Revista Húmus https://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus <p style="text-align: justify;">A <strong>Revista Húmus</strong> está <strong>voltada aos pesquisadores de pós-graduação</strong>, assim como leitores interessados nos temas abordados. <strong>(A3) (FILOSOFIA, INTERDISCIPLINAR, LINGUÍSTICA E LITERATURA, PSICOLOGIA, SOCIOLOGIA, HISTÓRIA, EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS DA RELIGIÃO E TEOLOGIA, DIREITO, ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E TURISMO, ANTROPOLOGIA / ARQUEOLOGIA, ARQUITETURA, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL / DEMOGRAFIA, URBANISMO E DESIGN, ARTES, CIÊNCIAS AGRÁRIAS I, CIÊNCIAS AMBIENTAIS, ENGENHARIAS I).</strong> Quanto aos artigos serão aceitos de pesquisadores de pós-graduação, stricto Sensu, desde que a publicação <strong>venha acompanhada com seu orientador, mestre ou doutor.</strong> Cabe lembrar, que é de grande pertinência os Estudos Interdisciplinares em Ciências Humanas e os conceitos de Contingência e Técnica. Tem a pretensão de analisar o impacto da Técnica Moderna na sociedade contemporânea, os diversos aspectos da condição humana na contemporaneidade, e ainda, os elementos trágicos e contingentes nas sociedades pós-modernas, dando relevo tanto a questões teóricas como as específicas sobre o comportamento humano, as ações políticas, as diversas organizações sociais, tribais e individuais presentes no mundo moderno e pós-moderno. O periódico está disponível no Portal de Periódicos Capes/MEC, <strong>indexado no Google Acadêmico, no Latindex (Sistema Regional de Informação em Linha para Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal), Cadastrado no Diadorim</strong>, diretório de políticas das revistas científicas brasileiras sobre o acesso aberto aos artigos por meio de repositórios institucionais.</p> <p style="text-align: justify;">ISSN 2236-4358</p> Universidade Federal do Maranhão pt-BR Revista Húmus 2236-4358 Do caráter de cura do Da-sein como possibilidade ontológica do clamor da consciência ao querer-ter-consciência enquanto pressuposição existenciária do Ser e estar em débito em Martin Heidegger https://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/24636 <p>Detendo-se na noção de consciência (<em>Gewissen</em>) enquanto fenômeno originário do <em>Da-sein</em> segundo a interpretação de Heidegger na obra “Ser e Tempo” (II Parte, II Capítulo, Da seção § 55 à seção § 60), o Prof. Luiz Carlos Mariano Da Rosa, em consonância com o princípio hermenêutico-fenomenológico-ontológico-existencial, investiga o clamor da consciência enquanto conclamação do si-mesmo em seu poder-ser si-mesmo, tendo em vista o <em>Da-sein</em> que clama no fundo da sua estranheza enquanto clamor da consciência em uma construção teórico-conceitual que encerra nas fronteiras do <em>Da-sein</em> o que clama e o a-clamado. Dessa forma, analisando o <em>Da-sein</em> como quem clama e o seu estar-lançado como “já-ser-em” e o angustiar-se com o seu poder-ser enquanto conclamação para assumir o seu poder-ser mais próprio, cujo movimento encerra o caráter de <em>cura</em> do <em>Da-sein</em> como possibilidade ontológica do clamor da consciência, o artigo expõe que, constituindo a <em>cura</em>, o ser do <em>Da-sein</em> compreende em si facticidade (estar-lançado), ek-sistência (projeto) e de-cadência em um processo que assinala que o <em>Da-sein</em> é enquanto determina a si como poder-ser que pertence a si mesmo enquanto poder-ser, o que implica que, guardando somente possibilidade de ek-sistir como o ente cuja responsabilidade implica ser o que é, o <em>Da-sein</em>, <em>existindo</em>, consiste no fundamento de seu poder-ser. Constituindo o <em>ser e estar em débito</em> o ser designado como <em>cura</em>, o clamor consiste no clamor da <em>cura</em> em uma construção que assinala que o <em>Da-sein</em> encontra-se originariamente reunido consigo mesmo na estranheza e cuja a-clamação, convergindo para uma re-clamação pro-clamadora, encerra o pro-clamar da possibilidade enquanto possibilidade que, em existindo, envolve o assumir, em si mesmo, o ente-lançado que é, implicando o re-clamar para o estar-lançado em face do dever-ser e do poder-ser no sentido de compreender a si como fundamento do nada a ser assumido na ek-sistência em um movimento que atribui a de-cisão a condição de verdade mais originária do <em>Da-sein</em>.