O desastre vivenciado: a importância da memória social de idosos através da análise do caso de São Luiz do Paraitinga
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-9473.v13n26p181-214Palabras clave:
Desastres, Idosos, Memória socialResumen
No Brasil, os desastres relacionados às chuvas são recorrentes e compõem, aproximadamente, um quarto do total anual dos desastres relacionados à água oficialmente registrados. Visando a compreender perturbações geradas por um desastre relacionado às chuvas nas rotinas da vida cotidiana dos moradores, no que diz respeito a alguns dos aspectos sociais mais relevantes para a vida privada e coletiva local, o presente trabalho analisa a memória comum de idosos em relação ao acontecimento que irrompeu no município de São Luiz do Paraitinga/SP, em janeiro de 2010. Faz-se uso do termo “desastre vivenciado” para dar destaque à abordagem sociológica das narrativas daqueles que estão no centro desse tipo de crise e que são considerados como sendo os guardadores da memória social local. É um contraponto às narrativas oficiais. A síntese conceitual e documental no tema forneceu os elementos preliminares para a pesquisa de campo. Por meio desta última, foram obtidos os relatos orais de idosos que foram gravemente afetados no referido desastre. As conclusões indicam que o vivenciamento de um desastre por moradores idosos exige deles um intenso e doloroso trabalho de reelaboração do passado e de sua vida cotidiana presente. Tal reelaboração assenta tanto a narrativa deles em torno das limitações materiais nas circunstâncias do presente, quanto reporta as agruras que, na perspectiva dos entrevistados, o futuro próximo lhes reserva.
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