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REVISTA ENCERRADA NESTE PORTAL EM 31/12/2024. Acesse as edições de 2025 pelo novo link: https://seer.ufrgs.br/index.php/humus/issue/current

A Revista Húmus está voltada aos pesquisadores de pós-graduação, assim como leitores interessados nos temas abordados. (A3) (FILOSOFIA, INTERDISCIPLINAR, LINGUÍSTICA E LITERATURA, PSICOLOGIA, SOCIOLOGIA, HISTÓRIA, EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS DA RELIGIÃO E TEOLOGIA, DIREITO, ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E TURISMO, ANTROPOLOGIA / ARQUEOLOGIA, ARQUITETURA, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL / DEMOGRAFIA, URBANISMO E DESIGN, ARTES, CIÊNCIAS AGRÁRIAS I, CIÊNCIAS AMBIENTAIS, ENGENHARIAS I). Quanto aos artigos serão aceitos de pesquisadores de pós-graduação, stricto Sensu, desde que a publicação venha acompanhada com seu orientador, mestre ou doutor. Cabe lembrar, que é de grande pertinência os Estudos Interdisciplinares em Ciências Humanas e os conceitos de Contingência e Técnica. Tem a pretensão de analisar o impacto da Técnica Moderna na sociedade contemporânea, os diversos aspectos da condição humana na contemporaneidade, e ainda, os elementos trágicos e contingentes nas sociedades pós-modernas, dando relevo tanto a questões teóricas como as específicas sobre o comportamento humano, as ações políticas, as diversas organizações sociais, tribais e individuais presentes no mundo moderno e pós-moderno. O periódico está disponível no Portal de Periódicos Capes/MEC,  indexado no Google Acadêmico, no Latindex (Sistema Regional de Informação em Linha para Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal), Cadastrado no Diadorim, diretório de políticas das revistas científicas brasileiras sobre o acesso aberto aos artigos por meio de repositórios institucionais.

ISSN 2236-4358

Notícias

COMUNICADO - NOVA EDIÇÃO DA REVISTA HUMUS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

