https://cajapio.ufma.br/index.php/infinitum/issue/feedInfinitum: Revista Multidisciplinar 2025-04-29T17:47:02-03:00Josenildo Campos Brussiojosenildo.brussio@ufma.brOpen Journal Systems<p>A Infinitum: Revista Multidisciplinar é uma revista científica criada pelos cinco cursos de graduação do Campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) de São Bernardo – Licenciatura em Ciências Humanas/Sociologia, Licenciatura em Ciências Naturais/Química, Licenciatura em Linguagens e Códigos/Língua Portuguesa, Licenciatura em Linguagens e Códigos/Música e Bacharelado em Turismo, que tem por objetivo divulgar estudos, pesquisas, reflexões e ensaios nos campos da educação, ciências humanas, ciências naturais, língua portuguesa, linguística, literatura, música e turismo.</p> <p>Em 2025, a Infinitum Revista Multidisciplinar vinculou-se ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Dinâmicas Sociais, Conexões Artísticas e Saberes Locais, da Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências de São Bernardo, com Área de Concentração em Cultura e Sociedade, e quatro linhas de pesquisa que se alinham de forma multi e interdisciplinar a fim de avançar além das fronteiras disciplinares, articulando, transpondo e gerando conceitos, teorias e métodos, ultrapassando os limites do conhecimento disciplinar e dele se distinguindo, por estabelecer pontes entre diferentes níveis de realidade, lógicas e formas de produção do conhecimento.</p> <p>Em razão do desenvolvimento do escopo interdisciplinar da revista e visando atender às demandas acadêmicas que nos procuram, saímos de uma periodicidade semestral para quadrimestral, em 2025.</p> <p>ISSN 2595-9549</p> <p>Periodicidade: Quadrimestral</p> <p><strong>Qualis/CAPES (2017-2020): B1</strong> </p>https://cajapio.ufma.br/index.php/infinitum/article/view/26369A condição da mulher à luz do inconsciente coletivo de Jung em dois poemas de Luiza Amélia de Queiroz2025-04-23T20:07:10-03:00Arissandra Andreia dos Santosarissandrasantos95@gmail.comJosenildo Campos Brussiojosenildobrussio@ufma.brJosé Ailson Lemos de Souzaailsonlsj@gmail.com<p><strong> </strong>O presente estudo objetiva realizar uma (re)leitura psicanalítica à luz do inconsciente coletivo de Jung em dois poemas da poeta piauiense oitocentista, Luiza Amélia de Queiroz. Sendo assim em consonância com o posicionamento assumido pelo eu-lírico nos poemas “Lira dormente” e “Conselhos” buscamos analisar os traços da sua personalidade e as imagens arquetípicas, mediante a perspectiva da mulher que ora se coloca como transgressora ora como submissa. objetivamos identificar a condição feminina à luz dos conceitos psicanalíticos, mediante uma (re)leitura da poesia de Luiza Amélia, em consonância com o posicionamento assumido pelo eu-lírico. Ademais, averiguamos os traços de personalidade, as imagens arquetípicas ao traçarmos um contraponto entre a teoria psicanalítica junguiana e a teoria freudiana, analisando de que forma a autora transpõe para o eu-lírico uma postura reivindicatória em relação aos rígidos pilares morais do modelo patriarcalista. Metodologicamente, essa pesquisa é bibliográfica de cunho qualitativo-interpretativo, com enfoque na análise psicanalítica dos dois poemas supracitados, esses selecionados da obra Flores Incultas (2015). Para embasamento teórico nos respaldamos conforme as concepções de Freud (1900); Jung (2014); Freitas (2012); Bourdieu (2012); Rocha (2015), entre outros. Os resultados dessa pesquisa apontam que as condições socioculturais influenciaram a forma como Queiroz se posicionou em sua poesia, ou seja, ora como transgressora dos costumes tradicionais norteados pelo patriarcado ao reivindicar educação feminina e um espaço de autoria que contemplasse o seu gênero, ora se coloca como a mulher submissa e reclusa ao espaço do lar, com isso pudemos evidenciar as nuances das imagens arquetípicas construída em torno da mulher da sua época. </p>2025-04-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/infinitum/article/view/26370A poética philliana como espaço de memória sobre o luto2025-04-23T20:16:46-03:00Carla Marina da Silva Tôrres de Sousacarlamarina@ifma.edu.brJosé Ailson Lemos de Souzaailsonlsj@gmail.comJosenildo Campos Brussiojosenildobrussio@ufma.br<p>Neste artigo será apresentada uma leitura dos poemas Sobre a Morte do Reverendo Dr. Sewell [On the Death of the