CONFLITTI SOCIO-AMBIENTALI “ORIZZONTALI”: gli “indiretti” e la Reserva Extrativista Quilombo do Frechal (Maranhão)
Mots-clés :
Conflitos socioambientais, Território, Recursos naturais, Ecologia políticaRésumé
Baseado numa pesquisa etnográfica conduzida na Reserva Extrativista Quilombo do Frechal (Maranhão, Brasil) em 2006, esse artigo propõe uma analise antropológica dos conflitos que emergiram depois da instituição dessa área como protegida, numa perspectiva “sócio-ambientalista”. A criação da reserva, habitada por uma comunidade amazônica de quilombolas, pôs fim a um longo período de luta contra o fazendeiro local. Entretanto, inesperadamente, lançou as bases de novas formas de conflito entre Frechal e as pessoas que ficaram fora dos confins da reserva e sem nenhum direito de acesso aos recursos naturais daquela área. A análise desse caso sublinha a importância de focalizar a atenção não somente sobre os clássicos conflitos socioambientais “verticais” entre comunidades locais e estado ou empresas, em relação ao uso do meio ambiente, mas também sobre aqueles ‘horizontais”, envolvendo comunidades locais que compartilham o mesmo status socioeconômico. Ao mesmo tempo, esse artigo aponta a relevância de considerar as dinâmicas sociais que acontecem não somente dentro uma área protegida, mas também fora dessa, tendo em consideração as consequências da presença dela no mais amplo contexto municipal. Essa contribuição mostra como a dimensão politica desse conflito não pode ser completamente compreendida sem considerar a complexa sedimentação de diferentes concepções da apropriação da natureza e as regras consuetudinárias de uso do mato.
ABSTRACT
Based on an ethnographic research conducted in the Reserva Extrativista Quilombo do Frechal (Maranhão, Brazil) in 2006, this paper proposes an anthropological analysis of the conflicts emerged after the institution of this “socio-environmentalist” protected area. The creation of the reserve, inhabited by a community of Amazonian descendants of African slaves (quilombolas), put an end to a long period of fight against a local nester. Meanwhile, it unexpectedly laid the basis for new forms of conflict between Frechal and the people remained out of the borders of reserve and without any right of access to natural resources of that area. This case-study underlines the importance of focusing the attention not only on classic “vertical” socio-environmental conflicts over the use of the natural environment between local communities and states or enterprises but also on “horizontal” ones, involving local communities that share the same socio-economic status. At the same time, this paper highlights the relevance of considering the social dynamics that occur not only inside a protected area, but also outside of it, by taking into account the consequences of its presence in the wider municipal context. This contribution will show how the political dimension of this conflict cannot be completely understood without considering the complex sedimentation of different conceptions of appropriation of nature and the customary rules of use of the forest.
KEYWORS
Socio-Environmental Conflicts; Territory; Natural Resource; Political Ecology
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