Infinitum: Revista Multidisciplinar
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<p>A Infinitum: Revista Multidisciplinar é uma revista científica criada pelos cinco cursos de graduação do Campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) de São Bernardo – Licenciatura em Ciências Humanas/Sociologia, Licenciatura em Ciências Naturais/Química, Licenciatura em Linguagens e Códigos/Língua Portuguesa, Licenciatura em Linguagens e Códigos/Música e Bacharelado em Turismo, que tem por objetivo divulgar estudos, pesquisas, reflexões e ensaios nos campos da educação, ciências humanas, ciências naturais, língua portuguesa, linguística, literatura, música e turismo.</p> <p>Em 2025, a Infinitum Revista Multidisciplinar vinculou-se ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Dinâmicas Sociais, Conexões Artísticas e Saberes Locais, da Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências de São Bernardo, com Área de Concentração em Cultura e Sociedade, e quatro linhas de pesquisa que se alinham de forma multi e interdisciplinar a fim de avançar além das fronteiras disciplinares, articulando, transpondo e gerando conceitos, teorias e métodos, ultrapassando os limites do conhecimento disciplinar e dele se distinguindo, por estabelecer pontes entre diferentes níveis de realidade, lógicas e formas de produção do conhecimento.</p> <p>Em razão do desenvolvimento do escopo interdisciplinar da revista e visando atender às demandas acadêmicas que nos procuram, saímos de uma periodicidade semestral para quadrimestral, em 2025.</p> <p>ISSN 2595-9549</p> <p>Periodicidade: Quadrimestral</p> <p><strong>Qualis/CAPES (2017-2020): B1</strong> </p>Universidade Federal do Maranhãopt-BRInfinitum: Revista Multidisciplinar 2595-9549<p>A Infinitum: Revista Multidisciplinar está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.</p> <p><a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/"> </a></p>Family roots of brazilian billionaires (2021): a genealogical investigation
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<p>In Brazil, the covid-19 pandemic meant social and economic tragedy for many, but it turned into a positive moment for very few as they expanded their wealth. Forbes magazine, August 2021, revealed 315 Brazilians among the planet's billionaires, of which 42 are newcomers. This article presents an X-ray of the ten main Brazilian billionaires through the prosopographic method, highlighting genealogical data and aspects of the trajectory to indicate long-term fortunes, with historical and family structures designated as genealogical-economic family capital. It is indicated that the aforementioned billionaires are entangled by historical fortunes, of generational longevity, not being the result of luck or personal efforts, as preached by meritocracy. The analyzed data can be found on different websites, in the newspaper archive of the national library and in genealogical banks.</p>Mônica Helena Harrich Silva GoulartRicardo Costa de OliveiraTarcis Prado Junior
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2025-08-092025-08-0910.18764/2595-9549v8n18e26036Bilionários filantropos: um estudo sobre a filantropia familiar
https://cajapio.ufma.br/index.php/infinitum/article/view/27334
<p>Ainda que as instituições brasileiras tenham passado por significativas mudanças ao longo dos últimos séculos, as pesquisas que contemplam a variável família demonstram que os grupos dominantes permanecem em posições de poder, operando ou influenciando a política institucional. Este estudo lança luz a uma das formas contemporâneas de articulação de redes familiares que influenciam e atravessam os espaços de poder: a filantropia familiar, que tem ganhado espaço crescente no país tanto na formulação de políticas públicas como também na definição dos seus sentidos e discursos. Ao articular as categorias família, bilionários e filantropia, este trabalho joga luz a um objeto ainda pouco abordado nas ciências sociais. O recorte analítico privilegia a filantropia realizada pela família Abílio Diniz, partindo da análise de documentos e entrevistas públicos. </p>Vanessa Teixeira Pipinis
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2025-08-092025-08-0911910.18764/2595-9549v8n18e27334A ordem multifamiliar como vetor determinista para a cultura do privilégio e as relações de poder no Brasil
