GÊNERO, PODER E EDUCAÇÃO NO BRASIL DO SÉCULO XX
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-9473.v17n34p73-100Palavras-chave:
Produção da diferença de gênero. Educação. Século XX.Resumo
Este artigo consiste no estudo da natureza política subjacente à produção da diferença de gênero. Partindo de dilemas políticos do Brasil do século XXI, o objetivo é explorar como significados e predicados que suscitam o feminino foram invocados para produzir diferenças e prescrever ou contestar certas representações em vez de outras ao longo do século XX. Para tal, me apoio em três fontes de pesquisa: o periódico Revista Feminina (1917); o livro Noções de economia doméstica, de Isabel Serrano (1958); e os painéis do Encontro de Economia Doméstica (1961). O material é analisado a luz de conceitos e problemas de diferentes origens disciplinares e inspirações teóricas interessadas no estudo de marcadores sociais da diferença. As análises sugerem que a produção da diferença é tributária de práticas representacionais e educativas que naturalizam e tentam perpetuar valores e predestinações que associam a mulher ao lar e ao bem-estar da família e sociedade.
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