VEJA E O CAMPO DAS REVISTAS SEMANAIS NO BRASIL: 1930-2000
DOI:
https://doi.org/10.18764/10.18764/2236-9473v19n1.2022.3Palavras-chave:
Veja, Campo, Revistas semanais, Revistas ilustradas, DominaçãoResumo
Mobilizando a noção de “campo” para abordar o mercado das revistas semanais brasileiras, durante o século XX, acompanharemos como a editora Abril buscou superar – em um momento de expansão das classes médias brasileiras e de diversificação do mercado de bens simbólicos no país – o modelo das “revistas ilustradas”, então dominante nesse campo, através do lançamento de um “semanário de informação”, voltado às camadas médias em expansão durante o “milagre econômico” (1968-1973). Nesse contexto, evidenciamos como a criação do sistema de vendagem por assinaturas de Veja, concebido a partir de marcadores típicos da classe média à época (acesso ao ensino superior e a serviços bancários), teve relevância central para a ascensão da revista à posição dominante nesse campo. Por fim, argumentamos que tal ascensão foi responsável por reorganizar o campo das semanais brasileiras, obrigando seus novos ingressantes – Isto É, Carta Capital e Época –, ao movimento duplo de adotar a proposta do “semanário de informação”, consagrada pela revista da Abril, ao mesmo tempo em que buscavam exercer tal modelo de forma distinta de Veja, na tentativa de se afirmar em um espaço dominado pela referida publicação, desde a década de 1980.
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