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<p>Reproduzindo à exaustão e com maior intensidade a prática histórica herdada da tradição ibérica, o longo processo de formação da sociedade brasileira incorporou a seus elementos constitutivos a ordem familiar como fator distintivo nas relações sociais e políticas do país, que foi se estabelecendo como padrão e regra não formal, modelada pelos interesses da Coroa portuguesa e de seus muitos beneficiários. Profundamente arraigada na sociedade ibérica, particularmente em sua porção lusitana, a cultura do privilégio era concebida como uma espécie de identidade de classe, restrita à nobreza e suas derivações (fidalgos de todas as espécies), de tal forma que os contemplados segregavam os não aceitos, que, a propósito, representavam a imensa maioria da população portuguesa. O “pacote de privilégios” dedicado aos eleitos do reino era extensivo à família, assumindo trajetórias de aplicação em todas as direções (ascendentes, descendentes, laterais) e desdobramentos (alcançando os mais diversos vínculos de afinidade, até mesmo agregados), bem como se constituindo em patrimônio de transferência para herdeiros e apadrinhados, consagrando a ordem familiar como a célula estrutural da vida em sociedade, não por uma determinação de valores cultivados na dimensão ético-formativa, mas puramente com o propósito de assegurar o respectivo quinhão de regalias e benefícios públicos, para fruição na esfera privada e de forma hereditária. Habitando de forma permanente o território lusitano d’além mar e bradando duvidosa proximidade de El-Rei, os prepostos do colonizador, distantes dos olhos da realeza e ávidos por se cobrirem das bajulações próprias do universo que gravitava no entorno da monarquia, não se contiveram em importar e implantar nestas terras a cultura do privilégio, reservada a distintos grupos e famílias que se instalaram ou se desenvolveram naquele cenário, distante de mecanismos de controle efetivo e de qualquer referência a padrões avançados de civilidade. Predominante na Colônia, ativo no Império e sufocante na República, a cultura do privilégio como um fim em si mesma assumiu ares de unanimidade e objeto de desejo, deitando raízes de tal forma e abrangência que se consagraria como uma verdadeira instituição nacional, espelho de distorções, desvios e degenerações diversas. Gozando do beneplácito da solidariedade acumpliciada de pares e parceiros de classe, resistiria à modernidade e à institucionalidade flexível, e seria mantida no país como uma reserva de privilégios destinados a poucos e integrantes de famílias que se perpetuariam nos mais diversos segmentos da vida social — na política, no Judiciário, nas carreiras de Estado, nas Forças Armadas, nas representações diplomáticas, no meio acadêmico, enfim, expandindo-se de forma difusa, mas sem comprometer a restrição do critério oligárquico-familial.</p>Edivaldo Ramos de Oliveira
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2025-08-092025-08-0913210.18764/2595-9549v8n18e27337Estudo genealógico de dois abolicionistas paranaenses: Padre Ribeiro e Rocha Pombo
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<p>O presente artigo tem por objetivo entender melhor o processo abolicionista em Curitiba a partir de dois de seus líderes, Padre Antônio Joaquim Ribeiro e do jornalista e escritor José Francisco da Rocha Pombo e, assim, tecer reflexões sobre este momento crucial de nossa história. Para tanto, partimos de duas notícias sobre o tema publicadas no jornal Gazeta Paranaense no mês de abril de 1888. A primeira é uma circular dirigida a todos os párocos da região, enviada pelo Vigário Geral Forense, Padre Ribeiro, pedindo para que se engajem ativamente pelo fim da escravidão em suas paróquias; a segunda é sobre a fundação da Confederação Abolicionista Paranaense em Curitiba, liderada pelos militares e que foi composta por inúmeras entidades civis e na qual se destacava o orador Rocha Pombo; enfim, eram duas ações que mobilizavam a sociedade, por meio da igreja católica e dos militares associados a clubes em geral; e o olhar específico para Padre Ribeiro e Rocha Pombo é no sentido de percebermos quem era esta elite religiosa, intelectual e política que se colocava a frente deste processo de mobilização social. Para isso, utilizamos o método genealógico de pesquisa social, trabalhados por sociólogos como Daniel Bertaux e Ricardo Costa de Oliveira, para entendermos quem era esta elite abolicionista, e na qual suas genealogias apontam para um passado de herança de posses de terra, de utilização de mão de obra escrava e de domínio político. Portanto, para este caso analisado, a luta abolicionista acabava se restringindo a um sentido humanístico religioso e, principalmente, em favor da renovação das forças produtivas, não existindo uma preocupação com o que seria da população negra após a abolição, e na qual ficava implícito que apenas deveriam se adaptar aos novos tempos e modelos de trabalho.</p>Alessandro Cavassin Alves
