DO PALÁCIO DA VENTURA AO CÉU ABSCÔNDITO DO NADA – A CONSCIÊNCIA DESESPERADA NA POESIA DE ANTERO DE QUENTAL E AUGUSTO DOS ANJOS
Mots-clés :
Estrutura de sentimento, Trágico, Desespero humano, Antero de Quental, Augusto dos AnjosRésumé
Nossa proposta para o presente artigo é analisar a presença de um sentir trágico, à luz do conceito de estrutura trágica de sentimento, de Raymond Williams, nas poesias de Augusto dos Anjos e Antero de Quental, analisando o desespero humano, de Søren Kierkegaard, enquanto esse sentir trágico que dialoga com o pensamento de ambos os poetas. Percebemos que, pertencentes a gerações contíguas, Antero e Augusto constituem uma síntese da condição humana de finais do século XIX; a derrocada da subjetividade e do absoluto, o vento do niilismo que tudo varrera, reduzira o homem a nada e condenara-o à putrefação da carne.
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