Construção do papel materno a partir da vivência de internação em UTI neonatal em dois modelos assistenciais / The formation of the maternal role from experience of hospitalization in the Neonatal Intensive Care Unit in two models of care
DOI:
https://doi.org/10.18764/Keywords:
Cuidados intensivos. Método mãe canguru. Recém-nascido de baixo-peso.Abstract
Introdução: O nascimento de um recém-nascido pré-termo que necessita de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal representa uma crise na família. Os sentimentos maternos são contraditórios, envolvendo medo, culpa e negação. Objetivo: Analisar a construção do papel materno a partir do nascimento de um filho pré-termo internado em UTI Neonatal. Métodos: Estudo qualitativo realizado em quatro maternidades, duas no Rio de Janeiro e duas em São Luís. Em cada estado uma unidade utilizava o cuidado tradicional e a outra o Método Canguru. Foram realizadas 20 entrevistas semi-estruturadas, onze em unidades convencionais e nove em unidades canguru. A amostra foi definida pelo critério de saturação. Foram entrevistadas mães de bebês com internação de um a três meses. Realizada análise de conteúdo na modalidade temática. Resultados: Foram identificadas diferenças nos dois modelos assistenciais. Nos locais que utilizavam o Método Canguru, o contato pele a pele e a participação nos cuidados foram fundamentais para a construção da auto-imagem como mãe, influenciando na expectativa materna em relação ao período pós-alta e na construção de projetos de vida para o bebê. As mães do modelo tradicional tinham falas mais influenciadas pelo medo do bebê adoecer e preocupações como medo de visitas, de morte súbita e de doenças incuráveis. Conclusão: O Método Canguru facilita o desempenho do protagonismo materno, privilegiando a utilização de recursos próprios na compreensão e condução do que se passa com a mãe e com seu filho, levando ao seu empoderamento. Essa nova tecnologia de cuidado é facilitadora da construção do papel materno.
Palavras-chave: Cuidados intensivos. Método mãe canguru. Recém-nascido de baixo-peso.
Abstract
Introduction: The birth of a preterm baby who needs hospitalization in the Neonatal Intensive Care Unit (NICU) represents a crisis for the family. The maternal feelings are contradictory, involving fear, guilt and denial. Objective: To analyze the maternal role formation after the birth of preterm infants hospitalized in the NICU. Methods: This is a qualitative study conducted in four neonatal intensive care units, two in Rio de Janeiro and two in São Luís. In each State one of the units used the traditional care and the other one the Kangaroo care method. Twenty semi-structured interviews were conducted, being eleven in conventional units and nine in kangaroo units. The number of interviews was defined by the saturation criterion. We interviewed mothers of hospitalized infants of one to three months of age. Data were analyzed by thematic approach. Results: There were differences in the two care models. At those units where the Kangaroo method was used, the skin contact between the mother and child as well as the participation in the care were essential to build their self-image as a mother, influencing the maternal expectations in relation to post-discharge period and to the planning of life projects for the baby. Mothers who experienced the traditional model had reported to be more influenced by fear of infant to be sick and concerns such as fear of visits, sudden death and incurable diseases. Conclusion: Kangaroo care facilitates the performance of maternal protagonism, favoring the use of their own resources in understanding and dealing with problems that are happening with her and her child, leading to their empowerment. This new technology facilitates the formation of the maternal role.
Keywords: Neonatal intensive care. Kangaroo mother method. Low birth weight infant.
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