A religião civil de Rousseau e a ideia de sentimento como contraveneno
DOI:
https://doi.org/10.18764/2966-1196v1n1.2024.5Palabras clave:
Medicina, Moral, Política, Religião, TraduçãoResumen
O objetivo deste artigo é examinar a expressão “sentiments de sociabilité”, que Rousseau relaciona aos dogmas da religião civil no Contrato social. Do ponto de vista histórico, examina-se o fato linguístico que atribuiu à expressão “sentiment intérieur” o significado de princípio moral, o que tornou possível a Rousseau admitir os sentimentos religiosos como móbeis da ação humana no ordenamento civil. A análise dos escritos de Rousseau não se restringe ao Contrato e busca compreender, de maneira abrangente, o conceito de amorpróprio, sobretudo no Emílio, à luz da tese do aperfeiçoamento da espécie humana difundida, no século XVIII, por obras de medicina associadas à tradição da higiene social. Todas as análises aqui apresentadas adotam como pano de fundo a relação entre a ideia de “segunda natureza” e o problema da formação de hábitos convenientes aos membros do corpo social.
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