Afluente: Revista de Letras e Linguística
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<p>Afluente: Revista de Letras e Linguística, em formato eletrônico, foi criada em 2015 pela Coordenação de Letras, da Universidade Federal do Maranhão, campus Bacabal, com o objetivo de promover e divulgar pesquisas nacionais e internacionais sobre Linguística, Teoria Literária, Estudos Comparados, Língua Portuguesa, Ensino de Literatura e Língua Portuguesa e, por fim, Língua Brasileira de Sinais.</p> <p>Atualmente, publica dois números por ano, constituídos sobretudo de artigos, resenhas, ensaios e entrevistas nacionais e/ou internacionais.</p> <p>O periódico recebe trabalhos <strong>inéditos</strong> (artigos, resenhas e ensaios) em suas duas seções, Estudos Linguísticos e Estudos Literários. A <strong>Afluente </strong>recebe trabalhos <strong>apenas</strong> de professores <strong>doutores. </strong>Mestres, mestrandos e doutorandos podem submeter textos desde que em <strong>coautoria com um professor doutor.</strong> A recepção de artigos dá-se em fluxo contínuo, com publicações em junho e dezembro.</p> <p>Eventualmente, pode haver publicações temáticas com chamadas e prazos específicos.</p> <p class="default">As línguas aceitas para publicação são o português, o inglês, o espanhol e o francês. Conceitos e opiniões contidos nos trabalhos submetidos à <strong>Afluente</strong> são de responsabilidade de seus autores.</p> <p class="default">ISSN 2525-3441</p> <p class="default">Periodicidade: Semestral</p> <p class="default"><strong>Qualis/CAPES (2017-2020): A4 </strong></p>Universidade Federal do Maranhãopt-BRAfluente: Revista de Letras e Linguística2525-3441<p>Direitos autorais Afluente: Revista Eletrônica de Letras e Linguística <br /><br /><img src="http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/afluente/management/settings/distribution/undefined" alt="" /></p> <p>Este trabalho está licenciado com uma Licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional</a>.</p> <p> </p>Os fios invisíveis que entrelaçam as realidades borradas em As Babas do Diabo, de Julio Cortázar e sua adaptação, Blow-Up, de Michelangelo Antonioni
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<p>O objetivo deste artigo é realizar uma análise comparada do conto As Babas do Diabo (publicado em 1959), do escritor argentino Julio Cortázar, e sua adaptação fílmica, Blow-Up (lançado em 1966), do diretor italiano Michelangelo Antonioni. A metodologia é uma análise comparativa, focando na estrutura narrativa de cada obra, levando em conta, em especial, os seguintes elementos: enredo, personagens, tempo, espaço, focalização e imagens. Para fundamentar a análise, uma breve revisão de literatura sobre adaptação e teoria fílmica é apresentada, fundamentada em Linda Hutcheon (2006), Deborah Cartmell (2012), Julie Sanders (2005), Linda Seger (1992) e Thomas Leitch (2012). Em relação a nossos resultados, percebemos que a teoria de adaptação de Hutcheon descreve de maneira bastante apropriada como ocorre o processo de adaptação, levando em consideração seus múltiplos aspectos, mantendo sempre em mente o valor de ambas as obras como entidades intertextuais que se enriquecem mutuamente.</p>João Pedro Wizniewsky AmaralEzequiel Lucena de Farias
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2025-02-182025-02-1892612110.18764/2525-3441v9n26.2024.02SÓ SEI QUE FOI ASSIM
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<p>Em 2020, o filme e a minissérie <em>O Auto da Compadecida </em>(2000), de Guel Arraes, passaram por uma remasterização, e algumas de suas partes foram ligeiramente modificadas, a exemplo de sua abertura. A nova abertura traz agora um projeto visual do <em>designer</em> Caramurú Baumgartner em parceria com o estúdio de produções artísticas Koi Factory. Como se sabe, o filme e a minissérie de Arraes são adaptações da famosa peça teatral de Ariano Suassuna, publicada em 1955. Considerando tudo isso, a produção de Baumgartner e Koi Factory estabeleceu uma rede de (cor)referências artísticas e literárias que tornou ainda mais complexa a ficção criada por Suassuna e sua leitura cinematográfica a partir de Arraes. É justamente sobre essa complexidade interartística que trata este texto. São alguns aportes teóricos e analítico-críticos importantes para essa discussão: Hoek (2006), Suassuna (2012), Prado (1988), entre outros.</p>Fábio José Santos de Oliveira
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2025-02-192025-02-1992611510.18764/2525-3441V9N26.2024.03CULTURA E MIDIATIZAÇÃO
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<p>Este estudo visa refletir sobre o processo de midiatização de produtos culturais da contemporaneidade, tomando como exemplo a adaptação de Guel Arraes da peça <strong><em>Auto da Compadecida</em></strong>, de Ariano Suassuna. Com esta pesquisa, buscamos estabelecer uma discussão sobre os fenômenos que atravessam a produção, o acesso e a disseminação de obras artísticas e apontar a contribuição que a adaptação de Arraes deu à obra de Suassuna, ampliando o seu público-alvo e a fixando no <em>rol</em> das grandes obras da Literatura Brasileira. Para fundamentar este trabalho, buscaremos respaldo teórico nos postulados de Ramazzina Ghirardi, Rajewsky e Diniz (2020), Oswell (2006), Storey (1999), Castro (2021) e Souza (2003).</p>Luiz Felipe Verçosa da SilvaAmanda Ramalho de Freitas Brito
