A POLÍTICA DO BARROCO EM OSMAN LINS: A ESCRITURA DA VIOLÊNCIA E O ORNATO
Palavras-chave:
Osman Lins, O Boom Latino-Americano, Grupo Latino-Americano de Estudos Subalternos, Barroco, Poética Barroca, Transculturação, Escritura da Violência, A Política da Literatura, AntiliteraturaResumo
Partindo das recentes discussões sobre o Boom latino-americano, este ensaio examina a poética barroca do escritor brasileiro Osman Lins, a fim de delinear um novo arcabouço para o exame da política e do impasse da literatura no Brasil durante os anos 1960 e 1970. Em minha análise do intensamente experimental “Retábulo de Santa Joana Carolina” (1966), lanço luz sobre os meios pelos quais Lins combina múltiplos regimes de signos como o teatro, as artes visuais e a cantiga medieval, para se defrontar com a violência estrutural de exploração e subalternidade no Nordeste brasileiro. Consequentemente, analiso como a poética barroca de Lins negocia a violência e a autoridade por meio de conjuntos enunciativos que são antirrepresentacionais e antiliterários. Concluo mostrando como a subalternidade no Brasil é imaginada pela literatura de modo alternativo - não tanto como objeto da ideologia, mas como uma figura de tensão para uma nova palavra poética e política.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos autorais Littera on lineEste obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.