TUPINISMO: UM ESTUDO SOBRE A IMPOSIÇÃO DA LÍNGUA GERAL AMAZÔNICA NO CONTEXTO BRASILEIRO
Mots-clés :
Língua geral amazônica, Mecanismos de propagação, Imposição linguística.Résumé
Compreendo por tupinismo o processo de imposição, por meio da violência física, de uma língua do tronco tupi, busca-se, neste estudo, demonstrar que os meios de implantação e propagação da língua geral amazônica ou nheengatu na Amazônia brasileira ocorreram de forma impositiva e coercitiva. Assim, toma-se como ponto de partida para as discussões as contribuições de Antezana (2014), Baniwa (2016), Fanon (2005), Freire (2011), Fonseca (2015), Hall (2016), Othero (2017), Silva e Isquerdo (2009) e Stessuk (2006). Desse modo, foi possível constatar que, para além de uma língua supraétnica que permitiu o contato entre povos de diferentes etnias, na realidade a língua geral amazônica foi, durante certo tempo, um forte instrumento utilizado segundo os interesses do sistema colonial, cuja imposição, não deixou de ser arbitrária, coercitiva e violenta, desconsiderando assim as especificidades, identidades, singularidades e o direito de cada comunidade em manter sua própria língua.
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