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2025-02-182025-02-1892611510.18764/2525-3441v9n26.2024.04DISCO ELYSIUM EM PERSPECTIVA SISTÊMICA:
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<p>Este artigo propõe uma análise do jogo eletrônico hipertextual <em>Disco Elysium </em>(2021) para refletir sobre sua posição como uma obra de arte inespecífica, conforme definido por Florencia Garramuño (2014), marcada por repertórios provenientes do sistema da literatura digital e do sistema de jogos eletrônicos. Para tanto, parte-se da Teoria dos Polissistemas proposta por Itamar Even-Zohar (1990), mobilizando-a como suporte teórico e também metodológico, para compreender de que modo aspectos da estrutura narrativa da obra frustram as expectativas construídas pelo repertório de jogos eletrônicos, fazendo uso de expedientes que são paradigmaticamente reconhecidos como constituintes do repertório literário enquanto comenta sobre sua própria existência como objeto artístico.</p>Rejane RochaAndré Pithon
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2025-02-182025-02-1892612010.18764/2525-3441v9n26.2024.05Do conto ao controle
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<p>O presente artigo trata do processo de transposição de textos literários canônicos para jogos digitais, abordando as modificações necessárias na narrativa, personagens e ambientação da obra original. O objetivo era investigar de que forma a leitura e a interpretação de contos literários impactariam no desenvolvimento de games. Buscou-se incentivar os alunos a realizarem uma interpretação própria da obra escolhida, sem se basearem em análises já consolidadas no meio acadêmico. A metodologia envolveu uma atividade realizada com alunos do curso de Jogos Digitais de uma Faculdade de Tecnologia no interior de São Paulo, na qual os estudantes foram desafiados a adaptar um conto para um jogo na disciplina de Ficção Interativa. Durante o processo, as equipes modificaram o enredo, incorporando novos personagens, ações e desfechos, transformando a narrativa em uma experiência transmídia. Conclui-se que a atividade foi bem-sucedida, pois os estudantes realizaram uma leitura crítica e original do texto literário, demonstrando a relevância da interpretação e da criação no desenvolvimento de jogos narrativos e interativos.</p>SILVIA AP. JOSÉ E SILVA
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2025-02-182025-02-1892611910.18764/2525-3441v9n26.2024.06HAL 9000, MONÓLITO E ODISSEIA CÓSMICA
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<p>Utilizando a metodologia de descrição analítica (CANCLINI, 2016), este artigo discute o papel das tecnologias digitais na adaptação, entendida sob a teoria proposta por Hutcheon (2011), tomando como objeto de estudo o jogo eletrônico <em>Dagon</em> (<em>Bit Golem, </em>2021). O trabalho revela os dispositivos de poder (FOUCAULT, 1980) que impedem o objeto de se apropriar da obra original (LOVECRAFT, <em>Dagon</em>, 1919) e, como resultado, demonstra o fracasso em adaptar a obra segundo os parâmetros de Hutcheon (2011). Além disso, analisa outras adaptações populares e aborda diversas problemáticas que surgem no cruzamento entre novos e antigos mediums (RANCIÈRE, 2016), quando inseridos na produção técnico-artística da adaptação na era da reprodutibilidade (BENJAMIN, 2012).</p>Rejane Cristina RochaBianca Francischini Lisita
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2025-02-182025-02-1892611610.18764/2525-3441v9n26.2024.07O DESLOCAMENTO DO FOCO NARRATIVO NA ADAPTAÇÃO DE "SO MUCH WATER SO CLOSE TO HOME" E "LEMONADE" DE RAYMOND CARVER EM SHORT CUTS, DE ROBERT ALTMAN
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<p class="p1">O presente artigo trabalha com a adaptação cinematográfica <em>Short cuts</em>, de Robert Altman, e sua relação hipertextual com o conto “So much water so close to home” e o poema “Lemonade”, de Raymond Carver. A categoria de análise escolhida foi a transfocalização de Gérard Genette, e o desafio na adaptação deve-se à estrutura assinatura do cineasta de entrecruzamentos dos mais de vinte personagens presentes na história, passando, assim de um narrador homodiegético do texto narrativo e do eu lírico do poema a um filme em que não existem protagonistas. Após uma contextualização sobre o trabalho de adaptação com outras obras de Carver, a discussão passa para uma fundamentação teórica sobre os desafios típicos na adaptação a partir de autores como Hutcheon, Stam, Bazin e Andrew. Finalmente, afunila-se a discussão para a associação direta do conto com um dos núcleos narrativos, usando-se a teoria de Genette, ao passo que o aproveitamento do poema permite contemplar a complexa macroestrutura do filme, a partir das partilhas do sensível de Rancière. Os resultados permitem observar as inovações de Altman para os estudos da adaptação, afastando-se de pensamentos obsoletos quanto a uma falta de criatividade ao fazer-se uso da literatura no cinema.</p> <p class="p1"> </p>Bernardo Soares
