As narrativas etiológicas como perpetuação da literatura indígena na América Latina
DOI :
https://doi.org/10.18764/2177-8868v15n30.2024.17Mots-clés :
Mitos Etiológicos, Literatura Indígena paraguaia, Literatura brasileira, LendasRésumé
Os períodos históricos conhecidos como Descobrimento em que, tanto a Coroa Espanhola, em 1942, com o explorador Cristóvão Colombo, quanto a Coroa Portuguesa, em 1500, sob o comando de Pedro Álvares Cabral, dominaram durante muitos séculos em regiões predominantemente povoadas por povos indígenas das Américas Central, do Norte e do Sul. Neste cenário de exploração e subjugo, os Impérios dos Incas, Maias e Astecas foram afetados a partir da ação dos espanhóis, porém legaram influências que até hoje podem ser contempladas através de sua literatura e hábitos de plantio, de vida, de contato com a natureza, de forma geral. A ação de conservar a memória cultural das civilizações americanas originárias, contribuiu para que haja uma notável relação entre a religiosidade e a natureza dentro das narrativas orais utilizadas pelos indígenas, a partir do que afirmamos, ressaltamos a importância que o estudo dos mitos/relatos/lendas etiológicas indígenas possuem, para que conheçamos a origem dos elementos antropoculturais e naturais a partir deles, dessa forma, para este estudo, delimitamos as lendas etiológicas do Paraguai (Mandioca, Urutau, Ka´a Iary) e da Amazônia Brasileira (Mandioca, Uirapuru, Curupira), em que descrevemos como os elementos etiológicos presentes nas narrativas, transparecem as relações existentes entre espiritualidade, respeito à natureza e seus elementos, manutenção da cultura na memória coletiva. Nosso aporte teórico-metodológico baseia-se em pesquisa bibliográfica, de cunho qualitativa utiliza, principalmente, obras de Bayard (2002), Campbell (1949, 1991), Eliade (1972), Montesino (2019), Gómez Platero e Palma Ehrichs (2011).
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Références
BAYARD, Jean- Pierre. História das lendas. SP: Book e BooksBrasil.com, 2002.
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