Aspectos teóricos e conceituais par uma filosofia do desenvolvimento

Autores

  • Sandro Luiz Bazzanela Universidade do Contestado (UnC)
  • Alceu Junior Maciel Universidade do Contestado

Resumo

A ideia do desenvolvimento na contemporaneidade possui raízes na história. Na perspectiva hegeliana, a história é resultado da razão que se imanentiza. Razão que se objetiva na história e pela história. Isto possibilita a tomada de consciência pela consciência. Dito de outra forma, o processo racional de superação da condição em que o indivíduo se encontra se dá primeiramente pelo reconhecimento para posterior tomada de consciência e consequentemente a superação. Perscrutar filosoficamente o desenvolvimento é compreender a partir do conceito. Ou seja, para que se possa ter acesso ao ser-em-si do desenvolvimento, se faz necessário reconhecê-lo como conceito, perscrutar a sua essência. Para isto, convém observar sua conformação histórica. No sentido da superação daquilo que se apresenta e, isto requer caminho rumo à conceitualização. A pretensão é ontológica, pois acontece na dimensão da consciência individual e, como decorrência deste, na coletividade, já que para Hegel, a particularidade é que contém em si a universalidade. A conformação do espírito de um povo é essencial para o desenvolvimento e, para compreender este processo, o pensador busca na história e na doutrina das religiões as respostas para seus questionamentos, apontando às bases ocidentais como predecessoras do movimento filosófico/teológico, que possibilitaram reconhecer em alguns povos a primazia da tomada de consciência de si em direção ao Espírito Absoluto.

Palavras-Chave: Desenvolvimento, História, Conceito, Consciência, Espírito.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandro Luiz Bazzanela, Universidade do Contestado (UnC)

Possui graduação em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Dom Bosco (1989), mestrado em Educação e Cultura pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2003) e doutorado em Interdisciplinar em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010). Atualmente é professor titular de filosofia da Universidade do Contestado na graduação no Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional. Tem experiência na área de filosofia, atuando nas seguintes áreas temáticas: História da filosofia, filosofia política e ética, técnica, Estado e biopolítica.

 

Alceu Junior Maciel, Universidade do Contestado

Possui graduação em Filosofia (Bacharelado) pelo Centro Universitário de Brusque (2005) , Complementação Pedagógica em Filosofia (Licenciatura Plena) pela Faculdade Católica de Anápolis (2013), Graduação em Teologia - interrompida (2011), Mestre em Desenvolvimento Regional - UNC (Dissertação: Aspectos Teóricos e Conceituais hegelianos para uma Filosofia do Desenvolvimento), Cursando a disciplina: Política e Metafísica no Programa de Pós Graduação em Filosofia/Doutorado na Universidade Federal do Paraná. Integrante do Grupo de Estudos em Giorgio Agamben e Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em ciências Humana (CNPq) da Universidade do Contestado UnC - Canoinhas-SC.

Referências

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Tradução: Alfredo Bosi; revisão de tradução e tradução dos novos textos Ivone Castilho Benedetti. 4ª ed. São Paulo. Editora Martins Fontes, 2000.

AGOSTINHO, Santo. Confissões. Tradução: J. Oliveira Santos, S.J., e A. Ambrósio de Pina, S.J. São Paulo. Editora Nova Cultural Ltda, 2004.

ARISTÓTELES. Poética, Organon, Política, Constituição de Atenas. São Paulo. Editora Nova Cultural Ltda, 2004.

BOURGEOIS, Bernard. Hegel: Os Atos do Espírito. Tradução: Paulo Neves. São Leopoldo – RS. Editora UNISINOS, 2004.

BORGES, Maria de Lourdes. A Atualidade de Hegel. Florianópolis: Editora da UFSC, 2009.

BORNHEIM, Gerd. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Editora: CultrixLtda, 1998.

GARAUDY, Roger. Para Conhecer o Pensamento de Hegel. Tradução: Suely Bastos. Porto Alegre: L&PM Editores Ltda, 1983.

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. A Razão na História. Tradução: Beatriz Sidou. 2. ed. São Paulo: Centauro, 2001.

_____, Filosofia da História. Tradução: Maria Rodrigues e Hans Harden. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1995.

_____, Fenomenologia do Espírito. Tradução: Paulo Meneses com colaboração de Karl-Heinz Efken e José Nogueira Machado. 9º ed. Petrópolis, RJ: Vozes: Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2014.

_____, Enciclopédia de las Ciencias Filosóficas. Edición, Introducción y Notas de Ramón Valls Plana. Madrid: Alianza Editorial, 2005.

_____, Princípios da Filosofia do Direito. Tradução: Norberto de Paula Lima. Adaptação e Notas: Márcio Pugliesi. São Paulo, Ícone Editora Ltda, 1997.

HIPPOLITE, Jean. Introdução à Filosofia da História de Hegel. Tradução: Hamílcar de Garcia. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira S.A, 1971.

MALINSKI, Tania Alexandra. O Conceito de Desenvolvimento segundo Hegel: a progressão da consciência. Tese de Doutorado. São Carlos – SP, 2012.

MENEZES, Paulo. Abordagens Hegelianas. Rio de Janeiro. Ed. Vieira & Lent, 2006.

Downloads

Publicado

2017-11-07

Como Citar

Bazzanela, S. L., & Maciel, A. J. (2017). Aspectos teóricos e conceituais par uma filosofia do desenvolvimento. Revista Húmus, 7(20). Recuperado de http://cajapio.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/7640