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2025-08-092025-08-0912710.18764/2595-9549v8n18e27338Padre Brandt e as disputas familiares na arena política e cultural do Maranhão: a trajetória de um sacerdote político e escritor
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<p>O presente artigo tem por objetivo analisar a trajetória política e intelectual do padre Clodomir Brandt e Silva, notabilizado por sua diversificada atuação no município de Arari, marcada pela fundação de escolas, teatro, cinema, jornais, rádio, editora, biblioteca, associações religiosas, além de ter sido um significativo personagem na história política da cidade. Metodologicamente, o texto está alicerçado em torno dos dados e informações disponíveis nas obras dos “intérpretes” da história de Arari coletados por meio de pesquisa documental e bibliográfica, incluindo-se os livros escritos pelo próprio sacerdote. O estudo focaliza compreender de que forma os diferentes condicionantes históricos, sociais, políticos e culturais incidiram sobre sua ação evangelizadora e transformaram as práticas e os discursos produzidos por este personagem, que passou a intervir incisiva e decisivamente nos rumos que as famílias dominantes definiam para a cidade. Acionando o recurso da escrita como principal instrumento de luta simbólica pela imposição de concepções que orientam as ações e demarcam posições e posicionamentos na política e na cultura ararienses, o itinerário de padre Brandt exemplifica a heteronomização e a hibridização do ofício sacerdotal no Maranhão.</p>Hugo Freitas de Melo
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2025-08-092025-08-0913910.18764/2595-9549v8n18e27340Fisiologismo e nepotismo: a genealogia de cinco líderes do centrão
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<p>O fisiologismo é caracterizado por políticos que se mantém na base de apoio dos presidentes, independentemente do perfil ideológico dos chefes do executivo federal. Recentemente o termo fisiologismo caiu em desuso, sendo mais comum ouvirmos o vocábulo centrão para designar os políticos que apoiam todos os presidentes. Por sua vez, o nepotismo expressa a prática de distribuir cargos a parentes, e favorecê-los em suas pretensões políticas. Como afirma Oliveira (2012), o nepotismo é uma relação entre estruturas de poder e parentesco. Nessa pesquisa associamos o fisiologismo e nepotismo, duas típicas instituições sociais da política brasileira, com a investigação da presença desses dois elementos nas práticas políticas de cinco notáveis líderes do centrão: José Sarney, Renan Calheiros, Jader Barbalho, Arthur Lira e Ricardo Barros. Tendo como objeto de estudo as trajetórias políticas e as genealogias desses dirigentes. O método adotado foi o genealógico (OLIVEIRA, 2012). Os objetivos foram: descrever as redes de nepotismo construídas por esses políticos, e compreender como ocorreu a transmissão de capital político-familiar em suas histórias, além de averiguar se esse tipo de capital foi convertido em capital econômico. O conceito de capital de Pierre Bourdieu foi um elemento central na análise e interpretação das genealogias estudadas, juntamente com relevantes contribuições da Teoria do Nepotismo. Por fim, consideramos que os cinco políticos herdaram capital político-familiar dos seus pais, e transmitiram para suas esposas, irmãos e filhos. Além disso, eles estudaram em universidades de elite, e converteram capital político- familiar em capital econômico, notadamente em meios de comunicação e propriedades rurais. Os dirigentes também controlam máquinas partidárias em seus estados, em alguns casos há décadas. Mas a principal base de poder deles é a permanência dentro do Estado, onde alinhados com o poder executivo federal, podem instrumentalizar os poderes institucionais do aparelho estatal para favorecimentos políticos-familiares.</p>André Barsch Ziegmann
