O REALISMO ANIMISTA EM AS AREIAS DO IMPERADOR, DE MIA COUTO
Palabras clave:
Realismo Animista, Insólito, Mia Couto, Cosmovisão AfricanaResumen
Este artigo tem como objetivo analisar o realismo animista na trilogia do escritor moçambicano Mia Couto As Areias do Imperador, composta pelos volumes Mulheres de Cinzas (2015), Sombras da Água (2016) e O Bebedor de Horizontes (2018). A obra retrata uma época em que o Sul de Moçambique era governado por Ngungunyane, o último grande líder do Estado de Gaza – um dos maiores símbolos da luta e resistência ao colonialismo português. Para além das discussões de identidades culturais e da contribuição histórica dessas literaturas, buscamos promover um debate sobre a cosmovisão africana como um processo continuado da descolonização da arte. O conceito do realismo animista, apresentado pelo professor Harry Garuba (2012), é uma forma de decodificar o sobrenatural nessas narrativas. Couto utiliza o imaginário ancestral e o fantástico para criar essa atmosfera realista e, ao mesmo tempo, animista numa visão africana.
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