VIDA DIGITAL: como a tecnologia molda nossas relações e rotinas
Palavras-chave:
Hiperconectividade, Tecnologia digital, Interações sociais, Dependência digital, Bem-estarResumo
O artigo analisa os impactos da tecnologia digital no cotidiano, explorando tanto os benefícios quanto os desafios da hiperconectividade. Com a expansão das ferramentas digitais, observa-se uma crescente dependência de dispositivos e redes sociais, que alteram as formas de interação, trabalho e gerenciamento do tempo. Discute-se o conceito de hiperconectividade e seus efeitos na saúde mental, destacando a necessidade de estratégias para um uso equilibrado. Em seguida, é feito um enfoque nas interações sociais, abordando como a tecnologia facilita a manutenção de relações à distância e aproxima pessoas com interesses comuns. Entretanto, também se reflete sobre o paradoxo da “solidão digital”, em que a conexão online pode gerar isolamento nas interações presenciais e aumentar o sentimento de solidão. Examina-se também o impacto da tecnologia nas rotinas diárias, incluindo os benefícios de produtividade e conveniência, mas também os desafios impostos pela distração e procrastinação digital. O artigo conclui que, para usufruir plenamente das vantagens tecnológicas sem comprometer o bem-estar, é fundamental adotar práticas conscientes e limites saudáveis no uso digital. Estratégias como o minimalismo digital e momentos de desconexão são essenciais para preservar a qualidade das relações interpessoais e a saúde mental. Com essa abordagem, espera-se que os indivíduos possam equilibrar a tecnologia em suas vidas, utilizando-a como uma ferramenta de crescimento e conexão sem se tornarem excessivamente dependentes.
Downloads
Referências
ALTER, A. Irresistible: The Rise of Addictive Technology and the Business of Keeping Us Hooked. Penguin Press, 2017.
BARAK, A.; BONIEL-NISSIM, M.; SULER, J. Fostering empowerment in online support groups. Computers in Human Behavior, v. 24, n. 5, p. 1867-1883, 2008.
BARROS, M. J. de et al. Inclusão Digital e Educação: equidade e acesso. Revista Internacional de Estudos Científicos, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 124–149, 2023. DOI: 10.61571/riec.v1i2.120. Disponível em: https://periodicos.educacaotransversal.com.br/index.php/riec/article/view/120. Acesso em: 3 nov. 2024.
BAUMAN, Z. Liquid Love: On the Frailty of Human Bonds. Polity Press, 2003.
BAYM, N. K. Personal Connections in the Digital Age (2nd ed.). Polity Press, 2015.
CACIOPPO, J. T.; PATRICK, W. Loneliness: Human Nature and the Need for Social Connection. W. W. Norton & Company, 2008.
CARR, N. The Shallows: What the Internet is Doing to Our Brains. New York: W.W. Norton & Company, 2010.
CASTELLS, M. Communication Power. Oxford University Press, 2009.
COSTA JÚNIOR, J. F. A importância da educação como ferramenta para enfrentar os desafios da sociedade da informação e do conhecimento. Convergências: estudos em Humanidades Digitais, [S. l.], v. 1, n. 01, p. 127–144, 2023. DOI: 10.59616/conehd.v1i01.97. Disponível em: https://periodicos.ifg.edu.br/cehd/article/view/97. Acesso em: 5 out. 2024.
COSTA JÚNIOR, J. F. et al. Educação na era dos algoritmos: como a hiperconectividade está moldando os processos de ensino e aprendizagem. CONTRIBUCIONES A LAS CIENCIAS SOCIALES, [S. l.], v. 17, n. 5, p. e6486, 2024. DOI: 10.55905/revconv.17n.5-004. Disponível em: https://ojs.revistacontribuciones.com/ojs/index.php/clcs/article/view/6486. Acesso em: 3 out. 2024.
EYAL, N. Hooked: How to Build Habit-Forming Products. Penguin, 2014.
HAMPTON, K. N.; SESSIONS, L. F.; HER, E. J. Core networks, social isolation, and new media: How internet and mobile phone use is related to social network size and diversity. Information, Communication & Society, v. 14, n. 1, p. 130-155, 2011.
MARK, G. et al. Bored Mondays and Focused Afternoons: The Rhythm of Attention and Online Activity in the Workplace. Proceedings of the 32nd annual ACM conference on Human factors in computing systems, 2014.
