O CONCEITO DE “INFÂNCIA” NO CONTEXTO DA MODERNIDADE EUROPEIA (SÉCULOS XVII-XIX)
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2229.v28n2-2020-01Palavras-chave:
História da educação, história dos conceitos, conceito de infância, infância e modernidade.Resumo
Este artigo analisa o conceito de “infância” a partir de formulações que marcaram a modernidade, inserindo-se no campo das pesquisas em história intelectual da educação e relacionando-se de modo mais específico com a história dos conceitos. A investigação tratará do contexto europeu, definindo como recorte temporal o período entre os séculos XVII e XIX. As reflexões de Reinhart Koselleck a partir do campo da história dos conceitos serão cotejadas com as de autores como Ariès, Becchi, Herrero, Levin e Kohan, que discutem a infância em perspectiva histórica. Como fontes, serão analisados os discuros de intelectuais envolvidos com a infância e sua formação, tais como os mestre de Port-Royal, Immanuel Kant, John Locke, Denis Diderot, Jean Jacques Rousseau, Johann Pestalozzi e Friedrich Froebel, os quais evidenciam a construção, manutenção ou ressignificação do conceito de infância no decorrer do tempo, graças a movimentos de circulação e apropriação. Foi possível perceber, no período analisado, que o conceito de infância em circulação no século XVII e início do século XVIII, relacionado a um número maior de aspectos negativos e concebido como um momento da vida imperfeito, pecaminoso e separado da vida adulta, cedeu paulatinamente lugar, até meados do século XIX, à ideia de um período com características próprias e relevante para a concretização do projeto de homem moderno.
Palavras-chave: História da educação; história dos conceitos; conceito de infância; infância e modernidade.
THE CONCEPT OF "CHILDHOOD" IN THE CONTEXT OF EUROPEAN MODERNITY (XVII-XIX CENTURIES)
Abstract
This article analyzes the concept of "childhood" from formulations that marked modernity, inserting itself in the field of research in the intellectual history of education and relating more specifically to the history of concepts. The research will deal with the European context, defining as temporal cut-off the period between the seventeenth and nineteenth centuries. Reinhart Koselleck's reflections from the field of concept history will be compared with authors such as Ariès, Becchi, Herrero, Levin and Kohan, who discuss childhood in historical perspective. As sources, the discourses of intellectuals involved with childhood and its formation, such as the Masters of Port-Royal, Immanuel Kant, John Locke, Johann Pestalozzi, Friedrich Froebel and Jean Jacques Rousseau, will be analyzed, which put in evidence the construction, maintenance or re-signification of the concept of childhood in the course of time, thanks to movements of circulation and appropriation. It was possible to perceive, in the analyzed period, that the concept of childhood in circulation in the seventeenth and early eighteenth century, related to a greater number of negative aspects and conceived as a moment of imperfect, sinful life separated from adult life, gradually gave place, until de nineteenth century, to the idea of a period with its own characteristics and relevant to the realization of the modern man project.
Key-words: History of education; history of concepts; concept of childhood; childhood and modernity.
EL CONCEPTO DE "INFANCIA" EN EL CONTEXTO DE LA MODERNIDAD EUROPEA (SÉCULOS XVII-XIX)
Resumen
Este artículo analiza el concepto de "infancia" a partir de formulaciones que marcaron la modernidad, insertándose en el campo de las investigaciones en historia intelectual de la educación y relacionándose de modo más específico con la historia de los conceptos. La investigación tratará del contexto europeo, definiendo como recorte temporal el período entre los siglos XVII y XIX. Las reflexiones de Reinhart Koselleck a partir del campo de la historia de los conceptos serán cotejadas con autores como Ariès, Becchi, Herrero, Levin y Kohan, que discuten la infancia en perspectiva histórica. Como fuentes, se analizarán los discursos de intelectuales involucrados con la infancia y su formación, como los maestros de Port-Royal, Immanuel Kant, John Locke, Johann Pestalozzi, Friedrich Froebel y Jean Jacques Rousseau, que evidencian la construcción, el mantenimiento o la resignificación del concepto de infancia en el transcurso del tiempo, gracias a movimientos de circulación y apropiación. En el período analizado, el concepto de infancia en circulación en el siglo XVII y el inicio del siglo XVIII, que se relacionó con un número mayor de aspectos negativos, siendo concebido como un momento de la vida imperfecto, pecaminoso y separado de la vida adulta, cedió paulatinamente lugar, hasta el siglo XIX, a la idea de un período con características propias y relevantes para la concreción del proyecto de hombre moderno.
Palabras clave: Historia de la educación; historia de los conceptos; concepto de infancia; la infancia y la modernidad.
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