Kwanissa: Revista de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros
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<p>A Kwanissa – Revista de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros é um periódico científico, publicado semestralmente pela Licenciatura em Estudos Africanos e Afro-brasileiros (Liesafro) e pelo Programa de Pós-graduação em Estudos Africanos e Afro-brasileiros (PPGAFRO) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). </p> <p>O periódico tem como foco a publicação de artigos, resenhas, relatos de experiências, ensaios que debatam tanto o continente africano como a sua diáspora. Sendo assim, a revista tem foco em questões atuais e da história do continente como das populações afro da diápora pelo mundo.</p> <p>Os focos de publicação são: História e Cultura Africana e Afro-Diaspórica; Relações étnico-raciais; Educação das relações étnico-raciais e as leis 10.639/03 e 11.645/08; Legislações referentes às diretrizes de educação das relações étnico raciais e da educação quilombola; Políticas Públicas de promoção da igualdade racial; lém de estudos que envolvam a diáspora africana em sua amplitude, com temas acerca do território, cultura, religião, conflitos, ciências de forma geral abrangendo a diáspora. A revista também tem como foco temas acerca do gênero e suas interseccionalidades; Direito e políticas na diáspora africana.</p> <p>O continente africano é também referência de publicação na revista, com o interese em textos que abranjam esse território, passando pela multidisciplinaridade. Assim, geografia, ciências naturais e da saúde, ciências sociais, história, arqueologia, dentre outras são de interesse do periódico para a publicação. Sendo assim, também são foco da revista: Cidades e o urbano no continente africano; Exploração de recursos, mobilizações e conflitos em África; A sociedades, línguas e culturas; Religiosidades, dentre outros que tenham o território e as sociedades africanas como referência.</p> <p>ISSN 2595-1033</p> <p>Periodicidade: Semestral</p> <p><strong>Qualis/CAPES (2017-2020): B2</strong></p>Universidade Federal do Maranhãopt-BRKwanissa: Revista de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros2595-1033Direitos autorais Kwanissa: Revista de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros <br /><br /> <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a><br />Este obra está licenciado com uma Licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/" rel="license">Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.La noire de (1966) e a perda da negritude: diálogos entre Ousmane Sembène e Frantz Fanon
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<p><span style="font-weight: 400;">Ousmane Sembène (1923 - 2007) é considerado um dos maiores cineastas africanos. A partir de suas produções ele instituiu modelos basilares para a produção cinematográfica do continente, e trouxe às telas princípios tradicionais e denúncias a colonização em Áfricas. Esse ensaio busca analisar um de seus primeiros filmes, </span><em><span style="font-weight: 400;">La noire de... </span></em><span style="font-weight: 400;">(1966), a partir da perspectiva da obra do psicanalista Frantz Fanon (1925 - 1961), mais especificamente </span><em><span style="font-weight: 400;">Pele negra, máscaras brancas</span></em><span style="font-weight: 400;"> (2008) e </span><em><span style="font-weight: 400;">Os condenados da terra</span></em><span style="font-weight: 400;"> (2010). Fanon trata, em seus escritos, de um processo violento de perda da negritude pelos africanos colonizados, processo esse demonstrado na narrativa agoniante de </span><em><span style="font-weight: 400;">La noire de... </span></em><span style="font-weight: 400;">(1966). </span></p>Luiz Ricardo Resende Silva
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2025-05-302025-05-3071710.18764/2595-1033v7n17.2024.15Favela, violências e resistências: a margem sobre uma perspectiva criativa negra
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<p><span style="font-weight: 400;">Becos da memória é uma obra literária que dialoga diretamente com as perspectivas de estudo da sociologia da margem, com os estudos subalternos e decoloniais, sendo um livro importante para ampliar o debate sobre violências e protagonismos negros em todas as áreas das ciências humanas. No livro, a intelectual negra brasileira Conceição Evaristo mostra por meio de uma reflexão crítica sensível experiências alternativas de tecer resistência, autonomia e acolhimento, enquanto denuncia por meio de reflexões teórico-metodológicas o aumento das desigualdades sociais provocadas pelo processo de desfavelamento. As relações sociais tecidas em contextos distintos no interior da favela e na relação com o entorno dão forma às narrativas escrevividas de resistências de um modo particular e complexo de se fazer e ser favela no Brasil. Em cada experiência partilhada à favela se refaz dinâmica e comunitária mesmo entre os escombros das casas que são jogadas abaixo pelo processo de desfavelamento. As famílias respiram pelos orifícios das redes extensas de cuidados, que vão desde o compartilhamento de alimentos ao luto coletivo. É acionando a favela como um lugar criativo e de insurgência que Evaristo discuti formas de coexistência e de produção de redes de autonomias em contexto marcado por uma violência de estado. Becos reuni experiências que nos possibilitam pensar na defesa do comum considerando experiências, antagonismos e alianças estabelecidos nas relações das mais internas as mais externas na constituição do que vem a ser a favela.</span></p>Dayanne da Silva Santos
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2025-05-302025-05-3071710.18764/2595-1033v7n17.2024.16Jornadas de 2013 e a questão racial no Brasil: trajetórias e experiências de jovens ativistas e militantes negras e negros
