A MEDITAÇÃO HEIDEGGERIANA SOBRE A ORIGEM DA FILOSOFIA: Quando o pensamento se faz memória
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-4358v12n37.2022.69Palavras-chave:
Heidegger, Filosofia, Memória, PensamentoResumo
O presente artigo ancora-se no pensamento do filósofo Martin Heidegger para examinar em que medida sua proposta de retorno à origem da Filosofia implica na instituição de um pensamento que se faz memória, de um pensamento rememorante (An-denken). Defende-se que o pensamento que pleiteia um passo de volta (Schritt zurück) em relação à origem da Filosofia visa, neste movimento retrospectivo, não desenterrar um passado morto, mas auscultar o que resta impensado neste alvorecer. Neste sentido, este pensamento (Denken) tem que fazer-se memória, tem que recordar os envios do ser desde a aurora da Filosofia. Argumenta-se que este pensar que se faz memória não é tomado no sentido de uma faculdade psicológica de conservar o passado na representação, mas como um exercício de correspondência aos modos de destinação do ser.
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