</p> Luiz Carlos Mariano da Rosa Copyright (c) 2024 Revista Húmus http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-08-01 2024-08-01 14 42 10.18764/2236-4358v14n42.2024.16 SARTRE LEITOR DE HEGEL: a recepção hegeliana em o Ser e o Nada https://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/24659 <p>Almeja-se, no presente artigo, investigar o estatuto da recepção hegeliana pelo pensamento de Jean-Paul Sartre, em <em>O ser e o nada</em>, especificamente sobre como o hegelianismo contribui para as teses fenomenológicas da ontologia madura, de 1943. Em um primeiro momento, aborda-se a maneira ambígua com que Sartre se apropriou de maneira indireta do pensamento de Hegel paralelamente aos cursos de Kojève, os quais o filósofo francês não assistiu. Em seguida, busca-se apresentar a presença de Hegel nas formulações teóricas de <em>O ser e o nada</em>, tal como alguns movimentos críticos presentes na seção “A concepção dialética de nada [<em>néant</em>]”. Intersubjetividade, negação, Outro e a tentativa sartriana de superação ao solipsismo envolvem um contato com o pensamento de Hegel que ainda é pouco dimensionada. Em suma, constata-se uma aproximação pouco profunda de Sartre com as teses de Hegel, ao mesmo tempo que o filósofo alemão se configura fundamental para a elaboração das teses de <em>O ser e o nada</em>.</p> Fabrício Pizelli Copyright (c) 2024 Revista Húmus http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-08-01 2024-08-01 14 42 10.18764/2236-4358v14n42.2024.17 DIREITO HUMANO À SAÚDE, BIOÉTICA DE INTERVENÇÃO E ÉTICA DA ALTERIDADE: a deficiência para além da deficiência https://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/24681 <p>O artigo busca analisar a (in)efetivação do direito humano à saúde no contexto das pessoas com deficiência, sob a perspectiva da bioética de intervenção e ética da alteridade. Inicialmente, objetivou-se compreender o modelo social da deficiência, para, posteriormente, analisar (in)efetivação do direito humano à saúde das pessoas com deficiência, a partir da ética da alteridade e bioética de intervenção. À vista disso, com o método de análise hipotético-dedutivo, conclui-se que as ações afirmativas de saúde para pessoas com deficiência são desenvolvidas a partir de igualdade de condições, reafirmando o paradoxo entre exclusão, igualdade e inclusão firmado no conceito de normalidade. Para tanto, a intersecção entre ética da alteridade e bioética de intervenção rompe essa perspectiva voltada para a normalização dos sujeitos, levando em consideração a singularidade dos indivíduos e as especificidades das pessoas com deficiência de modo a viabilizar a efetivação do direito humano à saúde.</p> Milena Cereser da Rosa Janaína Machado Sturza Copyright (c) 2024 Revista Húmus http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-08-01 2024-08-01 14 42 10.18764/2236-4358v14n42.2024.18 MÁ CONSCIÊNCIA: dívida, culpa e crueldade internalizada em a Genealogia da Moral https://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/24698 <p>O presente artigo analisa o conceito de má consciência a partir da perspectiva de Nietzsche, destacando a conexão entre a consciência moral e a culpa. O filósofo argumenta que a consciência moral é fruto da interiorização de instintos agressivos, que, reprimidos pelas normas sociais, possibilita o surgimento da má consciência. Essa dinâmica se origina da relação credor-devedor em sociedades primitivas, onde o não cumprimento de promessas resultava em punições. Com a ascensão do cristianismo, a culpa se tornou um conceito central, associando a natureza humana ao pecado original, desta forma, a moralidade é vista como obediência a costumes ancestrais, onde a crueldade, inicialmente exteriorizada, é reorientada de volta e se internaliza.</p> José Carlos Rocha Costa Copyright (c) 2024 Revista Húmus http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-08-01 2024-08-01 14 42 10.18764/2236-4358v14n42.2024.19 A interconexão entre a animalidade e a moralidade em Kant https://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/24747 <p>Este artigo examina a interconexão entre as dimensões da animalidade e da moralidade na filosofia de Kant, destacando a importância do prazer, como sentimento de vida, dentro do sistema kantiano. Kant reconhece que as disposições para a animalidade, ligadas aos impulsos e prazeres imediatos, no agradável, são parte essencial da vida humana. No entanto, é a moralidade, orientada pela razão, que proporciona uma vida plena. O prazer moral, advindo de ações éticas, oferece uma satisfação mais profunda que os prazeres sensíveis imediatos, demonstrando a necessidade de integração entre animalidade e moralidade. A harmonia entre animalidade e moralidade reflete uma visão equilibrada da vida, onde o prazer é experimentado em acordo com o plano da natureza, o que remete o sujeito a algo para além dele mesmo, enquanto espécie e enquanto natureza.