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<p><span style="font-weight: 400;">O artigo tem como tema as experiências de jovens militantes negras e negros nas Jornadas de 2013 no Brasil, com o objetivo de analisar como essas experiências influenciaram nas trajetórias de tais militantes. Ele apresenta resultados da pesquisa “Dimensões educacionais das Jornadas de 2013 no Brasil”, com base em pesquisa bibliográfica e entrevistas semi-estruturadas de dois tipos: com pesquisadoras que abordaram as Jornadas em suas investigações; e, mais importante, com 10 pessoas que eram, em 2013, militantes negras e negros atuantes nas Jornadas. A partir de indícios encontrados na fase inicial da pesquisa a respeito da importância da temática racial e do movimento negro nas Jornadas, foi proposto este artigo com base nos resultados das entrevistas com ativistas e militantes feitas pela pesquisa supracitada. Destacam-se, entre os resultados: o fortalecimento do movimento negro no Brasil como um dos frutos das Jornadas de 2013, inclusive em decorrência das experiências de participação de jovens negras e negros neste ciclo de ações coletivas; ao mesmo tempo, as Jornadas, como um momento de subjetivação política, foram fundamentais nas trajetórias políticas de tais jovens negras e negros, que fortaleceram seus vínculos com as pautas raciais e, em número relevante, nos anos seguintes ingressaram ou aprofundaram seu envolvimento com partidos do campo progressista, inclusive vindo a ocupar cargos eletivos – em relativa contradição com o clima de forte crítica aos partidos e ao regime político representativo vivido durante as Jornadas.</span></p>Gislene da SilvaLuís Antonio GroppoAlice Campos ClaudinoEmanoely Ladeira SigianiAna Flávia Custódio Silva
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2025-05-302025-05-3071710.18764/2595-1033v7n17.2024.10Relações Brasil – PALOP: 17 anos de política externa e cooperação técnica para o desenvolvimento (2003 – 2020)
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<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo tem como objetivo analisar a política externa de cooperação internacional para o desenvolvimento empreendido pelos governos brasileiros, entre 2003 e 2020, junto aos cinco Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) – Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Para este estudo, dedica-se à análise da política externa brasileira e aos períodos históricos de governos Lula – Dilma e Temer – Bolsonaro nas suas relações com os PALOP, considerando a cooperação técnica brasileira para esses países. Conclui-se que as relações estabelecidas desde 2003 sempre estiveram voltadas para atender as demandas que possibilitaram o desenvolvimento ou avanço em determinadas áreas, tais como agricultura, saúde e educação, demandas essas que constituíram a cooperação bilateral entre o Brasil e os cinco países africanos</span><span style="font-weight: 400;">.</span></p>Iabna InfagaEduardo Ernesto Filippi
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2025-05-302025-05-3071710.18764/2595-1033v7n17.2024.11Um caso de dupla identidade, judia e católica, no espaço económico-cultural cabo-verdiano da segunda metade do século XIX
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<p><span style="font-weight: 400;">A presença judaica em Cabo Verde deixou poucos vestígios: algumas sepulturas, apelidos, memórias orais e um par de nomes de lugares. Todavia, esta micro-história é emblemática no que diz respeito à identidade cabo-verdiana, à 'caboverdianidade', que pode ser definida como intrinsecamente intercultural. Ao longo dos séculos, elementos judaicos misturaram-se com elementos cristãos e de outras origens de uma forma original. Este artigo apresenta um estudo de caso peculiar, nomeadamente a figura de um homem com dupla identidade, judia e católica, que viveu na segunda metade do século XIX, principalmente na ilha de S. Nicolau, onde o seu túmulo é ainda hoje preservado.</span> <span style="font-weight: 400;">O artigo contém a primeira decifração conhecida da inscrição hebraica no túmulo acima mencionado.</span></p>Marco Piazza
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2025-05-302025-05-3071710.18764/2595-1033v7n17.2024.12Justiça restaurativa: instrumento de enfrentamento ao racismo estrutural e de efetivação do livre desenvolvimento da personalidade dos negros brasileiros
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<p><span style="font-weight: 400;">O artigo investiga se a justiça restaurativa é eficaz para combater o racismo estrutural e promover o desenvolvimento da população negra no Brasil. Ele analisa a discriminação racial no país e avalia se a justiça restaurativa não apenas repara danos causados pela intolerância racial, mas também incentiva a autoconscientização e responsabilização dos agressores. O estudo é justificado pelo aumento da intolerância racial e suas consequências para essa população. Utilizando métodos dedutivos, históricos e comparativos, e baseando-se em pesquisa bibliográfica nacional, o objetivo é mostrar que as práticas restaurativas são adequadas para enfrentar o racismo estrutural, responsabilizando os agressores e reparando os danos às vítimas.</span></p> <p> </p>Jaqueline Olivera Alexandre Lagoa e SilvaAndréa Carla de Moraes Pereira LagoLucas Dornellos Gomes do Santos
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2025-05-302025-05-3071710.18764/2595-1033v7n17.2024.13Formação da raça e da racialidade em uma estrutura pigmentocratica
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<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo pretende construir uma relação entre os processos sociais de racialização e socialização da raça em uma sociedade que permeia um espectro de signos e simbolizações que tornam uma leitura sob o indivíduo incondicionalmente social, e que se comporta como característica fundamental de uma pigmentocracia. Para a sua construção, ampliou-se o olhar sobre a bibliografia existente nas ciências sociais para compor uma nova interpretação sobre o processo de racialidade brasileiro e latino-americano, visando transcorrer o caminho histórico que o discurso sobre raça e a sua função como ideologia dominante frente aos mecanismos revolucionários tornadas confusas nas inúmeras teorias sociais brasileiras, ao passo que reflete sobre os significados das relações raciais e suas contradições e desigualdades na realidade brasileira</span><span style="font-weight: 400;">.</span></p>Henrico dos Santos IturrietRafael Cardiano
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2025-05-302025-05-3071710.18764/2595-1033v7n17.2024.14