Ver. Dr.Sewell] e Sobre a Morte de uma Pequena de Cinco Anos de Idade [On the Death of a Young Lady of Five Years of Age], da poeta Phillis Wheatley, problematizando nestes a memória e o luto. Esta foi a primeira afro-americana a publicar um livro de poemas, Poemas sobre Vários Assuntos, Religiosos e Morais [Poems on Various Subjects, Religious and Moral], em 1773. Sobre a memória,<br />nos pautamos nas discussões de Halbwachs (2006), Ricoeur (2007), Nora (2012). Ricoeur compreende a<br />memória como uma distinção entre a memória individual e a coletiva, por sua vez, articulada por um<br />olhar exterior. Em seguida, discorremos sobre luto e memória a partir dos textos de Freud (2010). Para<br />Freud, luto e melancolia são formas de expressão sobre a perda e a dor. Além disso, apresentamos um<br />breve perfil sobre a poeta em face de sua importância para a literatura norte-americana. Concluímos que Phillis Wheatley recorre à memória de modo a empregar a narrativa sobre a morte e a temática do<br />luto em seus poemas surge como elemento de evocação de lembranças. </p>2025-04-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/infinitum/article/view/26368Entre espelhos: alteridade e (re) construção do “eu” em Olhai os lírios do campo, de Erico Veríssimo2025-04-23T19:54:11-03:00Carla Vitória Pontes Mendescarlavitoriapmendes@gmail.comAndrea Teresa Martins Lobatoandreatmlobato@gmail.com<p>A reificação do humano, o sujeito, a subjetividade, o eu e o discurso ocupam espaços significativos em nossa contemporaneidade. Sob esse prisma, este estudo tem por objetivo estabelecer as relações de alteridade e (re) construção do eu presentes na obra Olhai os Lírios do Campo (2011), de Erico Veríssimo, pela qual se analisa as configurações e as semânticas dos personagens “Eugênio” e “Olívia”, o que reflete em como a narrativa pode ser compreendida e analisada a partir desses dois vieses. Além disso, se constrói um diálogo entre a literatura e a psicanálise, o que mobiliza o discurso dos personagens sendo pensado não apenas como um valor expressivo, mas como modalidades de suas existências. À vista disso, a vertente teórico-metodológica de natureza analítica, inserese ao cunho qualitativo e bibliográfico, utilizando teóricos como Landowski (2002) e Freud (1999), o que configura uma análise sobre como a arte altera a condição do homem no mundo. </p>2025-04-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/infinitum/article/view/26430Psicanálise e a Mediação Literária no Clube do Livro Maranhão2025-04-29T05:13:03-03:00Fernanda Marília Carolina Araújofernanda.mcaraujo@gmail.com<p>O artigo analisa a articulação entre psicanálise e mediação literária a partir das experiências do Clube do Livro Maranhão (CLM). O objetivo principal é evidenciar como a mediação literária pode atuar como ferramenta de desenvolvimento pessoal, promoção do hábito de leitura e reflexão crítica, articulando educação, sensibilidade e subjetividade. A metodologia é qualitativa, baseada em vivências do CLM, com enfoque na escuta ativa, no respeito à diversidade e no acolhimento das subjetividades leitoras. O referencial teórico abrange autores como Jung, Manguel, Petit e Ferreira,<br />unindo conceitos de psicanálise (projeção, arquétipos, inconsciente coletivo) e biblioterapia à prática da leitura mediada. Os resultados apontam que, ao estimular a expressão emocional e a troca de experiências, a mediação promove um ambiente seguro e formativo. O CLM se destaca por seu caráter interdisciplinar, com encontros presenciais e virtuais que combinam literatura, justiça restaurativa e escuta empática. O estudo destaca ainda a adaptação da metodologia em Santa Inês/MA, onde a mediação foi integrada ao contexto escolar, ampliando seu alcance e potência transformadora. Conclui-se que a mediação literária, quando sensível às necessidades dos leitores, pode acessar dimensões conscientes e inconscientes, contribuindo para uma formação cidadã e crítica. Porém, caso o foco terapêutico se intensifique, é necessária a capacitação do mediador. </p>2025-04-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/infinitum/article/view/26371Rodrigo S. M. e o sujeito neurótico: da obsessão pela palavra a invenção de Macabéa2025-04-23T20:34:25-03:00Jéssica de Sousa Rabelo jessicasousarabelo@gmail.comMaria Iranilde Almeida Costa Pinheiroiranildecosta@gmail.com<p>Este