</p> Leandro Rocha Copyright (c) 2024 Revista Húmus http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-08-01 2024-08-01 14 42 10.18764/2236-4358v14n42.2024.20 A comunidade no pensamento de Emmanuel Mounier https://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/24766 <p>A sociedade hodierna, fortemente marcada pelo individualismo, egoísmo, consumismo, egocentrismo e massificação, vive um enorme problema no que se faz alusão à vivência real da comunidade. O homem moderno, homem da técnica e da informática precisa se despertar para o outro, para as relações interpessoais. A civilização personalista comunitária proposta por Mounier surge como um grito de alerta diante desse mundo despersonalizado. Abordar a temática da comunidade implica na própria pessoa, pois ambos são como que um par inseparável, ou seja, “pessoa e comunidade estão como se diz hoje em dia em reciprocidade de perspectivas” . Apresentar-se-á neste trabalho um conceito geral da comunidade personalista e de sua construção que ocorre na luta entre o individualismo e coletivismo. Logo em seguida é abordado o tema da comunicação como ato fundamental para a vivência comunitária que tem seu princípio na experiência da segunda pessoa. Por fim, aborda-se a temática do amor em um âmbito geral e depois na perspectiva personalista como expressão máxima de doação, afinal, a pessoa não existe sem a comunidade e esta só existe quando formada por pessoas livres. O trabalho foi feito através de pesquisa bibliográfica</p> Felipe Freitas de Araújo Alves Renan Antônio da Silva Maria Celeste de Sousa Copyright (c) 2024 Revista Húmus http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-08-01 2024-08-01 14 42 10.18764/2236-4358v14n42.2024.21 O NASCIMENTO DO EU A PARTIR DA RELAÇÃO ENTRE MUNDO E O OUTRO: uma análise arenditiana https://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/24775 <p>Este texto tem como objetivo compreender a concepção do <em>Eu</em> em Hannah Arendt. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que, a partir de suas principais obras – <em>A condição humana</em> e <em>A vida do espírito</em> - explora como a percepção sensorial e a linguagem desempenham papéis cruciais na constituição do sujeito. Arendt inverte a lógica tradicional que considera o outro como secundário, sustentando que a realização plena do sujeito depende do reconhecimento mútuo. Além dos cinco sentidos, ela propõe a existência de um “sexto sentido”, relacionada à capacidade de articular experiências e significados por meio da linguagem. Essa capacidade não só constrói um mundo compartilhado, mas também molda a percepção e a consciência, permitindo uma reflexão profunda sobre si mesmo, o outro e o mundo. A política é entendida como o espaço onde a relação entre os sujeitos se concretiza por meio da ação e do discurso. A vida privada, em contrapartida, é percebida como uma forma de morte simbólica, já que o <em>Eu</em> não pode existir plenamente sem ser visto e reconhecido pelos outros. Assim, a existência humana se realiza no espaço público, onde a pluralidade de perspectivas configura um mundo comum, enfatizando que a linguagem e a intersubjetividade são essenciais para a construção da realidade e da identidade onde a autenticidade do <em>Eu</em> é constituída na interação com o mundo e o outro.</p> Adenaide Amorim Lima Copyright (c) 2024 Revista Húmus http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-08-01 2024-08-01 14 42 10.18764/2236-4358v14n42.2024.22 Sociedade contemporânea, ócio, tédio e tempo https://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/24819 <p>A pesquisa tem por objetivo discutir o empobrecimento do ócio e do tempo livre na sociedade contemporânea, explorando a relação entre a capacidade de estar só e a construção de um mundo interno, em contraste com o excesso de informações e demandas tecnológicas. A pesquisa se concentra nos impactos das tecnologias e redes sociais sobre o tempo ocioso, sem julgar a tecnologia, mas refletindo sobre as consequências de sua predominância. A metodologia utilizada foi uma revisão narrativa da literatura, baseando-se em autores clássicos da psicanálise, filosofia e sociologia para contextualizar o fenômeno na atualidade. Os resultados indicam que a valorização do trabalho e a hiperconexão digital têm reduzido o espaço para o ócio, impactando negativamente a subjetividade, criatividade e saúde mental, o que contribui para um aumento nos diagnósticos de depressão e ansiedade. Sugere, ainda a importância de valorizar o ócio na vida moderna, como forma<br />de construção e ampliação do mundo interno.