PAGAMENTOS POR SERVIÇOS AMBIENTAIS NO PLANALTO NORTE CATARINENSE: aplicabilidade e limites visando o Desenvolvimento Regional

Autores

  • Danielle de Ouro Mamed Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Jairo Marchesan Universidade do Contestado
  • Sandro Luiz Bazzanella Universidade do Contestado

Resumo

Os problemas ambientais são uma realidade difícil de refutar, e demandam soluções que partem, invariavelmente, da instituição de políticas que ofereçam formas de mitigar os problemas impostos à sociedade em seus conflitos diante da natureza. No rol de soluções pensadas, encontram-se os mecanismos de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), que visam a remuneração de atores sociais que se proponham a preservar os ciclos naturais com relevância para as sociedades humanas (conhecidos como serviços ambientais. Este trabalho tem como objetivo geral analisar os Pagamentos por Serviços Ambientais e suas possibilidades e limitações ao desenvolvimento regional no Planalto Norte Catarinense (PNC), recorte geográfico estabelecido. Assim, para lograr tal objetivo, serão analisadas, primeiramente, os aspectos teóricos sobre os serviços ambientais e seus mecanismos de PSA. Num segundo momento, será analisada a questão ambiental no Planalto Norte Catarinense, para, ao final, pensar se a análise do instrumento em questão pode contribuir com a questão do desenvolvimento regional nesse contexto. A metodologia utilizada é a dedutiva, partindo das questões genéricas sobre o meio ambiente e sua crise, passando pelas soluções propostas até chegar a uma análise específica, ou seja,  a aplicação dos PSA no Planalto Norte Catarinense.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Danielle de Ouro Mamed, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutora em Direito Econômico e Socioambiental (PUCPR) com Pós-Doutoramento em Desenvolvimento Regional (UNC). 

Jairo Marchesan, Universidade do Contestado

Doutor em Geografia (UFSC). Professor do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UnC).

Sandro Luiz Bazzanella, Universidade do Contestado

Doutor em Ciências Humanas (UFSC). Professor do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UnC). 

Referências

ALTMANN, Alexandre. Pagamento por serviços ambientais: aspectos jurídicos para sua aplicação no Brasil. In: BENJAMIM, Antonio Herman; IRIGARAY, Carlos Teodoro; LECEY, Eladio e CAPPELI, Silvia. Florestas, mudanças climáticas e serviços ecológicos. V. 1. São Paulo: Imprensa oficial do Estado de São Paulo, 2010.

ALTMMAN, Alexandre. Política Nacional de Mudanças Climáticas e Pagamentos por Serviços Ambientais: Estudo de caso da Política de Mudanças Climáticas do Estado de São Paulo. In: BENJAMIM, Herman; LECEY, Eládio; CAPPELLI, Silvia e IRIGARAY, Carlos Teodoro. Congresso Brasileiro de Direito Ambiental: PNMA: 30 anos da Política Nacional de Meio Ambiente. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2011.

CONSTANZA, Robert et al. The value of the world’s ecosystem services and natural capital. In: Nature. VOL 387, n. 15, May, 1997.

DIEGUES, Carlos. O mito moderno da natureza desabitada. 6a Edição. São Paulo: NUPAUB/USP, 2008.

GOMÉZ-BAGGETHUN, Erik; GROOT, Rudolf de; LOMAS, Pedro L.; MONTES, Carlos. The history os ecosystem services in economic theory and pratice: from early notions to markets ans payment schemes. Ecological economics. v. 69, 2010, 1209-1218. p. 1213.

IRIGARAY, Carlos Teodoro. Pagamento por serviços ecológicos e o emprego de REDD para contenção do desmatamento na Amazônia. In: BENJAMIM, Herman; IRIGARAY, Carlos Teodoro; LECEY, Eládio e CAPPELLI, Silvia. Congresso Internacional de Direito Ambiental: Florestas, mudanças climáticas e serviços ecológicos. Vol. 2. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010.

LE PRESTRE, Phillip. Ecopolítica internacional. São Paulo: Editora SENAC, 2000.

MAMED, D. O. Pagamentos por Serviços Ambientais e mercantilização da natureza na sociedade moderna capitalista. Tese de Doutorado. Curitiba: Pontifícia Universidade Católica, 2016.

MAMED, Danielle de Ouro e DALLABRIDA, Valdir Roque. Instrumentos econômicos de proteção ambiental e desenvolvimento territorial: abordagem teórica e prospecções para o planalto norte catarinense. Desenvolvimento regional em debate. v. 6, n. 2, ed. esp., p. 127-146, jul. 2016.

MARQUES, A. C. As paisagens do mate e a conservação socioambiental: um estudo junto aos agricultores familiares do Planalto Norte Catarinense. 2014. Tese (Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento) - Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2014.

MILLENNIUM ECOSYSTEM ASSESSMENT. 2005. Synthesis Reports. Disponível em: < http://www.millenniumassessment.org/en/Synthesis.html>. Acesso em 27 de janeiro de 2006

PETRENTCHUK, L. W. Possibilidades e desafios do manejo de fragmentos de floresta ombrófila mista como alternativa do desenvolvimento: Um estudo com base na realidade socioeconômica ambiental em Canoinhas (SC). Canoinhas. 2015.

ROCHA, Jefferson Marçal. Sustentabilidade em questão: economia, sociedade e meio ambiente. Jundiaí: Paco Editorial, 2011.

SCHUMACHER, E. F. Small is beautiful: economics as if people mattered. London: Blond & Briggs, 1973.

VEIGA, José Eli. Indicadores de sustentabilidade. Estudos Avançados. 24 (68), 2010, p. 39.

WHATELY, Marussia e HERCOWITZ, Marcelo. Serviços ambientais: conhecer, valorizar e cuidar. Subsídios para a proteção dos mananciais de São Paulo. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2008.

YOUNG, C. E. F.& BAKKER, L. B. D. Instrumentos econômicos e pagamentos por serviços ambientais no Brasil. Incentivos Econômicos para Serviços Ecossistêmicos no Brasil. Rio de Janeiro: Forest Trends, 2015

Downloads

Publicado

2020-11-25

Como Citar

Mamed, D. de O., Marchesan, J., & Bazzanella, S. L. (2020). PAGAMENTOS POR SERVIÇOS AMBIENTAIS NO PLANALTO NORTE CATARINENSE: aplicabilidade e limites visando o Desenvolvimento Regional. Revista Húmus, 10(30). Recuperado de http://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/12789

Edição

Seção

Perspectivas do Desenvolvimento Regional