trabalho propõe uma análise da construção psicológica de Rodrigo S. M., narradorpersonagem da obra A hora da estrela, de Clarice Lispector. A partir dos postulados freudianos sobre a neurose e das concepções lacanianas a respeito da relação do sujeito com a linguagem, busca-se compreender como a malha narrativa se estrutura a partir das afetações subjetivas do narrador na concepção da personagem Macabéa. A metodologia dessa pesquisa é qualitativa e partirá da revisão bibliográfica, tomando como ponto de partida as contribuições de autores de destaque nas áreas ora ressaltadas. Como principais aportes teóricos destacamos os estudos de Freud (2006, 2010, 2004), Lacan (1985), Tepperman (1999) e Rancière (2009). A análise revela que Rodrigo S. M. projeta em Macabéa elementos de sua própria angústia, evidenciando uma tentativa de elaboração simbólica de seu sofrimento psíquico por meio da escrita. Assim, a personagem emerge não apenas como objeto de ficção, mas como reflexo e sintoma do narrador, cuja construção evidencia o entrelaçamento entre escrita, linguagem e subjetividade. </p>2025-04-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/infinitum/article/view/26372O arquétipo da Mulher-Maravilha no poema “Vozes -Mulheres” de Conceição Evaristo2025-04-23T20:58:21-03:00Lydicy Silva Amorimlydicyamorim@gmail.comJosenildo Campos Brussiojosenildobrussio@ufma.br<p>Este artigo propõe uma reflexão crítica sobre a representação do arquétipo da Mulher-Maravilha no<br />poema Vozes-Mulheres, da renomada autora Conceição Evaristo, figura central da literatura afro -brasileira contemporânea. A escolha do poema se justifica pela relevância acadêmica da obra de Evaristo e pelas inquietações pessoais enquanto mulher negra que admira super-heroínas, mas se questiona sobre a predominância de representações femininas brancas no imaginário ocidental. Conceição Evaristo subverte essa lógica ao dar voz a mulheres negras, permitindo que expressem suas dores, força e resistência, tornando -se heroínas de suas próprias<br />histórias. A autora constrói, assim, uma nova perspectiva do arquétipo da Mulher-Maravilha, baseada em memória e identidade. O objetivo principal do artigo é compreender como esse arquétipo se manifesta no poema, especialmente a partir da perspectiva de diferentes gerações de mulheres. Além disso, busca -se identificar elementos que auxiliem na análise crítica desse arquétipo dentro do contexto da literatura afro -brasileira. A metodologia utilizada foi baseada em pesquisa qualitativa, com caráter exploratório e descritivo. Realizou-se uma revisão bibliográfica em bases como Google Acadêmico, Revistas Eletrônicas, Teses, Artigos Científicos, anais de Congressos e obras relevantes. Os descritores utilizados foram: “vozes-mulheres”, “Conceição Evaristo”, “arquétipos” e “Mulher-Maravilha”. Os principais autores consultados foram: Evaristo (2020), Halbwachs (1990),<br />Jung (2000), Mendes (2009) e Pollak (2017). </p>2025-04-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/infinitum/article/view/26431Machado de Assis: realismos à sua maneira2025-04-29T05:33:51-03:00Dariana Paula Silva Gadelhadariana.gadelha@ufam.edu.brElen Karla Sousa da Silvaelen.silva@ufam.edu.br<p>Machado de Assis é um dos autores brasileiros a quem a crítica literária mais tem se dedicado. Isso se deve não apenas à vasta produção do pai de Capitu, mas também à qualidade de sua narrativa, especialmente no que tange às obras publicadas a partir de 1880. Com uma produção literária que se destaca pela sua qualidade narrativa, ressalta-se uma problemática em torno de Machado de Assis que se estende até os dias atuais: a sua classificação estética, isto é, uma certa incongruência entre o que tínhamos e ainda temos nos livros didáticos e nos manuais de literatura e o que observa a crítica atualmente. Nesse sentido, este artigo propõe um diálogo entre conceitos do realismo filosófico e literário e trechos da obra machadiana, a fim de ampliar nosso entendimento sobre o estilo do autor. As bases teóricas para estas reflexões são de René Wellek (1963), Alexander Baumgarten (1993), José Ferrater Mora (2001), Ian Watt (1990), Gustavo Bernardo (2011), Roberto Schwarz (2000), José Guilherme Merquior (2011), George Lukács (2009) e Augusto Meyer (1964, 2008), os quais permitem ampliar entendimentos sobre o estilo machadiano. Os resultados