2025-11-01

Entre os ruídos incessantes da técnica, os algoritmos que nos mapeiam e a melancolia das promessas modernas, ainda resiste o humano. É nessa fresta tênue, luminosa, insurgente que esta edição da Revista Húmus se abre, reunindo trabalhos que pensam o corpo, o ser e a sociedade sob a vertigem de um tempo em que a dignidade e a diferença são constantemente postas à prova. Não há unidade de tema, mas há uma sintonia profunda: a de um pensamento que busca respirar em meio à saturação. O conjunto de textos aqui reunidos forma um mosaico em que Filosofia, Arte, Teologia, Direito e Psicanálise não apenas dialogam elas se contaminam, misturam-se, desobedecem às fronteiras disciplinares, à maneira de quem ainda acredita que o pensamento pode ser um gesto de resistência. O artigo “Filosofia, Direito e Sociedade Digital”, de Rodrigo Marra e Laércio dos Santos Martins, abre a edição com o diagnóstico contundente de nossa contemporaneidade: o cansaço. A partir de Byung-Chul Han e Jeremy Bentham, os autores revelam como a vigilância digital e a performatividade social transformam o sujeito moderno em empresário de si mesmo, um escravo de sua própria liberdade. A sociedade da transparência, longe de libertar, aprisiona sob a promessa da visibilidade. O texto é um espelho incômodo  devolve-nos a imagem do sujeito esgotado, ansioso, em permanente estado de exposição. Na sequência, Laurênio Leite Sombra, em “Diferença Ontológica: uma apropriação política do conceito”, propõe um desvio: pensar Heidegger para além de Heidegger. Reencontra, na “diferença entre ser e ente”, não apenas uma questão metafísica, mas um campo de disputa política. Sua leitura é densa e precisa: a diferença ontológica torna-se fundamento para repensar a constituição das identidades e, portanto, os modos de exclusão e violência que delas derivam. O artigo é um chamado à responsabilidade de pensar, como diria Derrida, o outro em sua alteridade irredutível. Do ontológico passamos ao pedagógico. Higor Renan Bezerra Pessoa e Arnaldo Martin Szlachta Junior, em “Aula-Oficina e Aula Histórica como propostas metodológicas da Educação Histórica no Brasil”, retomam Isabel Barca e Maria Auxiliadora Schmidt para refletir sobre a formação da consciência histórica no espaço escolar. Ao recuperar o sentido da aula como lugar de pensamento e não de mera repetição, os autores restituem à didática o seu papel originário: o de um exercício de liberdade e criação. O gesto estético que atravessa essa edição aparece com vigor em “A Fluência Poética em Rosa de Hiroshima no corpo e voz de Ney Matogrosso”, de Adriane Tavares Santos Nogueira e coautoras. O artigo faz da performance de Ney, uma escritura do corpo, o poema de Vinicius, reinventado na carne, torna-se denúncia e encantamento. A leitura interartes revela o poder da arte como resistência ao esquecimento e à barbárie, lembrando-nos de que, mesmo diante da ruína, ainda há beleza possível, ainda há voz. A dimensão íntima e terapêutica da escrita surge no texto “Neurose Histérica: o caso dos três furúnculos na boca”, de Márcio Bernardino Sirino. Aqui, o autor faz da própria experiência psíquica um campo de investigação, unindo autobiografia e psicanálise. O corpo fala quando a palavra se cala e esse falar do sintoma, explorado à luz de Freud, é também uma forma de verdade. Sirino nos lembra que o saber não se constrói apenas na abstração conceitual, mas na ferida, no tropeço, no silêncio que pede elaboração. Já em “A mais sólida opinião: observações sobre o princípio de não contradição em Aristóteles (e Heráclito)”André Felipe Gonçalves Correia reconduz o leitor às origens do pensamento ocidental. Ao confrontar o logos aristotélico com o fogo heraclítico, o autor mostra que o pensamento nasce da tensão e não da síntese e que, talvez, o próprio princípio de não contradição seja o mais contraditório dos princípios. O texto é erudito, mas também provocativo: nele, filosofia é retorno à origem e, ao mesmo tempo, insubmissão à fixidez da origem. A seção de traduções e humanidades clássicas é representada por “Apresentação à Biblioteca de Pseudo-Apolodoro”, de Uadi Nóbrega, que oferece uma tradução literária e rigorosa dos “Doze Trabalhos de Héracles”. Nóbrega devolve ao português a vitalidade mítica do texto grego, num trabalho filológico que, ao revisitar o mito, resgata o sentido poético e simbólico do heroísmo — não como força, mas como travessia do impossível. O campo teológico e social encontra expressão poderosa em “Teologia da Libertação e a luta pela vida em uma economia sacrificial”, de Márcio Divino de Oliveira. Ao articular interseccionalidade, racialidade e exclusão urbana, o autor evidencia que a teologia, quando se abre ao mundo, é também denúncia. Contra a lógica sacrificial do capital, ergue-se a espiritualidade do cuidado e da resistência, em diálogo com as vozes invisibilizadas da rua, do corpo negro, do feminino. Essa denúncia ecoa na reflexão de Bibiana Paschoalino BarbosaLuiz Henrique B. O. Pedrozo e Fernando de Brito Alves, em “‘Normalização’ corporal e direitos humanos: uma análise jurídico-bioética das intervenções em crianças intersexo no Brasil”. Tomando o caso de Jacob Chrystopher como eixo de análise, o artigo confronta a violência simbólica e médica que ainda se abate sobre corpos intersexo. Ao recusar a patologização da diferença, o texto reivindica o direito ao próprio corpo, à autonomia e ao futuro — um manifesto pela dignidade como fundamento do humano. Encerrando a edição, Denise Oliveira e SilvaFábio Liborio Rocha e Erica Ell, em “A representação cultural em Stuart Hall: sobre a interseccionalidade do alimento conector e seu significante”, propõem uma leitura original sobre a comida como linguagem da identidade afro-brasileira. Inspirados em Stuart Hall, pensam o alimento como signo político, como herança diaspórica que resiste à homogeneização cultural. O artigo é um banquete simbólico: lembra que comer é também lembrar, é reafirmar a presença do corpo negro na história e na cultura. Reunidos, esses textos não formam apenas uma edição acadêmica formam um gesto de escuta. O húmus de onde brotam é o mesmo que dá nome à revista: a terra fértil onde o pensamento encontra o corpo, onde o conceito reencontra a vida. Em tempos de simplificação e ruído, pensar é um ato radical. Pensar é preservar o humano. Esta edição, “Frestas do Humano: Filosofia, Corpo e Resistência na Era Digital”, é, pois, um convite: a habitar as frestas, a cultivar o pensamento como quem cultiva a terra com paciência, com coragem e com esperança. Porque, talvez, seja nas margens entre o ser e o abismo, entre a palavra e o silêncio que ainda se pode ouvir o que resta de verdadeiramente humano em nós.