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2025-08-092025-08-0913710.18764/2595-9549v8n18e27341Família e arranjos políticos: a fatia da fração direitista na cúpula do turismo
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<p>O artigo problematiza o poder do familismo no período do acirramento político que reverberou no avanço da extrema direita. Pesquisou-se com os recursos genealógicos e prosopográficos o ethos familiar e as relações sociopolíticas dos chefes do Ministério do Turismo para se compreender a visão social desses agentes. Estudos recentes apontam o atravessamento familiar em distintos campos de poder com ameaça à democracia e o aprofundamento das desigualdades sociais, por outro lado a atividade turística é ideologicamente compreendida como capaz de impulsionar a economia e reduzir tais desigualdades. A arquitetura do familismo favorece a compreensão da estrutura política referente a conjuntura especificada e das naturalizações sobre as questões sociais. Ressalta o predomínio do perfil hereditário político-familiar, conservador e reativo, que defende a manutenção do status quo que um certo imobilismo social lhes preserva.</p>Sylvana Kelly Marques da Silva LaibidaRicardo Costa de Oliveira
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2025-08-092025-08-0913110.18764/2595-9549v8n18e27343Poder e tradição: linhagens de autoridade na segurança pública
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<p>O Delegado Geral é o cargo máximo dentro da Polícia Civil, responsável por organizar toda a instituição e servidores, entretanto, por ser função comissionada, em que o chefe do poder executivo estadual decide a quem atribuir a atividade, não existem critérios técnicos a limitar tal favoritismo, logo facilita às elites familiares influenciarem na escolha, reterem poder e riqueza por meio da ocupação dos altos postos na administração pública. Desde os anos 1990 a relevância das genealogias e inserção de parentes em cargos públicos passou a receber mais estudos em âmbito nacional, a fim de identificar como os grupos familiares transferem às próximas gerações privilégios e benefícios, numa adaptação do modelo patrimonialista, inadmissível no Estado Democrático de Direito, em que igualdade de condições e impessoalidade devem prevalecer. Com o objetivo de verificar se o Delegado Geral atuante entre 2013-2014 integrava alguma das famílias dominantes, a prosopografia foi utilizada como metodologia de pesquisa; investigou-se a genealogia e biografia do objeto do estudo por meio de análise documental, histórica e arquivística nos meios de comunicação, rede internacional de computadores, Biblioteca Pública do Paraná e sites de investigação genealógica. Constatou-se que o indivíduo pesquisado integra família de imigrantes libaneses com destaque nas áreas de comunicação e literárias que, por laços de matrimônio, juntou-se a tradicional família da Lapa/PR, os Lacerda – Braga. A longa permanência em cargos estratégicos da estrutura de segurança pública estadual pode, sim, ser em decorrência da integração a linhagens tradicionais, viabilizando a herança de cargos elevados no presente, uma vez que as elites visam resguardar poder e riquezas junto de seus semelhantes.</p>Alfredo Marcos do PradoAna Paula Myszczuk
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2025-08-092025-08-0912610.18764/2595-9549v8n18e27346A cartografia do poder no Paraná: não era só mais uma Aparecida com o legado da hierarquia familiar
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<p>Concentramo-nos na análise das estruturas de poder no estado do Paraná, com especial atenção à influência do familismo na trajetória política da Aparecida Borghetti. Estabelecemos a investigação da consolidação da sua ascensão política com as conexões entre relações de parentesco e práticas de nepotismo articuladas aos capitais econômico e político. O arcabouço teórico mobilizado traça um diálogo entre perspectivas sociológicas e históricas, a partir de aportes marxistas, a pesquisa problematiza as relações de poder, evidenciando os mecanismos de reprodução e manutenção das classes dominantes na dinâmica política regional. Contribuindo