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2025-02-182025-02-1892612310.18764/2525-3441v9n26.2024.08COROAI-ME DE ROSAS, E BASTA
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<p>A partir da observação da categoria personagem, centrada na figura de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa, transmutado em personagem central do romance <em>O ano da morte de Ricardo Reis </em>(1984), de José Saramago, e, posteriormente, adaptado para a linguagem fílmica por meio de obra homônima de João Botelho, o presente artigo objetiva discutir a sua expressão cinematográfica. Para isso, apoia-se analiticamente em conceitos como personagem (Candido, 2011; Brait, 1985) hipertextualidade (Genette, 2010), adaptação (Stam, 2016; Hutcheon, 2013), além das ideias de Bazin (1991), Azerêdo (2012, 2013, 2019), Reis (2017, 2018), dentre outros. Na obra fílmica, observa-se um Ricardo Reis que se depara com questões que se imbricam com seus valores e exigem posicionamentos assertivos. Com base nessa perspectiva, percebe-se que a adaptação aponta para semelhanças com questões político-sociais contemporâneas ao tempo da realização, como a espetacularização da fé e a ênfase na ascensão de governos com tendências totalitárias e antidemocráticas, o que fomenta uma análise politizada dessas conjunturas, a partir das peculiaridades semióticas do cinema. Como suporte metodológico, utilizou-se o levantamento bibliográfico e de fortuna crítica acerca dos autores primevos – Pessoa e Saramago –, bem como a espectação de outras obras do realizador, a fim de imbricar a perspectiva teórica sobre a personagem com elementos histórico-críticos trazidos pelo cineasta. Observamos, a título de resultados e conclusões, a ênfase nas ambivalências de Ricardo Reis como estratégia do realizador para a construção de um olhar arguidor acerca da narrativa, bem como das relações entre ficção e sociedade presentes na obra.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Ricardo Reis; percurso ficcional; personagem; adaptação.</p>LÍVIA CAVALCANTE GAYOSO DE SOUSALuiz Antonio Mousinho Magalhães
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2025-02-182025-02-1892612110.18764/2525-3441v9n26.2024.09UMA ANÁLISE DA ADAPTAÇÃO DA LENDA COROACANGA
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<p>O presente artigo objetiva analisar a adaptação da lenda da Coroacanga do folclore brasileiro para o curta-metragem baiano “Curacanga”, lançado em 2023. Para isso, utilizou-se estudos teóricos sobre adaptação (Hutcheon, 2013), (Stam, 2006), a fim de verificar as escolhas e criações do(s) adaptador(es); a ficção folclórica (Cascudo, 2012), (Costa, 2018), considerando o folclore como texto-base para narrativas de ficção; e a animação no cinema (Zipes, 2011), tendo em vista essa forma de cinema que em muito dialoga com o folclore. Como resultados, obteve-se que o curta estabelece uma autonomia em sua (re)interpretação da lenda, em um diálogo textual e visual, equilibrando, em sua narrativa, o terror intrínseco à lenda, com uma história episódica de amor trágico.</p>Lorena Kelly Silva AlmeidaNaiara Sales Araújo
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2025-02-182025-02-1892611910.18764/2525-3441v9n26.2024.10A CAIXA DENTRO DA CAIXA
https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/24939
<p>Os textos literários e os produtos audiovisuais constituem formas distintas para representar as narrativas do mundo. As diferenças dos recursos usados para a construção do texto e do audiovisual se dão também pela forma como cada produto se insere no mercado midiático. Esses aspectos são marcados na/pela linguagem, sendo esta constituída por elementos culturais, situados em um tempo e um espaço específicos. Para explicitar as estratégias de criação de cada meio levando em consideração a dimensão espaço-temporal, este artigo analisa elementos ilustrativos da dimensão cronotópica do ciclo da violência contra a mulher no livro <em>Bom dia, Verônica </em>(2022) escrito por Ilana Casoy e Raphael Montes, e da série homônima dirigida por José Henrique Fonseca (2020). Explora-se elementos verbais e não verbais característicos da condição da personagem Janete em excertos do livro e da série para exemplificar como o ciclo da violência afeta a construção da personagem em cada meio, orientados pela Análise Fílmica de Francis Vanoye e Goliot-Lété (2009), Marcel Martin (2013) e David Bordwell (2008). Para compreensão das dimensões espaço-temporais que marcam as materialidades do texto literário e do produto audiovisual, parte-se da definição de cronotopo de Mikhail Bakhtin (2018) e dos debates desenvolvidos por Olga Pampa Arán (2009), Irene Machado (2010) e Yuri Santos (2023). Observa-se como, nos seus respectivos acabamentos estéticos, os diferentes enunciados analisados refletem e refratam em sua constituição discursiva valores e sentidos partilhados sócio-histórico-culturalmente acerca da violência doméstica contra a mulher.</p>Karen Vieira RamosYuri Andrei Batista SantosVânia Lúcia Menezes Torga
