Educação bilíngue para surdos: desafios e perspectivas no contexto pedagógico
DOI:
https://doi.org/10.18764/2177-8868v16n31e25371Parole chiave:
educação bilíngue, estudantes surdos, Libras, inclusão, políticas educacionaisAbstract
Este artigo tem por objetivo demonstrar as implicações pedagógicas da educação bilíngue para surdos no Brasil, destacando a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua e o ensino do português escrito como segunda língua. O problema estudado reside nos desafios encontrados na implementação de práticas bilíngues em algumas escolas que incluem alunos surdos, impactando diretamente o desenvolvimento linguístico e acadêmico desses
estudantes. Para fundamentar a discussão, foram utilizados os estudos de Quadros e Karnopp (2004), que analisam a estrutura linguística da Libras e sua importância no desenvolvimento dos surdos; Skliar (1997), que enfatiza a identidade cultural surda e os desafios da inclusão educacional; e Lodi e Lacerda (2019), que abordam os desafios na formação docente e no ensino do português como segunda língua. Além disso, Strobel (2009) contribui para o entendimento da
cultura surda e da valorização da Libras como elemento essencial para a construção da identidade dos estudantes. Os objetivos específicos da pesquisa incluem analisar a efetividade da educação bilíngue para surdos no Brasil, identificar os principais desafios enfrentados e propor estratégias para sua melhoria. A metodologia adotada baseou-se em uma revisão bibliográfica e na análise documental de legislações como o Decreto 5.626/2005 e a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), que regulamentam o ensino bilíngue. Os resultados indicaram que a valorização da identidade cultural surda e a formação de professores qualificados são fundamentais para avanços significativos nessa área. Além disso, identificou-se que a falta de materiais didáticos adaptados, a escassez de professores capacitados e as limitações estruturais comprometem a efetividade do modelo bilíngue. Portanto, concluiu-se que é imprescindível investir em políticas públicas que fortaleçam a educação bilíngue para surdos, promovendo uma educação verdadeiramente inclusiva e equitativa.
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