MODALIZAÇÃO E ARGUMENTAÇÃO
a modalização como estratégia para a construção do discurso argumentativo no gênero editorial
DOI:
https://doi.org/10.18764/2525-3441v7n21.2022.17Palavras-chave:
Argumentação, Discurso argumentativo, Gênero editorial, ModalizaçãoResumo
Buscando saber de que forma o uso de modalização contribui para a construção do discurso argumentativo no gênero editorial, neste artigo, objetivamos analisar o uso de modalizações lógicas, deônticas e apreciativas no discurso argumentativo de editorial, à luz da Análise do Discurso, do Interacionismo Sociodiscursivo e do estudo da Argumentação. Para tanto, fundamentamo-nos nas noções de Argumentação, com os estudos de Amossy (2011), Charaudeau (2016) e Fiorin (2016); nas compreensões sobre o gênero editorial de Arbex Jr. (1992), Koche, Boff e Marinello (2014) e Pereira e Rocha (2006) e nas formulações sobre modalização de Coracini (1991) e Bronckart (2007). Como corpus, recorremos ao editorial Justiça Conveniente do jornal Folha de S. Paulo, publicado em 13 de julho de 2020. Quanto à abordagem metodológica, recorremos à pesquisa bibliográfica e ao método de análise interpretativista, numa abordagem qualitativa. Como resultados, constatamos o uso de modalizações lógicas, deônticas e apreciativas, que, em princípio, expressam a subjetividade do sujeito-enunciador, mas também podem criar efeito de objetividade. Com elas, aquele que argumenta avalia, aprecia, critica, evidencia, explica, constata, contradiz fatos, se aproxima ou se afasta de enunciados, defende, sugere e impõe pensamentos. Assim, as modalizações mostram-se como verdadeiras estratégias argumentativas, ajudando na construção do discurso argumentativo de editorial, uma vez que por meio delas o sujeito-enunciador se insere dentro do enunciado, de forma mais ou menos acentuada, para defender sua posição, seus interesses, de forma a persuadir o sujeito-enunciatário.
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