Barricadas: Revista de Filosofia e Interdisciplinaridade

Editorial

Thu, 13 Nov 2025 00:00:00 -0300

Editorial do v. 3, n. 1, jan./jun. 2025 da Barricadas: Revista de Filosofia e Interdisciplinaridade.

As armadilhas da identidade - entre os movimentos identitários e a luta revolucionária

Vitor Mateus dos Reis Martins Duarte — Thu, 13 Nov 2025 00:00:00 -0300

O presente artigo pretende refletir sobre as armadilhas da identidade, buscando entender a formação dos movimentos identitários nos Estados Unidos, pensando a questão da identidade na América Latina e na África e propondo a categoria de práxis negra como uma alternativa ao identitarismo. Para isso, esse artigo se alicerça principalmente no pensamento de três autores: Asad Haider, Frantz Fanon e Clóvis Moura. Esses três intelectuais ajudarão na compreensão da formação das identidades e na reflexão de como elas podem se tornar armadilhas ou instrumentos potentes na busca por emancipação.

A revolução para implantar a república no Brasil na opinião de Francisco Cunha

Dievani Lopes Vital — Thu, 13 Nov 2025 00:00:00 -0300

Decorrente da investigação sobre as inspirações francesas da “via revolucionária”, cogitada por membros do movimento republicano entre 1869 e 1889 para substituir a Monarquia brasileira, o trabalho apresentado demonstra a inserção do letrado gaúcho Francisco Cunha no debate político dos anos de 1870. Através das páginas d’ A República, seus discursos sustentam que a opção pela “reforma”, pretendida por liberais históricos signatários do Manifesto do Centro Liberal, não colocava um ponto final decisório na opção por uma saída não convencional para a crise política vivida no período. Muito menos a solução reformista pacífica reivindicada pelos republicanos históricos, signatários do Manifesto Republicano de 03 de dezembro de 1870. Os discursos na imprensa apontam que opção pela via revolucionária disruptiva radical para solucionar a “questão do regime” no Império do Brasil, permaneceu como um campo em aberto, para além das estratégias traçadas e dos marcos cronológicos assinalados pelos documentos políticos mencionados.

Oralidade, tradição e o ensino de Filosofia

Dayane Lays dos Santos Cardial — Thu, 13 Nov 2025 00:00:00 -0300

Este artigo aborda a importância da oralidade e da tradição no ensino da filosofia. O objetivo principal é investigar como essas práticas têm moldado o desenvolvimento do pensamento filosófico e sua relevância no contexto educacional contemporâneo. A metodologia envolve uma análise bibliográfica das tradições orais em diversas culturas filosóficas, destacando exemplos históricos e contemporâneos. Os resultados mostram que a oralidade continua a ser uma ferramenta vital para a transmissão de conhecimentos filosóficos, adaptando-se às novas tecnologias e contextos culturais. Conclui-se que a valorização da oralidade no ensino da filosofia pode enriquecer a prática pedagógica e fortalecer a formação crítica dos estudantes.

Aprendizagem significativa de filosofia no ensino médio pelas modulações da memória

Mateus Rezende Martins — Thu, 13 Nov 2025 00:00:00 -0300

Aspira-se propiciar aos discentes do ensino médio, a aprendizagem significativa de filosofia, na ampliação daquele saber estático, visando seu desdobramento prático, que corrobore ao exercício pleno de cidadania. Objetiva obter parâmetros teóricos de neurociência, para fundamentação basilar que comporte e sirva de suporte ao saber educacional em seu sentido de práxis. Destaca a evocação da memória para aquisição e consolidação do conhecimento, associando-se métodos filosóficos que potencializem essa evocação, bem como a preparação adequada do ambiente de aprendizagem e a promoção de habilidades socioemocionais, que atrelados as lembranças, ou seja, memória, comporão o plano estratégico no qual se almeja aquela aquisição primeira: a aprendizagem significativa de filosofia.

Entre silêncios e significados: a filosofia do zen-budismo sob a lente de Byung-Chul Han

André Magalhães Coelho — Thu, 13 Nov 2025 00:00:00 -0300

Este artigo tem como propósito explorar, através das reflexões de Byung-Chul Han, de que maneira a filosofia do zen-budismo se nutre de um diálogo incessante com essa tradição espiritual. É imprescindível desdobrar, no nível conceitual, a força filosófica que permeia o zen-budismo. Contudo, essa jornada não se revela isenta de obstáculos. O objetivo deste texto é examinar que a experiência do ser ou da consciência à qual a prática zen-budista se direciona não pode ser plenamente apreendida por uma linguagem conceitual. A filosofia do zen-budismo, por sua vez, busca preencher essa lacuna linguística por meio de várias estratégias de significado e expressão. Para este estudo, recorreremos a obras de destacados autores, com ênfase em "Filosofia do Zen-Budismo" do filósofo citado.

Has the VAR changed the game?: a try of an epistemological approach to a current question

Wolfgang Theis — Thu, 13 Nov 2025 00:00:00 -0300

It was the referee’s perception of the situation, plus his knowledge of the laws that were the only base for decisions, but the VAR changed this. The various angles of TV images have more power than the human situational perception. Experience was downgraded, while the value of judgement through TV images increased. The figurative character of football and the sport’s popularity contribute to this pressure. Refereeing is supposed to become more accurate the higher the level of the match. Still, it is the human factor that is essential for the game and all humans can err. Perception and imagination can err as well, Still, a decision must be made by the match officials. Based on the ideas of Radical Constructivism and John Searle’s interpretation of Direct Realism, this article tries to give a view on the essence of football refereeing and how the VAR has changed the game.