AMAZONIAN MANATEES (Trichechus inunguis) INHABITING AN EQUATORIAL METROPOLIS: HISTORICAL RECORDS AND MATING ACTIVITY NEAR BELÉM, NORTHERN BRAZIL = SOBRE A PRESENÇA DO PEIXE-BOI AMAZÔNICO (Trichechus inunguis) PRÓXIMO À BELÉM: REGISTROS HISTÓRICOS E ATIVIDADE REPRODUTIVA
DOI :
https://doi.org/10.18764/1981-6421e2021.12Mots-clés :
Sirenia, Amazon coast, mating behavior, threatened species = Sirenia, litoral amazônico, cópula, espécie ameaçadaRésumé
Abstract
The West Indian manatee Trichechus manatus Linnaeus, 1758 and the Amazonian manatee T. inunguis (Natterer, 1883) occur in the Marajó Bay area and in the inlets and channels near Belém. The Amazon Aquatic Mammal Study Group (GEMAM) coordinates a collaborative network for trapped and rescued manatees along the coast of the state of Pará and in the interior of Belém. The presence of the Amazonian manatee is confirmed with the rescue and sightings in the great Belém area. The samples of these manatees are housed in collections of institutions such as MPEG and ICMBio, CMA. On October 31st 2021, Amazonian manatees were sighted swimming near a beach in the Mosqueiro district, in greater Belém. Residents and tourists took images that show a mating behavior reported in the literature for Trichechus spp. The waters in this area are turbid and these records are a significant opportunity to understand this behavior. The event may suggest that Amazonian manatees are returning to the Belém area and its surroundings, as well as to the east coast of the state of Pará, possibly due to the synergic effects of SARS-CoV-2, providing areas less disturbed by humans, pandemic and the current climate change scenario, which would be a hope for this endangered species.
Resumo
O peixe-boi das Índias Ocidentais Trichechus manatus Linnaeus, 1758 e o peixe-boi-amazônico T. inunguis (Natterer, 1883), ocorrem na Baía do Marajó e nas enseadas e canais próximos de Belém, Pará, Brasil. O Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos da Amazônia (GEMAM) coordena desde 2005 uma rede colaborativa de informações sobre peixes-bois avistados e encalhados vivos
ao longo do litoral do estado do Pará, incluindo os arredores e arquipélago de Belém. A presença do peixe-boi amazônico é confirmada por meio do resgate de diversos exemplares nas proximidades da grande Belém e registros visuais realizados durante monitoramento da área. As amostras desses peixes-bois estão alojadas nas coleções do MPEG e ICMBio, CMA. Em outubro de 2021, peixesbois-amazônicos foram avistados nadando muito próximo a uma praia no distrito de Mosqueiro, em Belém. Moradores e turistas fizeram imagens que evidenciam o comportamento de acasalamento relatado na literatura para Trichechus spp. As águas nessa área são normalmente muito túrbidas, e estes registros representam uma ótima oportunidade para entender esse comportamento. O recente evento de acasalamento sugere que os peixes-boi-amazônicos estão reocupando toda a região da grande Belém e seus arredores, bem como o litoral leste do estado do Pará. Os efeitos sinérgicos da pandemia de SARS-CoV-2, com a diminuição de pessoas nas praias, e o cenário atual de mudanças climáticas podem estar agindo combinadamente, o que seria uma esperança para esse sirênio ameaçado de extinção.
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