</p> Thalita Lacerda Nobre Copyright (c) 2024 Revista Húmus http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-08-01 2024-08-01 14 42 10.18764/2236-4358v14n42.2024.23 UCRANIZAÇÃO, POLONIZAÇÃO E RUSSIFICAÇÃO: entre a colonização e a guerra da Rússia na Ucrânia https://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/25152 <p>Este texto aborda noções como “ucranização”, “russificação” e “polonização” que ao longo da história da Ucrânia tomaram a forma de políticas públicas e tiveram impacto sobre populações ucranianos em situação de dominação sob diferentes impérios. Com a atual guerra russo-ucraniana, a questão dos direitos culturais de determinados grupos étnicos ou nacionais, assim como a necessidade de reforçar a identidade nacional ganha importância no contexto de combate a um genocídio.</p> Claudio Cavalcante Junior Copyright (c) 2024 Revista Húmus http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-08-01 2024-08-01 14 42 10.18764/2236-4358v14n42.2024.24 A narratividade formativa Ética em Paul Ricouer https://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/24724 <p>Neste estudo partimos da reflexão em torno da narrativa e das ideias formuladas por Ricoeur, relacionando com as questões da interpretação, do tempo e dos elementos éticos e estéticos, para confrontarmos a convergência nas narrativas diante da composição de uma poética no âmbito do pensamento de Paul Ricouer. A análise terá por base os três tomos de Tempo e Narrativa (2010a, 2010b, 2010c,), O si-mesmo como outro (2014), e Teoria de Interpretação (2019). Em Ricoeur o encontro nas narrativas da ética, estética, hermenêutica de si, reconhecimento de si através do outro, o experenciar em profundidade, o que as narrativas nos apresentam, a qualidade da prosa literária, a intuição estetizada, porquanto todas vão na direção de reconfigurar o sujeito, para torná-lo na prática um ser de ação ética com as pessoas, com o mundo, pela ampliação dos seus horizontes hermenêuticos/interpretativos acerca das coisas.</p> Herasmo Braga de Oliveira Brito Copyright (c) 2024 Revista Húmus http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-08-01 2024-08-01 14 42 10.18764/2236-4358v14n42.2024.25 BIOÉTICA E LITERATURA EM “O IMORTAL”: uma reflexão sobre imortalidade com um ponto sem retorno https://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/24742 <p align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Georgia, serif;"><span style="font-size: medium;">A bioética não consegue sozinha pensar sobre os problemas que surgem com a capacidade cada vez mais ilimitada do ser humano em modificar o mundo e a si mesmo. Nessa área desconhecida estão as tecnologias sobre imortalidade. Embora existam apenas na teoria, já contam com pesquisas e financiamentos. Essa mudança desafia o entendimento sobre as implicações éticas de tornar praticamente sem fim o que naturalmente é mortal. Por não possuir essas limitações, a literatura torna-se um aliado poderoso nessa discussão; ao criar um universo fictício semelhante ao real, os conflitos tornam-se palpáveis e consegue-se imaginar as várias implicações dessa biotecnologia. Este artigo busca contribuir à discussão do tema, através de uma metodologia que faz uso do texto fictício como guia central das discussões. Foi escolhido o conto “O Imortal” do escritor Borges, que traz uma nova perspectiva sobre o assunto da imortalidade como ponto sem retorno.</span></span></span></p> Valdemberg Alves Nobre Roberta Marina Cioatto Copyright (c) 2024 Revista Húmus http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-08-01 2024-08-01 14 42 10.18764/2236-4358v14n42.2024.26 NEGRI LEITOR DE FOUCAULT: aportes para se pensar o poder constituinte https://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/24789 <p>Este trabalho explora a influência do pensamento de Michel Foucault nos trabalhos de Antonio Negri em torno do tema do poder constituinte. Em "O poder constituinte" (1992), Negri resgata a noção de poder constituinte na prática revolucionária, criticando sua abordagem jurídica e destacando sua natureza extraordinária e ilimitada. Nele, o autor italiano sugere a necessidade de se recorrer aos trabalhos de Foucault para compreender a configuração do "sujeito-potência" que demarca o conceito de poder constituinte. Essa hipótese é então retomada em "assembly" (2017), obra coescrita com Michael Hardt, na esteira de um trabalho voltado a repensar a dinâmica revolucionária no marco dos novos movimentos sociais por eles denominados “multitudinários”. Nesse processo, conclui-se que o filósofo italiano faz uma instrumentalização criativa de Foucault, desconsiderando algumas das premissas fundamentais do filósofo francês expostas em suas reflexões acerca do poder.</p> Lorena Martoni de Freitas Copyright (c) 2024 Revista Húmus http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-08-01 2024-08-01 14 42 10.18764/2236-4358v14n42.2024.27