Revista Brasileira do Caribe https://cajapio.ufma.br/index.php/rbrascaribe <p>Publicação do Grupo de Pesquisa de Estudos Caribenhos e do Programa de Pós-Graduação em História da UFMA.</p> <p>A Revista Brasileira do Caribe tem como foco o estudo das culturas Afro-Americanas na sua relação com outras culturas e com suas matrizes africanas e ameríndias. A missão da revista está orientada pela compreensão da relação Brasil/Caribe em perspectiva interdisciplinar.</p> <p>ISSN 1984-6169</p> <p>Periodicidade: Semestral</p> <p><strong>Qualis/CAPES (2017-2020): A4</strong></p> Universidade Federal do Maranhão pt-BR Revista Brasileira do Caribe 1518-6784 Direitos autorais Revista Brasileira do Caribe <br /><br /> <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a><br />Este obra está licenciado com uma Licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/" rel="license">Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional</a>. O Ciclo Carolíngio e seu percurso da Península Ibérica https://cajapio.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/22844 <p>O Ciclo Carolíngio constitui um compêndio de poemas medievais de autoria diversificada, elaborados em períodos distintos, que têm como tema central o imperador franco Carlos Magno e suas relações familiares, abrangendo antecessores, tios, sobrinhos, entre outros. Essas narrativas exerceram uma marcante influência na cultura medieval francesa, sendo concebidas a partir do século XI. Alcançaram significativo êxito ao atingir o público-alvo original, a nobreza, mas, além disso, desfrutaram de popularidade entre diversas camadas sociais, ultrapassando fronteiras geográficas e estendendo-se a outros países do continente europeu, notadamente à Espanha e a Portugal.</p> Elisângela Coelho Morais Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-24 2024-07-24 1 16 10.18764/1984-6169v25n1.2024.2 Uma Idade Média global em Ramon Llull https://cajapio.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/22981 <p>Este artigo tem por objetivo repensar a Idade Média a partir de uma perspectiva da História Global não a limitando mais apenas ao espaço territorial da Europa, contudo observando outras localidades, que embora se buscasse levar o Cristianismo a tomar esses ambientes, ocorreram contato com outros povos, o que resultou em trocas culturais rompendo com a ideia de uma “cultura europeia intacta”, isto é, sem intervenções de outras civilizações. Assim, por meio da trajetória de evangelização do filósofo maiorquino Ramon Llull (1232-1316) é possível perceber que ele não se restringiu somente a Península Ibérica, mas se estendeu a Túnis e Bugia no norte da África, em militância contra o crescimento do Islamismo. Para isso, este artigo está dividido em duas partes, na primeira, apresenta-se a visão de alguns autores a respeito da História Global, em seguida, trata-se de mostrar o percurso percorrido por esse filósofo para tal fim.</p> Natasha Nickolly Alhadef Sampaio Mateus Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-24 2024-07-24 1 15 10.18764/1984-6169v25n1.2024.3 A conectividade entre o milagre da pregação de Santo Antônio aos peixes (séc. XIII) e o sermão de Santo Antônio aos peixes do padre Antônio Vieira (séc. XVII) https://cajapio.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/22895 <p>No conteúdo dos <em>I Fioretti</em> encontra-se a narrativa do milagre do Sermão de Santo Antônio aos peixes, acontecido no século XIII, o interessante é que durante tempos a descrição do milagre sempre esteve preenchida de misticismos devido ao caráter extraordinário de tal feito do santo, a comunicação aos peixes. No século XVII, o Padre Antônio Vieira apresenta em 13 de junho de 1654 o Sermão de Santo Antônio aos Peixes para denunciar os desmandos políticos e vícios praticados pelos colonos da região maranhense. Naquela época, os padres jesuítas estavam em conflito com os exploradores por causa do uso da mão de obra indígena. Estabelecemos então, um paralelo entre as duas obras para demostrar as conexões historiográficas entre o período medieval e o colonial brasileiro para debatermos as continuidades e permanências na longa duração do tempo histórico.</p> Alex Silva Costa Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-24 2024-07-24 1 13 10.18764/1984-6169v25n1.2024.4 O indianismo cavaleiresco de “I-Juca Pirama”: um mito romântico de nobreza brasileira https://cajapio.