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2025-02-182025-02-1892612110.18764/2525-3441v9n26.2024.11A ECONOMIA DO SOFT POWER E ENTRETENIMENTO SUL-COREANOS: O FENÔMENO DAS ADAPTAÇÕES DE WEBTOONS PARA K-DRAMAS
https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/24989
<p>Ao observarmos a “Onda Coreana” e o papel da cultura para exercer poder (<em>soft power</em>), é possível explorarmos novas mídias, as quais são frequentemente valoradas em termos estéticos em pesquisas brasileiras de Literatura Comparada, mas precisam também ser consideradas em seus aspectos mercadológicos. Duas dessas novas mídias em ascensão são os <em>webtoons</em> (<em>cartoons</em> na <em>web</em>) e <em>k-dramas</em> (dramas audiovisuais sul-coreanos), intrinsecamente relacionados em circuitos massivos. Nesse contexto, este artigo tem como objetivo geral compreender de que maneiras os consumidores de <em>webtoons</em> e de suas adaptações em<em> k-dramas</em> são afetados pelo colonialismo de dados e o capitalismo de plataforma. Para tanto, contextualizamos os <em>webtoons</em> como gênero emergente e massivo de literatura digital e exploramos como os fenômenos do “colonialismo de dados” e do “capitalismo de plataforma”, na política de <em>soft power</em> da Coreia do Sul, são indissociáveis do mercado de <em>webtoons</em> e suas adaptações para dramas sul-coreanos nas plataformas de leitura e de <em>streaming</em>. A discussão considera dados de pesquisa bibliográfica e consulta a plataformas digitais de <em>webtoons</em> e <em>k-dramas</em>, sendo tal material analisado com base no referencial teórico de Flores (2021), Cho (2016), Cassino (2021), Silveira (2021), Silva (2020), Hutcheon (2011) e Park, Lee e Lee (2019). Como conclusão, observa-se que o sucesso dos <em>webtoons</em> e de suas adaptações para <em>k-dramas</em> é fortemente influenciado por suas plataformas digitais e o compartilhamento de dados entre elas, de modo que a circulação e a comercialização dos textos fontes e dos textos adaptados se estimulam de modo recíproco nessa economia.</p>Júlia Clemente BarrosVinicius Carvalho Pereira
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2025-02-182025-02-1892612110.18764/2525-3441v9n26.2024.12As estranhas adaptações de Wes Anderson
https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/24995
<p>Este ensaio discute a relação entre adaptações cinematográficas da literatura (Stam, 2006) e a ideia de inespecificidade na arte contemporânea (Garramuño, 2014), a partir de uma leitura borgiana de quatro adaptações cinematográficas de contos Roald Dahl lançadas por Wes Anderson no ano de 2023. As obras de Jorge Luis Borges são trabalhadas aqui (Borges, 2005; 2007) em seu duplo potencial literário e teórico, levando em consideração que objetos de arte podem ser pensados como uma maneira de teorizar sobre outros objetos artísticos. Desta forma, considera-se que a teorização em torno da inespecificidade pode ajudar a reconfigurar parte da teorização sobre a adaptação da literatura no cinema, além de colaborar para pensar como as obras de Wes Anderson, ao se encontrarem entre cinema, teatro e literatura, colocam também em questão as relações entre realidade e ficção.</p>Guilherme Belcastro
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2025-02-182025-02-1892611710.18764/2525-3441v9n26.2024.13O TEXTO DIFERIDO EM ANÁLISE
https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/24974
<p>O campo disciplinar dos Estudos da Tradução vem se expandindo a cada ano por meio de novas pesquisas e mais detalhamentos sobre o processo tradutório. As políticas de tradução ganham novas perspectivas e dentre elas destacamos o texto diferido como ruptura da cultura “escritocêntrica” e possibilidade de registro de textos vídeo-gravados em línguas de sinais bem como seu uso como recurso para a materialização de traduções de textos escritos para textos em línguas de sinais. Nesse contexto, propomos aqui realizar uma análise da tradução interlingual, intermodal e multissemiótica do conto de Chapeuzinho Vermelho para Libras, realizada pela tradutora Heloise Gripp Diniz, como material didático para o ensino de literatura para surdos, disponível na Coleção: Educação de Surdos, no acervo de publicações realizadas pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES. Para análise, optamos por uma revisão de literatura baseada principalmente em Peluso (2015; 2018), Santos e Francisco (2018), Diniz (2003), Campos (1986), Rodrigues (2013), Barbosa (2020) entre outros. Por fim, apresentamos nossas considerações finais com algumas contribuições para análises de textos diferidos ao campo dos Estudos da Tradução.</p>Victor Hugo Lima NazárioNeiva de Aquino Albres
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2025-02-182025-02-1892612410.18764/2525-3441v9n26.2024.14 CORAÇÃO DAS TREVAS, APOCALYPSE NOW E A QUESTÃO DA METÁFORA VIVA
https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/24910