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Edição Atual

v. 14 n. 43 (2024): Técnica, corpo e libertação
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Revista Húmus está voltada aos pesquisadores de pós-graduação, assim como leitores interessados nos temas abordados. (A3) (FILOSOFIA, INTERDISCIPLINAR, LINGUÍSTICA E LITERATURA, PSICOLOGIA, SOCIOLOGIA, HISTÓRIA, EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS DA RELIGIÃO E TEOLOGIA, DIREITO, ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E TURISMO, ANTROPOLOGIA / ARQUEOLOGIA, ARQUITETURA, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL / DEMOGRAFIA, URBANISMO E DESIGN, ARTES, CIÊNCIAS AGRÁRIAS I, CIÊNCIAS AMBIENTAIS, ENGENHARIAS I). Quanto aos artigos serão aceitos de pesquisadores de pós-graduação, stricto Sensu, desde que a publicação venha acompanhada com seu orientador, mestre ou doutor. Cabe lembrar, que é de grande pertinência os Estudos Interdisciplinares em Ciências Humanas e os conceitos de Contingência e Técnica. Tem a pretensão de analisar o impacto da Técnica Moderna na sociedade contemporânea, os diversos aspectos da condição humana na contemporaneidade, e ainda, os elementos trágicos e contingentes nas sociedades pós-modernas, dando relevo tanto a questões teóricas como as específicas sobre o comportamento humano, as ações políticas, as diversas organizações sociais, tribais e individuais presentes no mundo moderno e pós-moderno. O periódico está disponível no Portal de Periódicos Capes/MEC,  indexado no Google Acadêmico, no Latindex (Sistema Regional de Informação em Linha para Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal), Cadastrado no Diadorim, diretório de políticas das revistas científicas brasileiras sobre o acesso aberto aos artigos por meio de repositórios institucionais.

ISSN 2236-4358

Publicado: 2024-11-25

Editorial

Artigos

  • SILÊNCIOS NA ERA DA TÉCNICA: A jornada de Lenz Buchmann

    Gabriela Fujimori da Silva, Luzia Aparecida Berloffa Tofalini
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.30
  • CORPO E ESPACIALIDADE NO PENSAMENTO DE HEIDEGGER: uma análise ontológico-existencial da corporeidade

    Arlindo Antonio do Nascimento Neto, Caroline Vasconcelos Ribeiro
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.31
  • Os princípios constitucionais das relações internacionais e o embargo à Cuba

    Guilherme Camargo Massaú
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.32
  • O SAGRADO E O PROFANO NAS RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS E OS SEUS DESDOBRAMENTOS MUSICAIS: suas contribuições filosóficas não dualistas ao pensamento ocidental

    Wesley Barbosa
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.33
  • A REVOLUÇÃO FRANCESA NO YOUTUBE: Usos Políticos pelas Direitas Brasileiras (2018-2022)

