AS PROPOSTAS DO BANCO MUNDIAL PARA A ESCOLA PÚBLICA E SUA INFLUÊNCIA NA POLÍTICA BRASILEIRA (2016-2018)
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2229v29n1.2022.17Palavras-chave:
Políticas Educacionais, Discurso e Ideologias, Escola Pública, Agentes hegemônicos globaisResumo
Este artigo se propõe a compreender as demandas de agentes hegemônicos globais – em especial o Banco Mundial – na esfera educacional brasileira, bem como a infl uência dessas propostas na política brasileira no período de 2016 a 2018. Para tanto, os documentos analisados são: “Um Ajuste Justo: análise da efi ciência e equidade no gasto público no Brasil” (produzido pelo Banco Mundial – 2017); “A Travessia: Uma ponte para o futuro” (lançado pelo (P)MDB – 2016); e “O Caminho da Prosperidade” (proposta de plano de governo de Jair Bolsonaro). Pelo viés dos estudos discursivos embasados no pensamento do Círculo Bakhtiniano e utilizando o cotejamento como percurso metodológico, no estudo dos documentos são tratados os seguintes pontos: 1) caracterização da situação brasileira no que se refere a aspectos políticos, econômicos e sociais; 2) lugar que a educação ocupa no projeto de sociedade defendido; 3) propostas de agenda para esfera educacional, em particular para a escola pública. Nas considerações fi nais, o cotejamento dos documentos faz emergir uma espécie de coesão discursiva entre as demandas do Banco Mundial, o documento produzido pelo partido de Michel Temer e propostas da candidatura presidencial de Jair Bolsonaro, mostrando o caminho das ideologias da política neoliberal de forma articulada na materialidade da palavra e se constituindo como uma força hegemônica na esfera educacional brasileira.
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