do escritor português José Saramago. A análise dos dados, gestados na relação entre os textos, os estudantes e o professor, evidenciou que a leitura parcial de um romance associada à atitude maiêutica docente pode abrir as sendas da leitura literária e, por conseguinte, de nossa humanização. </p> 2025-06-07T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Afluente: Revista de Letras e Linguística https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/26111 NOSSO GRITO EM CAMPANHA 2025-06-19T11:09:32-03:00 Lucas Santos de Assis lucas.assis@fale.ufal.br Flávia Colen Meniconi flavia.meniconi@fale.ufal.br <p>Por meio de uma categorização social, que toma a raça e o gênero como fatores primordiais, povos e culturas inteiras foram estigmatizadas e marginalizadas em detrimento da imagem hegemonizada do homem caucasiano, cisheterossexual, cristão e eurocentrado, resultando na demonização, patologização e aniquilação das práticas sexuais divergentes da cisheterossexualidade. Assim, o referido trabalho, inserido no viés da Linguística Aplicada Transviada e do Letramento Crítico Decolonial, tem por objetivo analisar o desenvolvimento da criticidade de discentes de uma turma da Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio em três campanhas produzidas em aulas de Língua Portuguesa, tematizadas por questões de sexualidades e de gêneros. Para tanto, foi seguida uma pesquisa-ação de cunho qualitativo. A pesquisa possibilitou ampliar o horizonte dos(as) participantes por meio da reflexão crítica acerca das vidas outras, aquelas que sofrem com as imposições sociais, realocadas ao silenciamento social, às violências e à morte.</p> 2025-08-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Afluente: Revista de Letras e Linguística https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/26514 O tempo que atravessa a memória e o espaço que inscreve a resistência 2025-05-09T11:48:34-03:00 Helaine de Souza Maciel helaine.smaciel09@gmail.com Fábio Marques de Souza fabiohispanista@gmail.com <p class="RCP-Textoresumo">Este artigo propõe uma análise do filme “Ainda Estou Aqui” (2024) à luz do conceito de cronotopo, formulado por Mikhail Bakhtin a partir de sua leitura de Dostoiévski. A pesquisa explora como o tempo e o espaço cinematográficos estruturam a narrativa, materializando experiências sociais marcadas por múltiplas camadas de opressão e resistência. Partimos da premissa de que o cinema não é um simples espelho da realidade, mas um espaço de inscrição simbólica e política, no qual corpos, vozes e silêncios se organizam em uma cartografia afetiva e histórica. Para tanto, adotamos uma metodologia qualitativa e interpretativa, conforme Minayo (2001) e Silveira e Córdova (2009), com o objetivo de descrever as relações sociais e as camadas de opressão presentes no filme. A partir da análise de três cenas específicas, investigamos como os cronotopos da cidade grande, do encontro inesperado e do confinamento operam na construção de pertencimento, revelando a interação entre territórios físicos e subjetivos, bem como entre o tempo da memória e o tempo de espera. Os resultados indicam que a justaposição de espaços e temporalidades no filme não só compõe sua estética narrativa, mas também denuncia as dinâmicas de exclusão e resistência que estruturam a realidade dos sujeitos representados. Dessa forma, reafirma-se o cinema como um campo de disputa simbólica, no qual o tempo e o espaço tornam-se elementos centrais na construção de existências e identidades.</p> 2025-07-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Afluente: Revista de Letras e Linguística https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/27412 Avaliação Experimental com Teste Cloze 2025-08-20T16:36:48-03:00 RENATA FRANCISCA FERREIRA LOPES renata.lopes@ifmt.edu.br MICHELLE MITTELSTEDT DEVIDES michelle.devides@ifmt.edu.br <p class="western" style="margin-top: 0.25cm; margin-bottom: 0.21cm;" align="left">Este artigo investiga o nível de compreensão leitora de estudantes ingressantes do Ensino Médio integrado do IFMT - Campus Barra do Garças e avalia a eficácia de um programa de intervenção pedagógica. Trata-se de uma pesquisa experimental explicativa, com abordagem quanti-qualitativa, envolvendo 54 estudantes divididos em Grupo Experimental (GE) e Grupo Controle (GC). Aplicou-se um pré-teste e pós-teste utilizando o Teste Cloze, o Teste Verbal de Inteligência (V-47), a Bateria de Provas de Raciocínio (BPR-5) e produção de redações. O GE participou do Programa de Promoção da Compreensão Leitora (PPCL). Os resultados indicaram que, embora ambos os grupos tenham evoluído, o GE obteve avanços significativamente superiores no pós-teste, migrando do nível instrucional para o independente no Teste Cloze e melhorando seu desempenho na produção textual e no raciocínio verbal. Conclui-se que a mediação sistemática, centrada em estratégias de leitura, mostrou-se eficaz para o desenvolvimento da compreensão leitora, superando barreiras como a falta de tempo e a frágil base familiar de leitura. O estudo evidencia a necessidade de políticas pedagógicas que incluam intervenções estruturadas para a formação de leitores críticos e autônomos.</p> 2025-08-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Afluente: Revista de Letras e Linguística