<p>O presente artigo faz uma análise comparativa e ensaística, através da teoria da metáfora de Paul Ricoeur, do romance <em>Coração das Trevas</em> (Joseph Conrad, 1899) com sua adaptação mais famosa, o filme <em>Apocalipse Now Final Cut</em> (Francis Ford Coppola, 2019). As reflexões do trabalho focam nas estratégias dos autores implicados para gerenciar a referencialidade metafórica nas respectivas obras. O artigo complementa a teoria da metáfora com breves alusões acerca das relações da imagem técnica com o pensamento conceitual e com ensaios históricos sobre a colonização do Congo. Por fim, o artigo traça a aparição do personagem Kurtz nas respectivas obras como sendo correspondentes com as estratégias metafóricas das obras.</p>Alan Campos
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2025-02-182025-02-1892612810.18764/2525-3441v9n26.2024.15“LUZ, CÂMERA, AÇÃO!”: ADAPTAÇÕES DE CONTOS MACHADIANOS NA ESCOLA
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<p>Este estudo refere a importância da narrativa literária na constituição do sujeito e analisa, em uma perspectiva discursiva, textos multissemióticos resultantes da leitura de contos do escritor Machado de Assis e de sua adaptação para a linguagem audiovisual. A análise foca um roteiro e um curta-metragem, produzidos por uma aluna do Ensino Médio, em 2024, inspirados no conto “Uns braços”, de Machado de Assis. O artigo mostra que essas produções refletem a posição axiológica dos adolescentes, seus traços identitários, hábitos culturais e visões de mundo, quando reinterpretam as narrativas machadianas por meio do cinema. Parte-se da hipótese de que o processo de adaptação revela novas camadas de significado, permitindo que os jovens ressignifiquem os textos literários a partir de suas próprias perspectivas. Conclui-se que o processo, ao promover uma leitura ativa e participativa, valoriza a expressão criativa dos estudantes e contribui para debates contemporâneos sobre as relações interartes e o ensino da literatura.</p>Ana Cândida Santos de CarvalhoJuracy Assmann Saraiva
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2025-02-182025-02-1892612110.18764/2525-3441v9n26.2024.19O som e a fúria de um papagaio shakesperiano
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<p>Este artigo tem como objetivo analisar a representação das midialidades sonoras e a constituição da paródia no romance <em>A décima segunda noite</em>, de Luis Fernando Verissimo, obra que toma como ponto de partida os eventos e personagens da peça cômica <em>Noite de Reis</em>, de William Shakespeare. A análise foca especialmente em como a narrativa literária brasileira integra e ressignifica referências a diversas mídias sonoras, como a música, o gravador de voz e a oralidade, criando uma camada adicional de significados. Perbece-se que, através das referências intermidiáticas, Verissimo constrói um discurso narrativo centrado na repetição paródica, reconfigurando elementos da comédia shakesperiana e acentuando o caráter carnavalesco de sua própria obra. Pode-se concluir que a intermidialidade presente no romance não apenas enriquece o tecido narrativo, mas também abre novas possibilidades interpretativas, permitindo reflexões e críticas de ordem metamidiática.</p>Caio Antônio Nóbrega
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2025-02-192025-02-1992612010.18764/2525-3441v9n26.2024.20NOITES BRANCAS
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<p>O presente artigo tem por objetivo analisar a novela <em>Noites Brancas</em>, escrita em 1848, do escritor russo Fiódor Dostoiévski (1821-1881) e a adaptação cinematográfica italiana de 1957 de mesmo nome, do diretor e roteirista Luchino Visconti (1906-1976). A novela <em>Noites Brancas</em> narra a história do protagonista Sonhador, descrito somente em características psicológicas, e de Nastienka, uma jovem desiludida pelas limitações e frustrações em seu percurso de vida pelo mormaço condicionado à mulher do final do século XIX. O artigo também objetiva a discussão em dois pontos principais: a análise do espaço apresentado na obra literária pela cidade de San Petersburgo, na Rússia e a discussão de questões interculturais na adaptação. O referencial teórico fundamentou-se em estudos de Paul Ricoeur (2004). Com relação à teoria da adaptação utilizou-se os estudos de Linda Hutcheon (2013), Robert Stam (2006) e de Sergei Eisenstein (1990). Por fim, utilizou-se a perspectiva crítica e sociológica fundamentada nos estudos de Walter Benjamin (1985) perante o cinema, especificamente no ensaio <em>A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica</em> (1935/1936). O presente estudo possui caráter investigativo e de cunho bibliográfico, tendo como proposta analisar características do diálogo interartes na literatura e no cinema.</p> <p> </p>Layna Katrinne Diniz de Assunção Auricelio Soares Fernandes
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2025-02-192025-02-1992611610.18764/2525-3441v9n26.2024.27QUARENTA DIAS NO DESERTO DA METRÓPOLE
