Há inversão de percurso discente da educação básica ao ensino superior no Brasil?

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DOI :

https://doi.org/10.18764/2178-2229v31n3.2024.40

Mots-clés :

ciência e educação, sistema educativo, avaliação de larga escala, política educacional

Résumé

Este artigo busca fomentar o debate acerca do desempenho de estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), considerando que o resultado deste exame se configura como uma ferramenta que pode contribuir com o processo de democratização do acesso à educação superior, no contexto das políticas educacionais implementadas na última década. Buscamos responder a duas perguntas: “Para qual tipo de Instituição de Ensino Superior (IES) os alunos têm motivação em ingressar?” e “De qual tipo de escola da educação básica os alunos são egressos?”. O estudo tem o objetivo de elaborar uma estrutura hipotética acerca de uma possível inversão do percurso escolar. Para isso, utilizou-se da pesquisa quantitativa, com a qual se buscou responder as perguntas com base nos microdados do Enem de 2015 e do Censo da Educação Superior de 2016. Os resultados das duas análises indicam que: 1) os candidatos ao Enem são altamente
motivados a ingressar em IES públicas, mas os alunos de escolas públicas são mais motivados a ingressar em IES privadas do que os de escola particular; 2) a maioria dos alunos das IES públicas é oriunda de escolas particulares, ao passo que a maior parte dos discentes de IES privadas provém de escolas públicas. 

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Kaio Breno Belizario de Oliveira, Universidade Estadual do Ceará

Mestrando em Educação, Universidade Estadual do Ceará - UECE, Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE. Membro do Grupo de Pesquisa em Instrumentos, Modelos e Políticas em Avaliação Educacional (IMPA) e do Núcleo de Investigação em Avaliação Educacional (NiAVe/IFCE - Canindé/CNPq). Tem desenvolvido estudos e pesquisas em Avaliação, com foco em sistemas de avaliação em larga escala e formação de professores.

 

José Airton de Freitas Pontes Junior, Universidade Estadual do Ceará

Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Ceará. Pós-Doutorado em Educação, com ênfase em Psicologia da Educação, na Universidade do Minho, Portugal, e Pós-Doutorado em Educação, linha de Políticas e Gestão Educacional, pela Universidade Federal do Acre. Professor efetivo da Universidade Estadual do Ceará, vinculado ao curso Licenciatura em Educação Física, ao Mestrado Profissional Ensino na Saúde (CMEPES/UECE) e ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UECE). Líder do grupo de pesquisa Instrumentos, Modelos e Políticas em Avaliação Educacional (Grupo IMPA/CNPq). Tem desenvolvido estudos e pesquisas em Avaliação, com foco em sistemas de avaliação em larga escala e formação de professores.

Mark Clark Assen de Carvalho, Universidade Federal do Acre

Doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP. Atualmente integra o quadro de Docentes do Centro de Educação, Letras e Artes da Universidade Federal do Acre na Classe de Professor Titular, atuando nas áreas de Fundamentos da Educação, Sociologia da Educação e Política Educacional. Desenvolve estudos e pesquisas vinculados às seguintes temáticas: política educacional; formação de professores; processos de organização, gestão e avaliação do trabalho pedagógico escolar; história das instituições e percursos escolares; gestão democrática; financiamento e avaliação da educação na educação básica. É Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFAC: Mestrado em Educação com inserção na Linha de Pesquisa em Políticas e Gestão Educacional. É líder do Grupo de Pesquisa em Política Educacional, Gestão e Financiamento da Educação e Pesquisador no Grupo de Pesquisa em Cultura Escolar e Trabalho Docente, ambos vinculados ao Centro de Educação da UFAC. 

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Publié-e

2024-09-17

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OLIVEIRA, Kaio Breno Belizario de; PONTES JUNIOR, José Airton de Freitas; CARVALHO, Mark Clark Assen de.
Há inversão de percurso discente da educação básica ao ensino superior no Brasil?
. Cadernos de Pesquisa, p. 1–27, 17 sept. 2024 Disponível em: http://cajapio.ufma.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/view/11423. Acesso em: 5 oct. 2024.

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v. 31, n. 3, jul./set. 2024

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