LIMITES E CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO PARA A FORMAÇÃO DE TRABALHADORES
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2229.v26n4p60-72Palavras-chave:
Formação do trabalhador, Classe trabalhadora século XXI, SindicalizaçãoResumo
Por meio do presente artigo pretende-se examinar os processos de formação a que são submetidos membros da classe trabalhadora partindo-se do pressuposto que estes não se esgotam na educação escolar. Com esse objetivo são discutidas as transformações de caráter neoliberal pelas quais passou o capitalismo tendo em vista o enfrentamento da crise da década de 1970, considerando que estas promoveram alterações na formação profissional dos trabalhadores bem como na estrutura do emprego e na constituição/composição da classe trabalhadora originária da organização taylorista-fordista do trabalho. Hoje tal classe, não apenas no Brasil, mas também no plano internacional, é constituída majoritariamente pelos trabalhadores de serviços e se caracteriza por sua complexidade e heterogeneidade, assim como pelo enfraquecimento de sua participação sindical e de suas ações coletivas de natureza política. Os próprios sindicatos foram profundamente afetados. Nessa nova configuração instituem-se processos formativos adequados à organização flexível das empresas, as quais investem pesadamente na subjetividade dos trabalhadores, processos esses que encontram eco na sociabilidade de caráter neoliberal e, inclusive, nas propostas educacionais que a valorizam. Defende-se que, contrariamente a estas, seja fortalecida a concepção gramsciana de formação integral, mas, também que, para tal fim, a educação se articule com outras agências sociais.
Palavras-chave: Formação do trabalhador. Classe trabalhadora século XXI. Sindicalização.
LIMITS AND CONTRIBUTIONS OF EDUCATION TO WORKER FORMATION
Abstract
This article intends to examine the processes of formation to which members of the working class are subjected, assuming that they do not exhaust themselves in school education. With this objective, the neoliberal transformation that capitalism underwent in order to cope with the crisis of the 1970s are discussed, considering that they promoted changes in the professional formation of workers as well as in the structure of employment and in the constitution/composition of the working class from the Taylorist-Fordist organization of labor. Today, such a class, not only in Brazil, but also internationally, is made up mostly of service workers and is characterized by its complexity and heterogeneity, as well as the weakening of its union participation and its collective political actions. The unions themselves were deeply affected. In this new configuration, formative processes are instituted adapted to the flexible enterprise organization, which invest heavily in the workers' subjectivity, processes that are echoed in the neoliberal sociability and even in the educational proposals that value it. It is argued that, contrary to these, the Gramscian conception of integral formation is strengthened, but also that, to this end, education articulates with other social agencies.
Keywords: Worker formation. 21st century working class. Unionization.
LÍMITES Y CONTRIBUCIONES DE LA EDUCACIÓN A LA FORMACIÓN DE LOS TRABAJADORES
Resumen
Este artículo pretende examinar los procesos de formación a los que están sujetos los miembros de la clase trabajadora, suponiendo que no se agoten en la educación escolar. Con esta finalidad, se discuten las transformaciones neoliberales que sufrió el capitalismo para hacer frente a la crisis de la década de 1970, considerando que promovieron cambios en la formación profesional de los trabajadores, así como en la estructura del empleo y en la constitución/composición de la clase que tiene origen en la organización de trabajo taylorista-fordista. Hoy, tal clase, no solo en Brasil, sino también internacionalmente, está compuesta principalmente por trabajadores de servicios y se caracteriza por su complejidad y heterogeneidad, así como por el debilitamiento de su participación sindical y sus acciones políticas colectivas. Los propios sindicatos se vieron profundamente afectados. En esta nueva configuración, se instituyen procesos de capacitación apropiados para la organización flexible de las empresas, que invierten mucho en la subjetividad de los trabajadores, procesos que se hacen eco en la sociabilidad neoliberal e incluso en propuestas educativas que lo valoran. Se argumenta que, contrariamente a esto, se fortalece la concepción gramsciana de la formación integral, pero también que, para este fin, la educación sea articulada con otras agencias sociales.
Palabras clave: Capacitación laboral. Clase obrera del siglo XXI. Sindicalización.Downloads
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