A (re)construção da identidade e o trânsito cultural: uma leitura comparativa de Azul corvo, de Adriana Lisboa, Mar azul, de Paloma Vidal, e O inventário das coisas ausentes, de Carola Saavedra
Palavras-chave:
Identidade, Exílio, História familiarResumo
No que diz respeito à experiência exílica, Edward Said (2003) afirma que ela se configura por ser uma fratura incurável entre o indivíduo e a terra natal, afetando o modo como o mundo exterior será enxergado por ele. Diante disso, as narrativas de Azul corvo (2010), de Adriana Lisboa, Mar azul (2012), de Paloma Vidal, e O inventário das coisas ausentes (2014), de Carola Saavedra, são construídas: Vanja, a narradora inomeada e Nina, respectivamente, são personagens femininas que precisam reconstruir as suas identidades mediante a vivência em uma outra cultura. No desvelar das histórias, pode-se perceber a necessidade que elas têm de se compreenderem e tal tentativa se realiza pela recuperação de suas vivências pretéritas e pelos vestígios de suas ancestralidades. Assim, por meio de uma leitura comparativa entre os romances e sob a luz de teóricos como Stuart Hall (2011) e Eurídice Figueiredo (2016), este artigo propõe uma reflexão acerca da construção identitária e da necessidade de compreensão própria mediante a experiência do trânsito cultural vivida pelas protagonistas.
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Referências
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