CONTRIBUIÇÕES FENOMENOLÓGICO-HERMENÊUTICAS À PSICOTERAPIA DE GRUPO PARA VÍTIMAS DE VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

Autores/as

  • Luís Jardim

Palabras clave:

Direitos humanos, Psicoterapia de grupo, Ditadura, Tortura, Martin Heidegger

Resumen

O  objetivo  deste  artigo  é  discutir  contribuições  às  possibilidades  de elaboração  de  danos  produzidos  pela  violência  da  ditadura  civil-militar  no  Brasil, baseado  na  fundamentação  da  psicoterapia  de  grupo  na  fenomenologia-hermenêutica de Martin Heidegger. Os danos produzidos pela  violência de Estado se  caracterizam  por  sua  origem  política,  com  impacto  nos  âmbitos  individual  e político.  O  enfrentamento  deste  dano,  portanto,  deve  contemplar  o  aspecto psicológico  e  também  político.  Nos  anos  de  redemocratização,  o  Grupo  Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro (GTNM-RJ) vem oferecendo atendimento psicológico às vítimas da ditadura. Sua experiência mostrou a psicoterapia de grupo como um importante  instrumento  político  para  elaboração  dos  danos.  Baseado  nesta experiência,  pretende-se  propor  a  fundamentação  da  psicoterapia  de  grupo  no pensamento  de  Heidegger  e  discutir  possíveis  contribuições  para  elaboração  de danos.  Esta  proposta  implica  um  encontro  atravessado  pelo  compartilhamento  e escuta,  no  qual  mundo  se  revela  e  o  dano  sofrido  pela  violência  pode  ser compreendido  em  seu  caráter  plural  inserido  em  uma  história  compartilhada.  O grupo convida a pensar e compreender politicamente os sentidos que se mostram na experiência  da  violência  de  Estado.  A  elaboração  dos  danos  da  violência  é  um processo singular, que contempla a dor de cada um, e  também o aspecto político, direcionando-se a um outro modo de pensar a sociedade, as relações, uma vez que ficaram  explícitos  os  desdobramentos  do  modelo  antigo.  Elaboração  é  conversa perene  que  mantém  viva  a  lembrança  de  uma  história  que  não  pode  mais  ser silenciada.  

Palavras-chave: Direitos humanos. Psicoterapia de grupo. Ditadura. Tortura. Martin Heidegger.

Abstract

The  aim  of  this  paper  is  to  discuss  contributions  to  the  possibilities  of elaboration  of  damage  produced  by  the  violence  of  the  civil-military  dictatorship  in Brazil, based in the grounds of group psychotherapy in hermeneutic phenomenology of Martin Heidegger. The  damages  caused  by  state  violence  are  characterized  by their  political  origin, with  an  impact  on  individual  and  political  spheres.  Facing  this damage must, therefore, contemplate the psychological and also the political aspect. In the years of democracy, the Grupo Tortura Nunca Mais of Rio de Janeiro (GTNM-RJ) has been providing psychological assistance  to victims of  the dictatorship. Their experience  showed  group psychotherapy  as  an  important  political  tool  for  the elaboration  of  the  damages.  Based  on  this  experience,  we  intend  to  propose  the grounds  of  group  psychotherapy  in  Heidegger's  thinking  and  discuss  possible contributions to elaboration of damage. This proposal entails a gathering crossed by sharing and listening, in which the world is revealed and the damage suffered by the violence  can  be  understood  in  its  plural  character  in  a  shared  history.  The  group invites  to  think and understand politically  the meanings shown  in  the experience of state  violence. The elaboration of  the damage  from  violence  is a  singular process, which covers the pain of each and also the political aspect, directing to another way of thinking about society, relationships, as were explicit the consequences of the old
model.  Elaboration  is  a  perennial  conversation  that  keeps  alive  the memory  of  a history that can not be silenced anymore.

Keywords:  Human  rights.  Group  psychotherapy.  Dictatorship.  Torture.  Martin Heidegger.

Resumen

El  objetivo  de  este  artículo  es  discutir  las  contribuciones  a  las posibilidades de elaboración de  los daños causados por la violencia de  la dictadura cívico-militar en Brasil, con base en los  fundamentos de la psicoterapia de grupo en la  fenomenología  hermenéutica  de  Martin  Heidegger.  El  daño  causado  por  la violencia estatal se caracterizan por su origen político, con un impacto en las esferas individuales  y  políticos.  Por  lo  tanto,  enfrentar  a  este  daño  debe  contemplar  el aspecto  psicológico  y  político  también.  En  los  años  de  la  democracia,  el  Grupo Tortura  Nunca  Mais  de  Río  de  Janeiro  (GTNM-RJ)  ha  proporcionado  asistencia psicológica a  las víctimas de  la dictadura. Su experiencia mostró  la psicoterapia de grupo  como  una  herramienta  política  importante para  la  elaboración  de  los daños. Basándose en esta experiencia, tenemos la intención de proponer el  fundamento de la  psicoterapia  de  grupo  en  el  pensamiento  de  Heidegger  y  discutir  posibles contribuciones a la elaboración de daño. Esto implicará un encuentro atravesado por compartir y escuchar, en el que el mundo se revela y el daño sufrido por la violencia
puede  ser  comprendida en  su  carácter plural en una historia  compartida. El grupo invita a pensar y comprender políticamente  los significados que  se muestran en  la experiencia  de  la  violencia  estatal.  La  elaboración  del  daño  de  la  violencia  es  un proceso  singular,  que  incluye  el  dolor  de  cada  uno  y  también  el  aspecto  político, dirigiendo a otra  forma de pensar sobre  la sociedad,  las  relaciones, como  lo  fueron explícitas  las consecuencias del modelo antiguo. La elaboración es  la conversación perenne  que  mantiene  vivo  el  recuerdo  de  una  historia  que  no  puede  más  ser silenciada.

Palabras  clave:  Derechos  humanos.  La  psicoterapia  de  grupo.  La  dictadura.  La tortura. Martin Heidegger.

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Cómo citar

Jardim, L. (2015). CONTRIBUIÇÕES FENOMENOLÓGICO-HERMENÊUTICAS À PSICOTERAPIA DE GRUPO PARA VÍTIMAS DE VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS. Fenomenologia E Psicologia, 2(1), 35–53. Recuperado a partir de https://cajapio.ufma.br/index.php/fenomenolpsicol/article/view/4178