BIOPOLÍTICA SEM BIOLOGIA? Agamben e a pandemia do COVID-19

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Resumo

O presente texto pretende analisar as posições de Giorgio Agamben acerca da pandemia do COVID-19 a partir do quadro teórico antecedente desenvolvido pelo próprio filósofo, especialmente em A Linguagem e a Morte, O Aberto e A Potência do Pensamento. A partir de um exame dos trabalhos, sustenta que a ontologia de Agamben fica presa na filosofia da linguagem, confinando-se em uma antropologia filosófica que separa o humano do animal, considerando o primeiro como o único a habitar o não-lugar da Voz. Além disso, a concepção de biologia (ou vida biológica) inspirada em Martin Heidegger é definida como se qualquer abordagem desse tipo fosse necessariamente eugênica, ignorando concepções mais complexas do trânsito entre biologia e filosofia como de Donna Haraway e Catherine Malabou. Com isso, a obra de Agamben fecha-se para a experiência de intrusão do biológico que percorre, por exemplo, fenômenos como o próprio vírus e pandemia, os traumatismos neuronais e a questão ecológica.

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Biografia do Autor

Moysés Pinto Neto, Universidade Luterana do Brasil

Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Luterana do RS.

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Publicado

2021-06-28

Como Citar

Pinto Neto, M. (2021). BIOPOLÍTICA SEM BIOLOGIA? Agamben e a pandemia do COVID-19. Revista Húmus, 11(32). Recuperado de https://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/16132