https://cajapio.ufma.br/index.php/littera/issue/feedLittera: Revista de Estudos Linguísticos e Literários2025-11-27T12:29:46-03:00Maria Aracy Bonfimrevista.litteraonline@ufma.brOpen Journal Systems<p>Periódico ligado ao Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Maranhão (PGLetras-UFMA).</p> <p>Missão: Destina-se à publicação de trabalhos científicos e culturais produzidos por pesquisadores, docentes e discentes ligados a programas de pós-graduação da UFMA e de outras instituições de ensino.</p> <p>Um dos capítulos mais importantes dessa trajetória é a criação da revista Littera, na década de 1990. Fundada com o objetivo de socializar pesquisas sobre língua e literatura desenvolvidas por professores-pesquisadores da UFMA, a Littera teve sua primeira edição publicada em 1994. Desde então, a revista se empenha na disseminação da produção científica na área de Letras, sendo um veículo essencial para a comunicação acadêmica.</p> <p> </p> <p><strong>ISSN 2177-8868</strong></p> <p><strong>Periodicidade: Semestral</strong></p> <p><strong>Qualis/CAPES (2017-2020): B2</strong></p>https://cajapio.ufma.br/index.php/littera/article/view/25286Ensino de português para surdos em salas de aula inclusivas: formação docente e possíveis reflexos metodológicos2025-09-05T16:10:47-03:00Elton César Soeiro Maramaldo Júniorelton.cesar.soeiro@gmail.comMônica Fontenelle Carneiromf.carneiro@ufma.brWalquiria Pereira da Silva Diasdias.tilsp@gmail.com<p>Este artigo teve por objetivo problematizar a formação inicial e continuada em língua de sinais brasileira (Libras) dos docentes de língua portuguesa que atuam em escolas inclusivas da rede estadual de São Luís do Maranhão. Para tanto, articulamos discussões sobre o perfil formativo dos docentes com cenas de suas metodologias empregadas no ensino do português aos estudantes surdos. A fundamentação teórica ancora-se em Lodi e Lacerda (2015), Gomes (2020), Faria-Nascimento <em>et al</em>., (2021), Silva e Seabra (2022), Paz e Ribeiro (2024), entre outros que contribuem para o debate e abordam aspectos da formação docente em relação à educação de surdos. A metodologia foi baseada em Paiva (2019), focando em uma abordagem qualitativa de natureza exploratória. Os participantes da pesquisa foram dez professores regentes do componente curricular Língua Portuguesa, os quais atuam em diferentes escolas. A geração dos dados aconteceu por meio da aplicação de questionários digitais, enviados via link de acesso ao WhatsApp dos professores participantes. As análises ocorreram por meio de abordagem mista, as quais indicam que (i) os professores de português não receberam uma formação inicial adequada em Libras durante o ensino superior; (ii) a maioria dos professores não buscou formação continuada em Libras, embora lecionem para estudantes surdos; (iii) a maioria dos professores emprega métodos que não compreendem o ensino de português como segunda língua (L2) aos surdos. Diante das análises, percebemos que as escolas inclusivas, como reconhecidos campos da pesquisa, precisam reestruturar sua proposta educacional para surdos, de modo a possibilitar capacitações como foco em uma mudança social na concepção diante dos discentes surdos e da língua de sinais. Nessa linha, a colaboração entre os profissionais envolvidos na educação de surdos e escolas inclusivas é vital para o ensino de português significativo às experiências visuais e culturais das pessoas surdas.</p>2025-11-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/littera/article/view/25371Educação bilíngue para surdos: desafios e perspectivas no contexto pedagógico2024-12-12T10:46:41-03:00Silvia Helena Muniz da Cunhasilvia.muniz@ufma.brRaquel Pereira dos Santospereira.raquel@ufma.br<p>Este artigo tem por objetivo demonstrar as implicações pedagógicas da educação bilíngue para surdos no Brasil, destacando a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua e o ensino do português escrito como segunda língua. O problema estudado reside nos desafios encontrados na implementação de práticas bilíngues em algumas escolas que incluem alunos surdos, impactando diretamente o desenvolvimento linguístico e acadêmico desses<br />estudantes. Para fundamentar a discussão, foram utilizados os estudos de Quadros e Karnopp (2004), que analisam a estrutura linguística da Libras e sua importância no desenvolvimento dos surdos; Skliar (1997), que enfatiza a identidade cultural surda e os desafios da inclusão educacional; e