BIG BANG O EL USO DE LOS CUERPOS EN LA POESÍA DE SEVERO SARDUY/ BIG BANG OR THE USE OF BODIES IN THE POETRY OF SEVERO SARDUY
Palavras-chave:
Caribe, Sexualidade, Big Bang, Severo SarduyResumo
Não é fácil ler a obra de Severo Sarduy. Tampouco esquecê-la. São numerosos os signos que assim a anunciam. Não se refere aqui ao reconhecimento internacional que têm suas novelas e ensaios, passando por diferentes países, com um renovado interesse também na Argentina. Me refiro à intensidade de seu trabalho e ao modo em que seus livros se contaminam entre si e voltam a armar itinerários começados em outros lugares, mas que em cada novo registro se colidem de uma maneira diferente. A sua é a originalidade de uma voz poética que cria seu próprio pertencimento. Nos fragmentos de Big Bang, texto em que nos concentraremos no presente trabalho, Sarduy joga com um gênero que conhece bem: o da divulgação científica. O pequeno ou o breve funcionam como um olho ou uma chave. Em um universo concentrado de onde uma voluntária economia verbal impede desenvolver um conflito ou estender-se na descrição de situações e personagens, os restos da tradição literária e científica canônica são o banquete. O poeta toma da pedreira universal os materiais que necessita e os mergulha em sua dicção particular, em sua própria experiência do universo. Estes textos tensos, como a bagagem preparada antes de uma partida súbita, recolhem objetos estranhos que só têm sentido para quem viaja. As peças se refletem umas a outras até adquirirem proporções ou silhuetas mágicas e irreais como as dos espelhos de Alicia. A outra chave que atravessa Big Bang tem a ver com este outro movimento dos corpos que é o desejo. Talvez previsivelmente, já desde seus primeiros livros, Sarduy nos mergulha no universo do desejo erótico e sua ambígua trajetória. Claro que elo desejo não é simples, porém o importante é ter algo ou alguém a quem desejar. E a poesia surge então para reter esse brilho, essa cintilação fugaz do desejo que tentaremos iluminar em nossa viagem pela obra do cubano.
Palavras-chave: Caribe. Sexualidade. Big Bang. Severo Sarduy
Resumen
No es fácil transitar la obra de Severo Sarduy. Tampoco olvidarla. Son numerosos los signos que así lo anuncian. No me refiero aquí al reconocimiento internacional que tienen sus novelas y ensayos, pasando por distintos países, con un renovado interés también en Argentina. Me refiero a la intensidad de su trabajo y al modo en que sus libros se contaminan entre ellos y vuelven a armar itinerarios comenzados en otros lugares pero que en cada nuevo registro se estrellan de una manera diferente. La suya es la originalidad de una voz poética que crea su propia pertenencia. En los fragmentos de Big Bang, texto en el que nos concentraremos en el presente trabajo, Sarduy juega con un género que conoce bien: el de la divulgación científica. Lo pequeño o lo breve funciona como un ojo o una clave. En un universo concentrado donde una voluntaria economía verbal impide desarrollar un conflicto o extenderse en la descripción de situaciones y personajes, los restos de la tradición literaria y científica canónica son el banquete. El poeta toma de la cantera universal los materiales que necesita y los sumerge en su dicción particular, en su propia experiencia del universo. Estos textos tensos, como el equipaje preparado antes de una partida súbita, recogen objetos extraños que sólo tienen sentido para quien viaja. Las piezas se reflejan unas a otras hasta adquirir proporciones o siluetas mágicas e irreales como las de los espejos de Alicia. La otra clave que atraviesa Big Bang tiene que ver con ese otro movimiento de los cuerpos que es el deseo. Quizás previsiblemente, ya desde sus primeros libros, Sarduy nos sumerge en el universo del deseo erótico y su ambigua trayectoria. Por supuesto que el deseo no es simple, pero lo importante es tener algo o alguien a quien desear. Y la poesía surge entonces para retener ese brillo, ese parpadeo fugaz del deseo que intentaremos iluminar en nuestro recorrido por la obra del cubano.
Palabras clave: Caribe. Sexualidad. Big Bang. Severo Sarduy
Abstract
It is not easy to read the works of Severo Sarduy. Neither forget them. There are many signs that announce this. I am not referring here to the international recognition of his novels and essays, passing through different countries, with a renewed interest also in Argentina. I am referring to the intensity of his work and the way in which his books are contaminated between them and reassemble itineraries started in other places but in each new register they crash in a different way. His is the originality of a poetic voice that creates its own belonging. In the fragments of Big Bang, text in which we will concentrate in the present work, Sarduy plays with a genre that knows well: the scientific divulgation. These short stories are like an eye or a key. In a concentrated universe where a voluntary verbal economy prevents the development of a conflict or spreads in the description of situations and characters, the remains of the canonical literary and scientific tradition are the banquet. The poet takes from the universal quarry the materials he needs and immerses them in his particular diction, in his own experience of the universe. These tense texts, such as luggage prepared before a sudden departure, pick up strange objects that only make sense to the traveler. The pieces reflect each other until acquiring proportions or silhouettes magical and unreal as those of the mirrors of Alice. The other key that goes through Big Bang has to do with that other movement of the bodies: the erotic desire. Perhaps predictably, already from his first books, Sarduy immerses us in the universe of erotic desire and its ambiguous trajectory. Of course, the desire is not simple, but the important thing is to have something or someone to desire. And poetry arises then to retain that brilliance, that fleeting flicker of desire that we will try to illuminate in our journey through the work of the Cuban.
Keywords: Caribbean. Sexuality. Big Bang. Severo Sarduy
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