CARTOGRAFIAS DO ESPAÇO: o cinema como lugar da memória

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Resumo

Através da análise de três filmes (Tangos - o Exílio de Gardel, Terra Estrangeira e Viajo porque preciso, volto porque te amo) que falam da nostalgia, apresento o cinema como o lugar do reencontro possível com os lugares da memória. As personagens destes filmes estão longe de casa, desterritorializados. Bazin, no seu texto Ontologie de l'image photographique, falava do carácter de verdade das imagens, - realistas em sua origem, cuja função primordial era “salvar o ser pela aparência” – e ressaltava: “Não se acredita mais na identidade ontológica de modelo e retrato, porém se admite que este nos ajuda a recordar aquele e, portanto, a salvá-lo de uma segunda morte espiritual.” Assim temos que a imagem surge, fundamentalmente, na arte, para salvar a todos da morte certa do esquecimento. Portanto o cinema funciona como o medium perfeito para traçar trajetórias de lembranças, como um álbum de recordações, e mais ainda, para mostrar, a sua maneira, como a nossa relação com o mundo é construída de fragmentos que vão sendo justapostos na tentativa de recriar o espaço e de dominar o caos.

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Biografia do Autor

Mirian Estela Nogueira Tavares, CIAC - Centro de Investigação em Artes e Comunicação, Universidade do Algarve

Professora Associada do Departamento de Artes e Humanidades da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve

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Publicado

2021-04-21

Como Citar

Tavares, M. E. N. (2021). CARTOGRAFIAS DO ESPAÇO: o cinema como lugar da memória. Revista Húmus, 11(31). Recuperado de https://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/16558

Edição

Seção

DOSSIÊ INTERNACIONAL BRASIL E PORTUGAL: leituras, experimentações, práticas comunitárias e coesão social e territorial