Lodi e Lacerda (2019), que abordam os desafios na formação docente e no ensino do português como segunda língua. Além disso, Strobel (2009) contribui para o entendimento da<br />cultura surda e da valorização da Libras como elemento essencial para a construção da identidade dos estudantes. Os objetivos específicos da pesquisa incluem analisar a efetividade da educação bilíngue para surdos no Brasil, identificar os principais desafios enfrentados e propor estratégias para sua melhoria. A metodologia adotada baseou-se em uma revisão bibliográfica e na análise documental de legislações como o Decreto 5.626/2005 e a Base Nacional Comum Curricular<br />(BNCC), que regulamentam o ensino bilíngue. Os resultados indicaram que a valorização da identidade cultural surda e a formação de professores qualificados são fundamentais para avanços significativos nessa área. Além disso, identificou-se que a falta de materiais didáticos adaptados, a escassez de professores capacitados e as limitações estruturais comprometem a efetividade do modelo bilíngue. Portanto, concluiu-se que é imprescindível investir em políticas públicas que fortaleçam a educação bilíngue para surdos, promovendo uma educação verdadeiramente inclusiva e equitativa. </p>2025-11-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/littera/article/view/25423O uso do determinante nominal no espaço metafórico da Libras como estratégia de tradução: uma análise linguística do poema Canção do exílio2025-08-01T12:38:05-03:00Lia Kellen Françaliakellenfranca@gmail.comArenilson Ribeiroarenilson.ribeiro@ufma.brRachel Sutton-Spencesuttonspence@gmail.com<p>O objetivo deste trabalho é realizar uma análise da tradução do poema Canção do Exílio do poeta Antônio Gonçalves Dias, com o foco no uso dos determinantes nominais no espaço metafórico considerando como uma estratégia de tradução. Trata-se de uma investigação que implica na tradução do par linguístico Língua Portuguesa – Libras, onde ambas possuem seus elementos linguísticos e estruturas próprias. A Língua Portuguesa por ser oral-auditiva tem como característica principal a manipulação da voz, e a Libras que é de modalidade gestual-visual utiliza das expressões não-manuais e marcações de apontamento para seus elementos referenciais em seus enunciados articulados no espaço. Dessa forma, é essencial que o tradutor entenda essas peculiaridades e reflita sobre o seu papel político em traduzir literatura poética para o público surdo de uma maneira que seja aceitável e prazeroso. A metodologia se dará de forma qualitativa, pois essa pesquisa visa analisar e descrever a utilização e o efeito do uso do determinante nominal no espaço metafórico na tradução poética para a Libras. A fim de fundamentar esta pesquisa, utilizam-se principalmente os aportes teóricos de Prado e Lessa-de-Oliveira (2012) e Prado (2014) sobre os determinantes nominais na Libras; Ribeiro (2020) quanto a compreensão dos elementos poéticos que podem ser utilizados em traduções de poemas cordelísticos no par linguístico Língua Portuguesa - Libras; e, Sutton-Spence (2018) no que diz respeito às análises de produções em Libras do gênero poesia. Como resultado, compreende-se que, durante a sinalização do poema Canção do Exílio, a tradutora faz uso no espaço metafórico nos lados direito, esquerdo e central, bem como do sinal de “local” como determinante nominal para marcar respectivamente os países Portugal e Brasil, e sempre que necessário utiliza o movimento do corpo para a direita e/ou para a esquerda, para incorporar os referentes, e a direção do olhar com a inclinação da cabeça quando se trata de um dos locais. Essas estratégias são utilizadas a fim de retomarem aos determinantes nominais na tradução poética, convertendo o texto traduzido em um produto mais visual e adequado as Normas Surdas de Tradução regidas pelo povo surdo.