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/22764 <p>Este artigo tem por objetivo discutir sobre os ideais do Romantismo, principalmente o brasileiro, e como eles se manifestam no poema “I-Juca Pirama” (1851), de Gonçalves Dias. Buscase observar como as características cavaleirescas aparecem no protagonista indígena, notar quais são os problemas morais e nacionais abordados pelo poeta, a partir da questão do sacrifício, e explorar a construção desse herói. Para esta análise serão utilizados principalmente Bosi (1992 e 1994), Moisés (2012) e Candido (2000), para se compreender as circunstâncias históricas que atravessam a formação do Romantismo brasileiro, Llull (2012), para se compreender parte da ideologia cavaleiresca, e Kothe (2000), para uma análise da figura heroica. </p> Sara Gabriela Simião Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-24 2024-07-24 1 17 10.18764/1984-6169v25n1.2024.5 The Gest of Robyn Hode: a lenda medieval que se propagou pelo mundo https://cajapio.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/22725 <p>O mito Robin Hood existe há mais de seiscentos anos, espalhando-se pelo mundo por meio da cultura medieval inglesa. Medievais ou modernas, as referências de Robin Hood têm o mesmo foco: a resistência de princípios à autoridade ilícita: laica ou eclesiástica. A balada The Gest of Robin Hode (1510-1515) é uma das referências mais antigas do herói ela reúne um conjunto de suas aventuras que dá a sensação de que os seus feitos estão sendo narrados, além disso, há uma xilogravura de um arqueiro na primeira página da balada que materializa essa criação mental de Robin Hood. Nessa perspectiva, o objetivo da pesquisa é analisar a construção do personagem Robin Hood na mentalidade popular por meio da balada The Gest of Robyn Hode e a sua materialização na xilogravura Here begynne a Gest of Robyn Hode (1510-1515). O estudo foi desenvolvido por meio de duas etapas, o estudo bibliográfico e imagético. A pesquisa bibliográfica permite conhecer e analisar referenciais teóricos já elaborados e, a análise iconográfica segue a metodologia de Martine Joly (2007), a qual refere-se a análise dos signos icônicos, plásticos e linguísticos. Desse modo, a pesquisa possibilitará ampliar o conhecimento sobre Robin Hood, bem como o entendimento das questões políticas, sociais e educacionais do período. </p> Bianca Camargo Avanço Satim Conceição Solange Bution Perin Meire Aparecida Lóde-Nunes Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-24 2024-07-24 1 17 10.18764/1984-6169v25n1.2024.6 Herr Militzer und wir: um medievalista alemão e as memórias que ele deixou no Brasil https://cajapio.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/22727 <p>Nossas memórias não são só nossas, mas muitas, compartilhadas. É por isso que no Brasil e nas Américas, mesmo sem uma ‘Idade Média’ tradicional, segundo a cronologia geralmente aceita, as reminiscências de medievo trazido na bagagem (material e mental) de conquistadores se enraizaram em nossas terras. Mas, para além dessa violência primordial, as reminiscências do medievo (sonhado, imaginado) são permeadas também por outras viagens, idas e vindas entre o novo e o antigo continente, pessoas que conhecemos quando fomos estudar em arquivos fundamentais e que também quiseram conhecer a nossa realidade, com a qual (talvez embalados por Garcia Marques, Borges e outros) também sonhavam. Foi assim que conheci, no arquivo histórico da cidade de Colônia, na Alemanha, o professor Klaus Militzer. E foi assim que ele veio ao Brasil, não apenas uma, mas três vezes. Esse artigo conta um pouco dessa estória que não é só minha, mas que foi compartilhada por muitos outros. </p> Cybele Crossetti de Almeida Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-24 2024-07-24 1 11 10.18764/1984-6169v25n1.2024.7 O conhecimento da alma como causa necessária para a formação de educadores: um estudo das Questões Disputadas Sobre a Alma, de Tomás de Aquino https://cajapio.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/22790 <p>Neste artigo, analisamos a função dos sentidos internos e externos na aprendizagem segundo Tomás de Aquino (século XIII). A fonte que estudamos é o conjunto de Questões ministradas pelo teólogo dominicano no Studium Generale de Santa Sabina, em Roma, no ano letivo de 1266-1267, que tiveram a alma como tema central. Nessa época, Tomás foi incumbido de organizar os estudos da Ordem dos Frades Pregadores em Roma. As Questões Disputadas Sobre a Alma fazem parte do trabalho do autor para a formação de educadores. Cabe destacar que empregados o termo ‘educadores’ para nomear todo intelectual que se dedica, especialmente, à difusão do conhecimento pertinente para sua época, contribuindo para o desenvolvimento social, político e cultural da sociedade da qual faz parte. Com esse estudo, procuramos apresentar lições de Tomás de Aquino que possam fundamentar uma reflexão mais profunda a respeito da formação docente em nosso próprio tempo. </p> Rafael Henrique Santin Terezinha Oliveira Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-24 2024-07-24 1 11 10.18764/1984-6169v25n1.2024.8 Reminiscências do Portugal medieval nas práticas culturais e festejos do Brasil contemporâneo: possíveis conexões - a festa do Divino Espírito Santo em Portugal e no Brasil (Pirenópolis-GO) https://cajapio.