apontam que, embora haja elementos que garantam verossimilhança e crítica social, como a representação da hipocrisia burgues a, a narrativa conduzida por um defunto-autor e a perspectiva unilateral e cínica do narrador desafiam os critérios fundamentais do realismo tradicional. Conclui-se que Machado constrói uma poética dialética que funde e tensiona elementos de diferentes escolas estéticas, recusando enquadramentos rígidos. </p>2025-04-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/infinitum/article/view/26432Quando o inesperado se torna real: além do silêncio da morte e o duplo oculto nas entrelinhas do conto “A caçada”, de Lygia Fagundes Telles2025-04-29T05:45:43-03:00Jéssica Borges Brussiojessicabbrussio@gmail.comMaria Iranilde Almeida Costa Pinheiroiranildecosta@gmail.comJosé Ailson Lemos de Souzaailsonlsj@gmail.comJosenildo Campos Brussiojosenildo.brussio@ufma.br<p>O conto "A Caçada", de Lygia Fagundes Telles, explora as complexidades da vida e da morte, mergulhando nas entrelinhas do inesperado. A narrativa revela o silêncio da morte e desvenda o duplo oculto que permeia a trama, ao que a autora tece uma teia intrincada de emoções, conduzindo o leitor por um labirinto de experiências humanas. O presente trabalho surge como recorte da produção de uma dissertação de mestrado, sendo assim aprimorado e aprofundado no respectivo produto final. O corpus trata de uma pesquisa bibliográfica, embasada em autores como Freud (1919), Jung (1995), Lemes (2002), Todorov (1982), Bessière (2012), Garcia (2007) e a própria autora Lygia Fagundes Telles (1999), em análise de sua obra. </p>2025-04-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/infinitum/article/view/26436A Transformação de Magdá: do Luto à Histeria em O Homem (1887), de Aluísio Azevedo2025-04-29T11:10:34-03:00Luíla Silva Lima Fariasluilauema@gmail.com<p><em>O Homem</em>, obra escrita por Aluísio Azevedo por volta de 1887, retrata a vida de uma personagem feminina, Madalena ou Magdá, que vive em luto por amores não vividos, levando seu funcionamento psíquico à histeria, temas que serão abordados no presente artigo com o objetivo de analisar o luto como um sentimento e um comportamento capaz de influenciar ou produzir a histeria na protagonista. Para tanto, realizou-se uma pesquisa documental, de cunho qualitativo, acerca do autor, do contexto da obra, do movimento literário pertencente à obra e dos temas luto e histeria, o trabalho se pautou, também, no auxílio de ferramentas computacionais, como o Portal Maranhão, designado um servidor que disponibiliza obras maranhenses para pesquisa em um banco de dados de historiografia literária maranhense; e a Linguateca, um site que contém ferramentas digitais, a exemplo o recurso AC/DC (acesso a corpos, disponibilização de corpos, da Universidade de Oslo), auxiliando na leitura da obra e na coleta de dados, respectivamente. Como base para defender as ideias apresentadas serve-se dos pensamentos de Cancilier (1976), Freud (1915), Lima (2022), Mérian (1988), entre outros. Por fim, conclui-se que o luto vivenciado pela filha do Conselheiro, em virtude da morte de seu irmão Fernando e a não realização conjugal com Luís, ocasiona e impulsiona as crises histéricas. </p>2025-04-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/infinitum/article/view/26434Melancolia e as configurações da dor em O quarto fechado, de Lya Luft2025-04-29T10:47:31-03:00Maria do Carmo Cardoso Costaducarmocardoso21@gmail.comSilvana Maria Pantoja dos Santossilvanapantoja3@gmail.com<p>A melancolia se instaura em decorrência de uma falta, possível de desencadear a ruína do corpo e do espírito. Nesse sentido o trabalho objetiva compreender o estado melancólico dos personagens na obra O quarto fechado (1984), de Lya Luft, os quais são atraídas por espaços que comportam os odores da morte. A pesquisa é qualitativa de cunho bibliográfico fundamentada na visão de Freud (2013), Tiburi (2004), Scliar (2003) e Starobinski (2016). Os personagens são impactados pelos sentimentos de solidão e vazios, em meio à falta de completude que os consome. </p>2025-04-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/infinitum/article/view/26437Editorial2025-04-29T11:22:13-03:00José Ailson Lemos de Souzaailsonlsj@gmail.comJosenildo Campos Brussiojosenildo.brussio@ufma.br2025-04-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025