assim, para os debates contemporâneos sobre os desafios da equidade social. Para a operacionalização da pesquisa priorizamos os métodos genealógico e prosopográfico, combinados com a investigação biográfica, a documental, o mapeamento de redes sociais e a identificação das articulações de poder. Estruturamos o estudo em três etapas: descrição biográfica baseada na analise genealógica; apresentação das relações sociais por meio da investigação prosopográfica; e a indicação das interseções entre economia, familismo e poder político na consolidação política da parlamentar. Consideramos que a representatividade feminina da Maria Aparecida Borghetti na política, longe de se aproximar de um processo de luta por ampliação de direitos ou de quebrar barreiras à democratização do gênero no acesso e participação política, perpetua as estruturas hierárquicas tradicionais relacionadas, principalmente, as práticas familistas, evidenciando as dinâmicas de poder na reprodução dos privilégios e exclusões.</p>Priscilla Cidral da CostaSylvana Kelly Marques da Silva LaibidaLuiz Demétrio Janz Laibida
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2025-08-092025-08-0912910.18764/2595-9549v8n18e27349Os meandros do Ratinho: tramas e ficções na trajetória político-empresarial de Carlos Massa
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<p>A presente pesquisa aborda a trajetória de Carlos Massa, indivíduo público conhecido como Ratinho, sob um viés sociológico. Afastando-se da ideia de <em>self-made man</em>, pode-se enxergar um indivíduo em sua formação social. São poucos os indivíduos que podem ser apontados com uma trajetória de tamanhas mudanças como teve o percurso de vida de Carlos Massa. Não bastassem as conquistas notáveis, Ratinho teve incursões na política, com seu maior sucesso tendo sido atingido por meio de seu filho, Ratinho Júnior. Verificar os percursos de Ratinho, ao menos pelas lentes sociológicas, é observar a construção de um império econômico e social. Contudo, singular em relação às construções de outras poderosas famílias paranaenses. Vale destacar que diferentemente de outras figuras políticas e empresariais do Paraná, Ratinho fez-se o que é sem o nepotismo. Do contrário, o homem sem sobrenome utilizou de suas destrezas em situações cruciais, identificando oportunidades que mudariam sua vida. Justamente a identificação de quais foram essas janelas de oportunidade é o objetivo desse artigo. Cabe apontar que o recorte aqui adotado começa nas origens familiares de Carlos Massa e termina quando esse obtém um dos seus maiores patrimônios, a Rede Massa.</p>Umberto Bittencourt Meneghini
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2025-08-092025-08-0912810.18764/2595-9549v8n18e27350A política como negócio de família: arranjos familiares e nepotismo na trajetória das famílias Magalhães e Richa
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<p>A pesquisa buscou, a partir de <em>scripts</em> localizados nas trajetórias das famílias políticas de Antônio Carlos Magalhães e José Richa, evidenciar os arranjos entre o poder político e as estruturas familiares. As famílias Magalhães na Bahia e Richa no Paraná, reuniram e acumularam principalmente capitais econômicos e político-familiar para manutenção do poder nas e entre as famílias políticas. Dessa forma, a partir do método genealógico e dos relatos de vida de Bertaux (2020), busca-se compreender a lógica que movimenta e orienta o campo político, marcado pela presença de famílias políticas. Os descendentes destas famílias políticas, recorrem ao capital político-familiar herdado, frente aos contextos políticos desfavoráveis ou aderem às regras do jogo institucional. E, com auxílio de Oliveira (2007; 2012) sobre o nepotismo e a sua perpetuação nas diversas esferas de poder, podemos perceber como as relações de parentesco são essenciais no atual modelo político e podem elucidar muitas das relações que as caracterizam.</p>Cátia Cilene FaragoCarlos Magno Augusto Sampaio
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2025-08-092025-08-0913010.18764/2595-9549v8n18e27351EDITORIAL
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Sylvana Kelly Marques da Silva LaibidaRicardo Costa de OliveiraLuiz Demétrio Janz LaibidaPriscilla Cidral da Costa
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2025-08-092025-08-0917