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/22882 <p>Este artigo discute as (im)possibilidades de aproximação entre o Culto do Divino Espírito Santo em Portugal e as Festividades do Divino, em Pirenópolis, Goiás, por meio do cotejamento de fontes como a Monarchia Lusitana, Concordatas Régias e obras historiográficas do século XVII e períodos posteriores. Nossas hipóteses apontam, de um lado, para uma pesquisa mais aprofundada das relações entre judeus e cristãos no reino de D. Dinis (1279-1325) e da rainha Isabel de Aragão (1282-1336)<sup>1</sup>, considerando a participação dos judeus no culto do Divino, em Portugal. De outro, assinalam para a necessidade de apreender o processo de (re)constituição das raízes portuguesas da Festa do Divino em Pirenópolis, bem como para a necessidade de [re]discussão dos processos de patrimonialização. O Culto teria<br />sido organizado pelo monarca D. Dinis sob a égide da rainha Santa Isabel, institucionalizando um Império do Divino, através de um cerimonial que se tornou célebre por todo o reino e uma manifestação que possibilitava o exercício de certas práticas religiosas não católicas pela ressignificação dos símbolos, rituais e da própria data da festa que coincide, por exemplo, com a celebração do Pentecostes pelos judeus e a descida do Espírito Santo pelos cristãos. Em Pirenópolis, a partir da década de 1970, a festa foi atualizada, retomando e reinventando suas associações com a Europa Medieval.</p> <p><a href="https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rbrascaribe/workflow/index/22882/5/#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> Essa primeira data, se refere ao ano de sua chegada a Portugal, pois em 1281 se casou por meio de procuração continuando em Aragão e só no ano posterior consumou o seu casamento indo habitar em terras lusitanas.</p> Cleusa Teixeira de Sousa Gilberto Cézar de Noronha Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-24 2024-07-24 1 21 10.18764/1984-6169v25n1.2024.9 As reminiscências medievais portuguesas e as cavalhadas em Goiás: celebrações, permanências e ressignificações https://cajapio.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/22879 <p>Esse artigo tem como proposta analisar as cavalhadas em Goiás a partir de reflexões sobre as ressignificações no Brasil de elementos culturais do Medievo português. Considerando este o fio condutor das discussões, as cavalhadas são estudadas na condição de celebração, categoria do patrimônio cultural imaterial, e também como exemplo de possibilidade de diálogo entre presente e passado no ensino e na pesquisa. Assim, a proposta centra-se numa dupla perspectiva de investigação: a concepção e o uso de residualidades medievais em abordagens contemporâneas; as cavalhadas como forma de celebração e exemplo de reminiscências medievais em terras goianas. </p> Maria Dailza da Conceição Fagundes Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-24 2024-07-24 1 17 10.18764/1984-6169v25n1.2024.10 Apresentação do Dossiê “O Medievo e suas reminiscências socioculturais nas Américas” https://cajapio.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/24091 <p>O Dossiê “O Medievo e suas reminiscências socioculturais nas Américas” teve por objetivo central contribuir com os debates acerca da História Medieval e este continente, mostrando como o período em questão é importante para a formação da construção histórica da Contemporaneidade. As reminiscências medievais se relacionam com o passado e se transformam ao longo do tempo, constituindo-se por traços que foram incorporados e ressignificados na cultura, principalmente por meio da Literatura, festividades e da religiosidade.</p> Adriana Maria de Souza Zierer Terezinha Oliveira Natasha Nickolly Alhadef Sampaio Mateus Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-24 2024-07-24 1 4 10.18764/1984-6169v25n1.2024.1