</p>2025-11-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/littera/article/view/25426Processos de composição dos sinais em Libras dos bairros de São Luís2025-09-05T16:08:07-03:00Elis Maria Barbosa Silva dos Santossantos.elis@discente.ufma.brRicardo Oliveira Barrosricardo.barros@ufma.brMaria Nilza Silva Quixabamaria.nilza@ufma.br<p>Este trabalho apresenta um estudo sobre a morfologia da Língua Brasileira de Sinais(Libras). Tem o objetivo de identificar os processos morfológicos de composição dos sinais dos bairros de São Luís. Esta é uma pesquisa descritiva, com abordagem quanti-qualitativa. Para análise foram selecionados 70 sinais na plataforma Maranhão em Sinais. Os sinais extraídos da plata- forma foram analisados de acordo com Felipe (2006) e Rodero-Takahira (2020), e agrupados de acordo com os processos de justaposição e aglutinação. Foram encontrados quatro grupos de sinais diferentes, sinais compostos por justaposição, sinais compostos por aglutinação, sinais compostos por justaposição e aglutinação e sinais simples. Os processos morfológicos de composição identificados foram agrupados em três grupos principais: (i) sinais compostos por justaposição, (ii) sinais compostos por aglutinação, e (iii) sinais compostos por justaposição e aglutinação. No primeiro grupo foram observados 42 sinais com processo morfológico de justaposição, sendo 13 com soletração + sinal; 2 com sinal + soletração; 18 com sinal + sinal; 2 com sinal + classificador; 1 com classificador + sinal; 2 com soletração + classificador; e 4 com soletraço + soletração. No segundo grupo foram identificados 25 sinais compostos por aglutinação, sendo 1 com sinal + sinal; 10 com soletração + sinal; 5 com soletração + classificador; e 9 com sole- tração + soletração. No terceiro grupo foram identificados 3 sinais compostos por justaposição e aglutinação, não havendo subgrupo de classificação. Com a análise foi demonstrado que há mais sinais com processos de justaposição, enquanto aqueles com composição por aglutinação são menos frequentes. Além disso, pôde verificar a presença de 03 bairros representados so- mente com datilologia e a ausência de sinais para 08 bairros de São Luís. Espera-se que esta pesquisa impulsione mais pesquisadores a realizar estudos referentes a essas questões e contribuam no processo de disseminação da Libras e inclusão do surdo e de sua língua na sociedade.</p>2025-11-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/littera/article/view/25427Processos de flexão na formação de sinais: um estudo das gírias utilizadas pela comunidade surda de São Luís – MA2025-07-12T16:27:31-03:00Esteliude Santos Cardosoesteliudesantos@gmail.comRicardo Oliveira Barrosricardo.barros@ufma.brMaria Nilza Oliveira Quixabamaria.nilza@ufma.br<p>Este estudo teve como objetivo compreender os processos morfológicos de formação de sinais das gírias utili-zadas pela comunidade surda de São Luís; e como pergunta de pesquisa: Como as flexões se manifestam na morfologia dos sinais de gírias utilizadas pela comunidade surda de São Luís? É um recorte da pesquisa de finalização do curso de Letras Libras da primeira autora. Coloca-se como uma proposta para elucidação e ampliação das discussões sobre os processos de formação de novos sinais que concorrem à anexação ao léxico da Libras, aqui em especial. Como referencial teórico relacionado ao estudo da morfologia, buscaram-se Qua-dros e Karnopp (2004), Aronoff, Meir e Sandler (2005), Faria-Nascimento (2009; 2013), Quadros (2019) e Qua-dros et al. (2023), entre outros autores. Sobre gíria, citam-se Preti (1984; 2000) e Silva (2008). Sobre gírias em Libras, recorreu-se a Silva (2015) e Cruz (2020). A pesquisa é um estudo descritivo qualitativo e quantitativo dos sinais presentes na categoria gíria no site Maranhão em Sinais. No estudo base desse artigo, foram identifi-cados vários processos morfológicos de formação de sinais, aqui são apresentadas as flexões: 06 (seis) sinais-gíria com processos morfológicos de flexão de concordância, e 20 (vinte) sinais com flexão de aspectual. A flexão de concordância pode ser identificada pela alteração da direcionalidade do movimento, que torna pos-sível saber quem executa ou recebe a ação. A flexão aspectual está ligada ao uso de expressões não manuais.</p>2025-11-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/littera/article/view/25431Elementos linguísticos e culturais utilizados por autores surdos na criação de histórias delimitadas em Libras2025-08-06T19:39:14-03:00Nelcyleide de Jesus Pedrozonj.pedrozo@discente.ufma.brArenilson Ribeiroarenilson.ribeiro@ufma.brMarilyn Mafra Klamtmarilyn.mafra@ufsc.br<p>O objetivo deste artigo é descrever os elementos linguísticos e culturais utilizados por autores surdos na criação de Histórias Delimitadas em Língua Brasileira de Sinais – Libras. Atualmente, observa-se um número expressivo de autores surdos que têm produzido poemas e histórias em Libras e, dentre esses, encontramos as Histórias Delimitadas. Estas podem ser Histórias ABC, representadas através do uso sequencial