A noção de rosto em Emmanuel Lévinas
Resumo
Lévinas argumenta que existem realidades que escapam ao poder totalizante da razão e seu poder constituinte. É o caso, por exemplo, do rosto do outro homem. O rosto do outro homem adquire, assim, um lugar central no nosso autor, pois, é o lugar mesmo da verdade; verdade esta não mais teórica, mas verdade ética, ou metafísica já que o rosto não se presta a objetivação, seja do desvelamento seja da adequação. Esta verdade ética se torna possível se tomarmos em consideração que o rosto é a expressão da singularidade, do indivíduo, único a existir; singularidade esta que se torna possível se a considerarmos como separada da totalidade.
Downloads
Referências
REFERÊNCIAS
HERNÁNDEZ, Francisco Xavier Sánches. Vérité et justice dans la philosophie de Emmanuel Lévinas. Paris: L’Harmattan, 2009.
LÉVINAS, Emmanuel. Totalidade e infinito: ensaio sobre a exterioridade. Tradução: José Pinto Ribeiro. Lisboa: Edições 70, 1980.
______. Entre nós. Ensaios sobre a alteridade. Tradução de Pergentino Pivatto et al. (Coord.). 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
______. De Deus que vem à ideia. Pergentino Stefano Pivatto (Coord. e revisor). Tradução: Marcelo Fabri, Marcelo Luiz Pelizzoli, Evaldo Antônio Kuiava. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
______. Entrevista com Emmanuel Levinas. Cadernos de Subjetividade. São Paulo, v. 5, n. 1, p. 9-38, 1997. Responsáveis pela edição: Ines Loureiro e Martha Gambini; Supervisão: Prof. Luís Cláudio Figueiredo. Tradução: Célia Gambini. Revisão da tradução: Martha Gambini.
______. La teoria fenomenológica de la intuición. Tradução: Tania Checchi. Salamanca: Ediciones Sígueme, 2004.
______. Descobrindo a existência com Husserl e Heidegger. Tradução: Fernanda Oliveira. Lisboa: Instituto Piaget, s/d.
_______. Ética e infinito. Tradução: João Gama. Lisboa: Edições 70, 1982.
______; RICŒUR, Paul. Giustizia, amore e responsabilità: Um dialogo tra Emmanuel Levinas e Paul Ricœur. In: Emmanuel Levinas philosophe et pédagoge. Édition Du Nadir de l’Alliance Israèlite Universell, Paris, 1998, p.13-28.
FABRI, M. Linguagem e desmistificação em Levinas. Síntese, Belo Horizonte, v. 28, n 91, p. 245-266, 2001.
PETITDEMANGE, Guy. Emmanuel Lévinas et la politique. Actes du colloque de Cerisy-la-Salle; 23 août- 2 septembre 1986. Paris, Les Éditions du Cerf, 1993, p.327-354.
SOUZA, R. T. de. Razões plurais. Itinerários da racionalidade ética no século XX: Adorno, Bergson, Derrida, Levinas, Rosenzweig. Porto Alegre: Edipucrs, 2004.
______. Sujeito, ética e história. Levinas, o traumatismo infinito e a crítica da filosofia ocidental. Porto Alegre: Edipucrs, 1999.
VASEY, Craig R. Le problem de l’intentionnalité dans la philosophie de Emmanuel Levinas.Revue de Métaphysique et de Morale, n. 85, p.224-239, avr./juin 1980.