CONTORNANDO A TRADIÇÃO: o papel geofilosófico 'menor' do Brasil (e da América Latina)
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-4358v12n37.2022.63Palabras clave:
Geofilosofia, Eurocentrismo, Pensamento brasileiro, FascismoResumen
A perspectiva de uma crítica contemporânea à ‘tradição filosófica’ parece se vincular, em particular, ao quadro histórico-filosófico que se desenha a partir do final da Segunda Grande Guerra, e que irá refletir uma especial preocupação do pensamento com o fenômeno do nazifascismo. Há uma importante confluência de autores e autoras no intuito de deslindar os sentidos trágicos dessa experiência, que se mostrara devastadora sob vários aspectos. No bojo dessa orientação genericamente anti-fascista ou pós-fascista, começa a se configurar um movimento crítico mais agudo que afinal irá mirar a própria centralidade europeia na determinação da investigação filosófica. Essa investida, que ainda estaria em curso, se evidenciaria segundo ao menos três perspectivas: a da revisão do sentido da racionalidade tipicamente europeia, de um novo dinamismo menor do pensamento, através da valorização das situações e condições minoritárias e a da recusa da hierarquização epistêmica eurocentrada em favor de uma outra mundialização da Filosofia, em busca de novas configurações epistêmicas periféricas. Que papel o Brasil e a América Latina teriam em tal cenário geofilosófico? As formulações de Darcy Ribeiro, autor que não exatamente se inclui no campo filosófico, parecem conferir alguma resposta a esse tema.
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