Crise e construção social
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-4358v12n37.2022.56Palavras-chave:
Crise, Conflito, Filosofia hermenêutica, Construção socialResumo
O termo crise, na história, está associado a momentos críticos, processos de decadência, conflito e rutura, a envolver as várias formas de relação do humano. Na contemporaneidade, tudo se considera permanentemente envolvido em sucessivos processos de crise, a impulsionarem desenvolvimentos, transformações, renovação de ciclos. A inevitabilidade da ocorrência destes processos, abre uma esperança de saída da crise, numa perspetiva de satisfação de necessidades, nas relações individuais, nas instituições, nas comunidades e no envolvimento com o meio ambiente, como forma de transmutar prejuízos em benefícios. A questão que se coloca é: como intervir no sentido de contribuir para a resolução da crise? A nossa hipótese avança para uma posição de consciencialização hermenêutica das questões que estão na sua origem, numa base de diálogo e no seu contributo para as ações concretas que permitam a sua superação. Para isso é necessária uma preparação das partes, uma disponibilidade para a compreensão das coisas, a implicar uma atualização da situação hermenêutica e uma abertura ao necessário alargamento de horizontes, bem como uma determinação para intervir, em conjunto, no cerne das questões problemáticas. Esta temática revela-se fulcral, pois os efeitos das crises crónicas e dos conflitos emergentes, colocam cada vez mais em risco a possibilidade de neles se poder intervir de forma construtiva e em tempo útil.
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