A crítica de Spivak à Foucault
Resumo
Este artigo tem por objetivo expor como a filósofa pós-colonial Gayatri Spivak densifica o problema da violência epistêmica e do silenciamento do sujeito subalterno estabelecendo um diálogo com Michel Foucault. Para tanto, parte-se de seu ensaio ‘Pode o subalterno falar?’, analisando a crítica direcionada ao filósofo no que tange às reflexões exaradas por ele em sua entrevista com Gilles Deleuze ‘Os intelectuais e o poder’. Nessa linha, primeiramente é desvelada a tese do autor e, em seguida, o argumento de Spivak acerca da função do intelectual em relação ao silenciamento e constituição do sujeito subalterno enquanto tal, bem como as possíveis formas de se pensar a subversão dessa posição. Com isso, será destacado o papel desempenhado pelo feminismo de Spivak em sua exposição acerca da subalternidade, na medida em que seu argumento se constrói e ganha materialidade a partir da análise específica do processo de subalternização na (im)possibilidade da fala de mulheres.Downloads
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