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<p>O romance neorregionalista <em>Quarenta dias</em> (2014), de Maria Valéria Rezende, trata-se de uma narrativa que se constitui pelos escritos da protagonista Alice, professora de língua francesa aposentada, em seu caderno velho da Barbie – espaço onde reconstrói a sua trajetória de vida através de suas memórias na Paraíba –, bem como escreve sobre o seu cotidiano na caótica cidade de Porto Alegre, para onde teve de se mudar obrigada por sua filha Norinha. Através do relato da protagonista-escritora, vemos uma mulher na idade madura que se sente estrangeira numa metrópole completamente oposta a tudo o que conhecia, em que se depara com preconceito, xenofobia e uma jornada de autoconhecimento. Além disso, Alice evoca memórias do período da Ditadura Militar no Brasil, quando conta sobre a morte de seu marido e o seu envolvimento com atividades consideradas subversivas, assim como fala sobre a sua relação conturbada com a filha. À vista disso, o presente artigo tem como objetivo compreender a influência do espaço na construção da personagem principal Alice, à luz do método comparatista. Tratando-se da metodologia utilizada, este é um estudo de cunho bibliográfico, o qual baseia-se nas pesquisas de Brito (2017), Brandão (2019), Sarlo (2014), Silva (2022), entre outros. Portanto, os resultados obtidos mostram como a escrita para Alice é uma forma de resistência e de afirmação de si mesma, isto é, como o único espaço seguro em que a personagem possa narrar as suas vivências e percepções de mundo.</p>Cindy Conceição Oliveira CostaHerasmo Braga de Oliveira Brito
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2025-02-132025-02-1392611710.18764/2525-3441v9n26.2024.21VOO PANORÂMICO
https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/24436
<p>Este estudo se concentra nas imbricações entre distintos atores do campo literário no contexto da plataformização da cultura. O objetivo é explorar a produção científica atual sobre o tema da plataformização da literatura brasileira contemporânea. Estabelecemos três categorias de sujeitos, autores, agentes e editoras, <em>influencers</em> de leitura e leitores, para tecer uma revisão narrativa sobre o tema. O cunho qualitativo e o viés exploratório caracterizam esta pesquisa, que adota o procedimento bibliográfico. Selecionamos 12 estudos publicados nos últimos dez anos e os relacionamos, a fim de reconhecer papéis dos citados atores no mencionado contexto. Esses sujeitos hibridizam suas funções, ora atuando como autores, ora como mediadores, ora como agentes literários. Isso configura a emergência do campo literário nas plataformas, o que sustentamos via conceitos de Bourdieu (1996) e de Poell, Nieborg e Duffy (2021). As justaposições entre essas três categorias de sujeitos devem ser consideradas no campo das pesquisas sobre o tema.</p>ROCHELE PRASSErnani MüggeMarinês Andrea Kunz
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2025-02-132025-02-1392612310.18764/2525-3441v9n26.2024.24MEMÓRIA E REGIONALIDADE
https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/24508
<p>Este estudo apresenta uma abordagem sobre a memória e a identidade construídas a partir da rememoração de experiências vividas e inscritas na imagem, sob uma visão regional na construção de identidades. Traz uma leitura-análise do curta-metragem <em>Até o sol raiá</em> (2007), dirigido e roteirizado por Fernando Jorge e Leanndro Amorim, utilizando os recursos que compõem a linguagem cinematográfica. Trata-se de uma leitura-análise exploratória, cujo intento é contribuir com o campo de estudos que elencam o cinema e a literatura, consistindo também em sua relevância. É um trabalho de caráter qualitativo, bibliográfico, analítico, reflexivo e sem caráter interventivo. Os principais autores utilizados são Pollak (1992), Arendt (2015), Koury (2017), Hall (2006), Carrière (2006), Bernardet (1985), Bordwell (2008) e Moscariello (1985). O estudo se direciona ao público especializado na área de ensino e letras e se insere no Grupo de Estudos Literários e Imagéticos (GELITI) e Grupo de Estudos Atlas Toponímico do Estado do Maranhão (ATEMA).</p>Geane Martins MendesDayane Pereira Barroso de CarvalhoGilberto Freire de Santana
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2025-02-132025-02-1392612110.18764/2525-3441v9n26.2024.22Holocausto, trauma e Cultura Psicanalítica
https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/24423
<p>Este artigo trata tem como objetivo analisar a maneira como ideias vindas da psicanálise serviram a artistas da contracultura estadunidense dos anos 1960 e 1970 como ferramenta capaz de moldar e legitimar suas críticas às normas sociais vigentes naquele momento. De maneira mais específica, o artigo aponta suas lentes para as histórias em quadrinhos (HQs) do cartunista Art Spiegelman, conhecido por seu premiado <em>Maus: A história de um sobrevivente</em>. O foco desta análise, contudo, está na obra produzida por Spiegelman quando ainda fazia parte do movimento dos <em>quadrinhos underground</em>, formado por jovens rebeldes que produziam revistas marginais com histórias sobre sexo, drogas e violência. O artigo parte do conceito de <em>cultura psicanalítica</em>, para demonstrar as maneiras pelas quais a arte e ideias da psicanálise serviram naquele contexto como instrumentos numa luta por mudanças culturais que pudessem tornar possível a existência de um modelo de sociedade mais justo.</p>Diego Luiz Santos