das configurações de mãos do alfabeto manual que vai de A a Z, formação de nomes a partir das letras; histórias numéricas, que utilizam a sequência de números; histórias de uma única configuração de mão. Logo, percebe-se a relevância em conhecer esse uso estético da Libras. A fim de fundamentar esta pesquisa, utiliza-se o conceito de normas como uma padronização que não depende de um único indivíduo, mas sim de toda a comunidade (Toury, 1995); o estudo acerca das produções culturais de surdos em Língua de Sinais (Mourão, 2011); e os elementos linguísticos e culturais que servem para gerar efeito estético na poesia em Libras (Sutton-Spence, 2021). No tocante à metodologia, apresenta-se uma abordagem qualitativa e descritiva dos elementos linguísticos e culturais encontrados a partir da análise da História Delimitada apresentada pelo poeta surdo Nelson Pimenta, em forma de vídeo, na página do <em>site</em> do Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES. Como resultados, compreendeu-se que, nas criações de Histórias Delimitadas em Libras, os autores surdos podem fazer uso de elementos linguísticos e culturais para causar efeito estético, dentre esses, citam-se: simetria, boia, antropomorfismo, classificadores, morfismo, sincronia lexical, espaço, antecipar e exagero. Portanto, entende-se, que a padronização desses elementos se caracteriza como normas, as quais podem ser reproduzidas, também, por tradutores e intérpretes do par linguístico Língua Portuguesa Libras, a fim de apresentar ao público surdo um texto que apela aos sentidos e cria uma experiência estética.</p>2025-11-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/littera/article/view/25437Docência e surdez: narrativas de professoras surdas2025-08-06T19:35:10-03:00Jacirema de Jesus Bezerra Batistajaci-life@hotmail.comClaudiane Santos Araújoclaudiane.araujo@ufma.br<p>O objetivo desta pesquisa é conhecer as narrativas de professoras surdas a partir das suas experiências docentes, saberes e vivências. Por meio da perspectiva interseccional (Akotirene,2019) entre as categorias gênero, docência e deficiência é possível compreender a trajetória de vida dessas mulheres entrelaçadas às experiências visuais marcadas de forma significativa pela opressão, desafios educacionais e o capacitismo. Ademais, busca- se compreender a trajetória de vida entrelaçada ao aprendizado da Língua Brasileira de Sinais (Libras), questões de identidade e inclusão destas professoras surdas dentro da docência. A metodologia desta pesquisa firma-se em Paiva (2008) que pensa a pesquisa a partir das contribuições das narrativas como metodologia que busca o cerne das experiências, saberes e vivências dos(as) participantes da pesquisa. Centramos as narrativas na perspectiva das narrativas surdas a partir de Vieira-Machado (2008), considerando estas narrativas, por se manifestam com especificidades, marcadas por experiências visuais, uma vez que esta pesquisa trata de sujeitos surdos(as) e em Minayo (2016), que nos ofereceu um percurso metodológico que nos deu liberdade para pensar a entrevista como um processo com falas e perguntas não fechadas. Para discussão sobre a categoria mulheres e relações de gênero, buscamos as reflexões em Beauvoir (1970), Scott (1995), Butler (2003). No entrelaçamento entre as categorias gênero e deficiência e sua relação com a docência, discutimos com base em Perlin e Vilhalva (2017), Neves (2020), Perrot (2007), Rodrigues (2019) e Farias (2017), dentre outros(as) autores(as). Os resultados desta pesquisa apontam para a visão de mulheres que optam pela docência por livre espontânea escolha, a despeito dos processos de opressão que sofreram em suas vidas. A relação destas com a docência são marcadas pela afetividade e pelo enfrentamento cotidiano das diversas formas de opressão pelo viés da violência simbólica, capacitismo, exclusão e relações de poder a que as mulheres são submetidas e de forma peculiar, quando são mulheres com deficiência.</p>2025-11-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://cajapio.ufma.br/index.php/littera/article/view/25764O limiar de uma década de Letras-LIBRAS no Maranhão: entrevista com Maria Nilza Oliveira Quixaba2025-02-05T11:00:35-03:00Heridan de Jesus Guterres Pavão Ferreirahjgp.ferreira@ufma.brSilvia Helena Muniz da Cunhasilvia.muniz@ufma.br<p>Entrevista com a Profa. Dra. Maria Nilza Oliveira Quixaba.</p>2025-11-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025