Engeramento e outras histórias: as narrativas orais no distrito de Barreira do Andirá
DOI:
https://doi.org/10.18764/2177-8868v15n30.2024.16Keywords:
Literatura oral, Comunidade de Barreira do Andirá, AmazonasAbstract
Com esta pesquisa temos o intuito de discutir a cerca da literatura oral, mais precisamente a presença e a função sociocultural das narrativas orais nas comunidades ribeirinhas da Amazônia. Para isto, optou-se por uma pesquisa de campo, realizada através de entrevistas abertas, por meio da contação de histórias, com auxílio da História Oral, para coletar suas manifestações mais naturais, as variadas estórias disseminadas pelos mais velhos na comunidade de Barreira do Andirá, município de Barreirinha/AM, lugar de origem da família da pesquisadora. Os principais objetivos da referida pesquisa foram coletar narrativas orais de pessoas mais velhas, moradoras no Distrito de Barreira do Andirá com a finalidade de resgatar as narrativas orais que fazem parte da história da comunidade. A abordagem da pesquisa foi qualitativa,
uma vez que a intenção deste trabalho não focou somente na coleta das narrativas, mas em entender a
importância do ato de contar histórias, e quais elementos importantes estavam presentes em cada uma
delas. A partir do que foi coletado, pôde-se conhecer mais sobre a construção histórico-cultural da região,
assim como entender as influências da tecnologia no cotidiano daqueles sujeitos, e como essas narrativas
orais estão sendo trabalhadas atualmente. O local onde se desenvolveu a coleta das narrativas, foi a comunidade de Barreira do Andirá, localizada em uma área fronteiriça entre os municípios de Parintins e Barreirinha, onde residem cerca de 206 famílias, compostas, principalmente por agricultores e pescadores. Os sujeitos da pesquisa foram cinco moradores do Distrito: Antônio Gonçalves Viana, Maria do Carmo, Moisés Viana, Paulo Sérgio dos Santos Trindade e Basílio Tenório. O critério para a escolha dessas pessoas, deu-se, primeiramente pela idade, pois a pesquisadora focou nas narrativas dos mais velhos moradores. Levou-se também em consideração o fato desses moradores pertencerem às famílias que protagonizaram a fundação daquele vilarejo. Os principais teóricos que embasaram esta pesquisa foram Ong (1998), Zumthor (1993 e 2000), Bosi (1979), Benjamim (1987), Cascudo (2006) e Freitas (2006).
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