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2025-02-132025-02-1392612310.18764/2525-3441v9n26.2024.23SERENDIPITY:
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<p>Adriana Lisboa, que para Saramago “é uma autora para o presente e para o futuro”, revela-se pelas vozes poéticas no verso e na prosa, materializadas em poemas, contos e romances, revisitando memórias que amplificam o olhar do escritor português. Flávio Carneiro, escritor, crítico literário e professor de literatura na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, alude vozes narrativas, predominantemente, ficcionalizadas em romances, novelas e contos, totalizando dezessete livros; escreveu dois roteiros para o cinema, o curta-metragem <em>A noite do capitão</em> (2014) e o longa-metragem <em>Bodas de Papel</em> (2008). Este último, narrativa que intenta projeção em outra mídia, estabelece intersecção entre os autores Adriana Lisboa e Flávio Carneiro, primeiro, porque assinam o roteiro, e segundo, pela construção de memórias espiraladas que ressignificam o conto de fadas pelo deslocamento do maravilhoso, reescrevendo outras narrativas. Dito isto, objetiva-se analisar o maravilhoso e os desdobramentos da memória no longa-metragem <em>Bodas de Papel</em> (2008), roteirizado por Adriana Lisboa e Flávio Carneiro, dirigido e produzido por André Sturm. Amparado pelos vieses teóricos da narrativa fílmica, de Robert Stam (1981) e metaficção, de Gustavo Bernardo (2010), dentre outros, articulam-se as categorias do maravilhoso a partir das considerações de Todorov (2017) e Propp (2002) e da memória, segundo Candau (2012) propostas para análise, de modo que o imaginário dos contos de fadas se atualiza pela personagem principal, Nina. Dessa forma, evidencia-se o diálogo estabelecido pelas idas e vindas das lembranças da personagem que revisitam <em>Os três príncipes de Serendip</em> e histórias de <em>Sherazade</em>, enquanto se reconecta à Candeias.</p>João Paulo Fernandes
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2025-02-132025-02-1392612310.18764/2525-3441v9n26.2024.25O expressionismo presente no filme Joker (2019) de Todd Phillips
https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/25800
<p>Este artigo tem como objetivo principal analisar as características do movimento expressionista no filme <em>Joker</em> (2019), dirigido por Todd Phillips, destacando como elementos visuais e estéticos contribuem para a construção da narrativa e do personagem Arthur Fleck, o protagonista. Especificamente visa explorar a representação psicológica de Fleck como um elemento recorrente na estética expressionista, assim como comparar o filme com obras clássicas do cinema expressionista alemão e identificar elementos no filme que corroborem sua ligação com o movimento artístico germânico. A metodologia inclui a análise fílmica de cenas-chave, considerando a composição de cena, iluminação e mise-en-scène, além de uma abordagem comparativa para identificar semelhanças estilísticas e temáticas com a estética expressionista. A base teórica está fundamentada em estudos sobre cinema expressionista de Argan (1992), e conceitos de análise fílmica de Bordwell e Thompson (2013), além de contribuições de Denise Guimarães (2012) e Pedro Guimarães (2016). Os resultados obtidos confirmam o êxito do trabalho ao evidenciar como <em>Joker</em> incorpora efetivamente elementos expressionistas, demonstrando a relevância da estética expressionista na construção da experiência cinematográfica e na profundidade do personagem principal.</p>Rondiney de Souza AlvesDílson César Devides
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2025-02-132025-02-1392611810.18764/2525-3441v9n26.2024.26Procedimentos que regem a autoria dos livros de Ailton Krenak: um debate em perspectiva foucaultiana
https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/25775
<p>Desde que Michel Foucault deslocou a questão “o que é um autor?” para “que importa quem fala?”, não cessaram as discussões acerca dos procedimentos pelos quais o sujeito falante se apaga no texto para se constituir em autor. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é discutir os mecanismos pelos quais o líder indígena Ailton Krenak se configura como autor de livros, investigando os procedimentos de ordem institucional, textual e discursiva que regem a autoria em suas obras. Para tanto, analisaremos duas dessas obras publicadas com a assinatura dele, que são “Ideias para adiar o fim do mundo” (2020) e “Futuro ancestral” (2022), fruto de falas proferidas por ele a pedido de instituições de ensino e pesquisa do Brasil e de Portugal. Nesse intuito, ancoramo- nos nas discussões de Foucault (2001; 2007a) acerca do autor, nas revisões dessas discussões realizadas por Chartier (2012) e em autores que dialogam com tais pensamentos acerca da autoria em perspectiva genealógica de Foucault. Conclui-se que Krenak é constituído em autor pelos procedimentos de transcrição, retextualização, comentário, disciplina, vontade de verdade e mecanismos linguísticos que, em lugar de apagar o sujeito que fala, remetem a ele empiricamente.</p>Claudemir Sousa