    Daniel Gomes de Carvalho, Marcus Vinícius Furtado da Silva Oliveira, Camilla Cristina Silva
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.34
  • HOMENS EM SITUAÇÃO DE RUA NA MÍDIA: noções de masculinidade em disputa

    Rafael Bianchi Silva, Matheus Crivelari Fortes, Flávia Fernandes de Carvalhaes
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.35
  • ARRANJOS DE GOVERNANÇA PARA PESSOAS IDOSAS: um breve panorama dos conselhos federativos no Brasil

    Leonice Aparecida de Fatima Alves Pereira Mourad, Maria de Lourdes Bernartt
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.36
  • O acesso à saúde da pessoa com deficência por meio da mediação e da conciliação

    Carlos Eduardo Montes Netto, Vitor Comassio De Paula Lima, Olavo Augusto Vianna Alves Ferreira
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.37
  • MULHERES JOVENS NA POLÍTICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: Uma análise a partir das eleições municipais de 2020

    Liandra Lima Carvalho, Cleonice Puggian
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.38
  • VALORAÇÃO DE RECURSO AMBIENTAL: possibilidades e limitações a partir de um lago localizado no CECLIMAR/CLN/UFRGS

    Ivonei Sozio, Marlise Amalia Reinehr Dal Forno
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.39
  • LOCALIDADE DE SANTA LEOCÁDIA, CANOINHAS/SC: apontamentos históricos acerca de sua origem e de sua vinculação à guerra do contestado

    Diego Gudas, Jorge Amaro Bastos Alves
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.40
  • UM OLHAR SOBRE A FLORESTA: Educação Ambiental e sustentabilidade através das lentes digitais

    Inado do Nascimento Ferreira
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.41
  • SUSTENTABILIDADE DURADOURA E HABITAR HUMANO DO PLANETA TERRA – a arquitetura dinâmica Biológico-cultural

    Valdo Barcelos, Maria Aparecida Azzolin
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.42
  • A RELEVÂNCIA DAS OPOSIÇÕES NA POLÍTICA NAS DEMOCRACIAS CONTEMPORÂNEAS: estratégias de inclusão e renovação institucional à luz do ODS16

    Samira Dreon, Neuro José Zambam, João Marcelo Medeiros da Cruz
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.43
  • ENSINO DE HISTÓRIA E ANIMAÇÕES DIGITAIS: relato de experiência e proposta de abordagem metodológica

    Renan Birro
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.44
  • TRANSITANDO ENTRE DOIS MODOS DE PLANTIO: do urbano-extensivo ao tradicional e seus desafios à permanência no campo

    Helena Marchisotti de Souza, Márcia Saeko Hirata
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.45
  • ÁFRICA PÓS-COLONIAL: o problema da identidade nacional

    Francisco Antonio de Vasconcelos, Sâmia Beatriz Lopes da Silva
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.46
  • Perspectivas da relação entre o prazer, a vida e a moralidade na Filosofia kantiana

    Leandro Rocha
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.47
  • Estudo sobre o conceito de meio ambiente na BNCC à luz da teoria semioliguistica da análise do discurso

    Cezar AugusTo Rufino de Santa Ana, Gustavo Camargo Arantes
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.48
  • O lobby do batom e a participação das mulheres no processo constituinte brasileiro de 1988 à luz da decolonialidade

    Marli Marlene Moraes, Nariel Diotto
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.49
  • Os direitos humanos e a função humanizadora da literatura

    Roberta Oliveira Lima, Juliana Machado Meanda
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.50
  • Democracia deliberativa e a influência da participação na gestão pública no Brasil

    Ana Júlia Antunes de Oliveira, Leonardo da Rocha de Souza
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.51
  • EDUCAÇÃO E TICS: desafios contemporâneos no cenário neoliberal

    Fernanda de Melo Monteiro Fantini, Daniella Couto Lôbo
    DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n43.2024.52
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Informamos que a Revista Humus, periódico da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), passa a estar disponível na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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