NEWPORT, C. Deep Work: Rules for Focused Success in a Distracted World. Grand Central Publishing, 2016.
NEWPORT, C. Digital Minimalism: Choosing a Focused Life in a Noisy World. Portfolio, 2019.
OPHIR, E.; NASS, C.; WAGNER, A. D. Cognitive control in media multitaskers. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 106, n. 37, p. 15583-15587, 2009. DOI: https://doi.org/10.1073/pnas.0903620106. Disponível em https://www.pnas.org/doi/10.1073/pnas.0903620106. Acesso em 29 out 2024.
PRZYBYLSKI, A. K.; WEINSTEIN, N. Can you connect with me now? How the presence of mobile communication technology influences face-to-face conversation quality. Journal of Social and Personal Relationships, v. 30, n. 3, p. 233-241, 2013.
KRAUT, R. et al. Internet paradox: A social technology that reduces social involvement and psychological well-being? American Psychologist, v. 53, n. 9, p. 1017-1031, 1998.
LIMA, N. et al. Adolescência e saber no contexto das tecnologias digitais: há transmissão possível? Rev. aSEPHallus de Orientação Lacanian, v. 11, n. 21, p. 42-65, 2016. Disponível em: http://www.isepol.com/asephallus/numero_21/pdf/5-Adolescencia_e_saber_no_contexto_das_tecnologias_digitais.pdf. Acesso em: 27 out. 2024.
REIGELUTH, C. M.; KARNOPP, J. R. Reinventing Schools: It’s Time to Break the Mold. Rowman & Littlefield, 2013.
RHEINGOLD, H. The Virtual Community: Homesteading on the Electronic Frontier. Addison-Wesley, 1993.
ROSEN, L. D. iDisorder: Understanding Our Obsession with Technology and Overcoming Its Hold on Us. New York: Palgrave Macmillan, 2012.
SARAIVA, S. A. et al. A Internet como ferramenta e recurso pedagógico. Revista Internacional de Estudos Científicos, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 172–198, 2023. DOI: 10.61571/riec.v1i2.122. Disponível em: https://periodicos.educacaotransversal.com.br/index.php/riec/article/view/122. Acesso em: 5 out. 2024.
SBARRA, D. A.; BRISKIN, J. L.; SLATCHER, R. B. Smartphones and Close Relationships: The Case for an Evolutionary Mismatch. Perspectives on Psychological Science, v. 14, n. 4, p. 596-618, 2019.
SILVA, D. G. F. da; GONDIM, L. S. de S. Tecnologia e adolescência: influência nas relações interpessoais e na construção de identidade. Construção psicopedagógica. São Paulo, v. 32, n. 33, p. 90-104, 2022. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-69542022000200008. Acesso em 03 out. 2024.
SPIZIRRI, R. et al. Adolescência conectada: Mapeando o uso da internet em jovens internautas. Rev. Psicologia argumento, v. 30, n. 69, p. 327-335, 2012. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/23288/22361. Acesso em: 29 out. 2024.
STEEL, P. The nature of procrastination: A meta-analytic and theoretical review of quintessential self-regulatory failure. Psychological Bulletin, v. 133, n. 1, p. 65-94, 2007.
TURKLE, S. Alone Together: Why We Expect More from Technology and Less from Each Other. New York: Basic Books, 2011.
TURKLE, S. Reclaiming Conversation: The Power of Talk in a Digital Age. New York: Penguin Press, 2015.
TWENGE, J. M. iGen: Why Today’s Super-Connected Kids Are Growing Up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy – and Completely Unprepared for Adulthood. New York: Atria Books, 2017.
WELLMAN, B.; GULIA, M. Virtual communities as communities. In M. Smith & P. Kollock (Eds.), Communities in Cyberspace (p. 167-194). Routledge, 1999.
YOUNG, K. S. Internet addiction: The emergence of a new clinical disorder. CyberPsychology & Behavior, v. 1, n. 3, p. 237-244, 1998.
YOUNG, K. S.; ROGERS, R. C. The relationship between depression and Internet addiction. CyberPsychology & Behavior, v. 1, n. 1, p. 25-28, 1998.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Cadernos Zygmunt Bauman
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos autorais Cadernos Zygmunt Bauman
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.