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2024-11-122024-11-1292612310.18764/2525-3441v9n26.2024.16Ensino do léxico nas atividades propostas pela SEED/PR no componente curricular de Língua Inglesa
https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/24071
<p>As instituições públicas de ensino voltadas à Educação Básica no Paraná vêm passando por diversas modificações em sua estrutura e funcionamento, desde a presença de equipamentos tecnológicos a adaptações de metodologias e currículos, com o uso ativo de recursos educacionais digitais e programas digitais. Neste contexto, o presente artigo aborda a presença do ensino do léxico nas atividades do componente curricular de Língua Inglesa, presentes no Livro Registro de Classe Online (LRCO) no RCO+Aulas, um módulo de planejamento trimestral com materiais de apoio ao professor da rede estadual. O objetivo geral está pautado na análise das atividades que compõem o planejamento trimestral do componente curricular de Língua Inglesa, dentro do eixo de conhecimentos linguísticos, mais especificamente no módulo de planejamento do 1º trimestre letivo do ano de 2024, voltadas para o 6º ano do Ensino Fundamental II. Este trabalho traz como base para a análise dos dados coletados, as contribuições de Biderman (2001) com leituras teóricas de grande relevância para o ensino do léxico e Lexicologia; Nation (1997, 2001) e Gil (2016) quanto ao ensino do léxico em uma língua estrangeira e, competência lexical; além de consultas aos documentos norteadores, como a Base Nacional Comum Curricular “BNCC” (BRASIL, 2018) e o Referencial Curricular do Paraná (PARANÁ, 2018). A partir dos resultados obtidos por meio de capturas de tela (prints), aponta-se a forma como o léxico vem sendo apresentado aos alunos, a fim de traçar o caminho percorrido pela Lexicologia nos materiais fornecidos pela SEED-PR para as escolas estaduais. </p>Mariana Fonseca Ferreira JacobyRosemary Irene Castañeda Zanette
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2024-11-122024-11-1292612110.18764/2525-3441v9n26.2024.17A Temporalidade do Chicle: uma leitura da Crônica de Clarice Lispector, Medo da Eternidade
https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/24993
<p>Este artigo versa sobre o tempo e a temporalidade na crônica Medo da Eternidade de Clarice Lispector, que se imbricam em uma interdependência para marcar a sucessividade dos acontecimentos. Evidenciaremos que tanto um quanto outro revelam o momento de ocorrência dos fatos não apenas por meio das desinências verbais, mas também por outros elementos que marcam circunstâncias, momentos e perpassam por lugares privilegiados, entre eles, as noções metafóricas de vida e de concepções, que, na mencionada narrativa, são representadas por um chicle em função de sua durabilidade. Por isso, a percepção de tempo vai além, alcançando uma dimensão temporal medida por lembranças, sentimentos, ausências, comportamentos, ações, palavras, falas. Apresentamos, assim, um recorte da pesquisa de Mestrado em andamento, na qual objetivamos desenvolver um trabalho que manifeste a complexidade do tempo, principalmente quando se trata de textos literários. Não só os tempos verbais dão conta de sustentar a temporalidade que transcende o verbo. Nesse viés, precisamos enveredar pela concepção da Linguística Aplicada Indisciplinar, (Lopes, 2006) porque a noção de temporalidade atrai a de gramaticalização (Neves, 2002) pela qual o processo de leitura precisa considerar para a categoria tempo, não apenas o verbo, mas as expressões e, inclusive, as metáforas que contêm a noção de permanência, durabilidade que, por sua vez, guardam fases iniciais e duradouras. Estamos aplicando como metodologia da descrição linguística ‘indisciplinar’ que reúne o tempo linguístico e outras expressões temporais em Medo da Eternidade de Clarice Lispector, crônica publicada em 1970. Nessa perspectiva, enveredaremos pelo tempo de acordo com Paul Ricoeur (1994, 2010) e os outros teóricos: Benveniste (2006), Ilari (2014), Terra (2015), Todorov (2014), a partir da morfologia do verbo em Português. </p>Maria Regina Coelho Costa MoraesSonia Maria Correa Pereira MugschlMonica Fontenelle Carneiro
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2024-12-102024-12-1092612010.18764/2525-3441v9n26.2024.18Literatura e outras mídias: modos e formas de adaptação no século XXI
https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/25843
<p>Apresentação do Dossiê <strong>Literatura e outras mídias:</strong> modos e formas de adaptação no século XXI</p>Dílson César DevidesAURICELIO SOARES FERNANDES
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2025-02-192025-02-1992610.18764/2525-3441v9n26.2024.28