FRONTEIRAS MÚLTIPLAS E DIALÉTICA DA IMAGEM NA FORMAÇÃO DO ARTISTA EM “O PINTOR DE RETRATOS,” DE ASSIS BRASIL
Palabras clave:
Pintor, Fotógrafo, Retratos, MigraçãoResumen
Uma análise apurada do romance “O Pintor de Retratos”, de Assis Brasil, revela, sobretudo, a formação do homem, e, paralelamente, a formação do artista e do conceito de artes, numa linha do tempo. A coluna vertebral da narrativa, no viés da construção de identidades, está centrada no desenvolvimento de novos conceitos para a arte da imagem. A evolução imagética, fundando novas expressões artísticas, traz como pano de fundo a inquietante mobilização humana, transcontinental, para a formação identitária do povo brasileiro, mais especificamente, da região sul do Brasil. Assis traça o perfil de múltiplas formações que se entrelaçam sutilmente. Começa pela busca de identidade do personagem central, e sua veia artística, nas peregrinações essenciais em seu percurso da Europa à América do Sul, de forma obstinada, para transpor novas estéticas, novos conceitos artísticos e novas fronteiras territoriais. Assim, “O Pintor de Retratos” apresenta uma abordagem histórica pelo avesso, em que o Brasil é constituído e consumado pelo olhar do estrangeiro. Assis consegue criar a visão de fora para construir o interior nacional que hoje vigora a luz da história. Em todas as partes do livro há um crescendo, um movimento temporal que passa a montar o quebra-cabeça da formação da região sul e, paralelamente, a quebra de paradigmas nas artes visuais – fotografia e pintura. Para sondar uma estética, que parte do belo ao horror, o personagem Sandro Lanari migra
no tempo e no espaço, para desconstruir o processo de colonização europeia no sul do país, e, mais que isso, polemizar velhos paradigmas. E, se o ponto de partida é a beleza da modelo Sarah Bernhardt, o ponto de chegada é o choque cultural que pode haver no processo de degola
humana, ambos registrados pelas lentes de máquinas fotográficas. É a dialética da imagem na modernidade.
Palavras-chave: Pintor. Fotógrafo. Retratos. Migração.
MULTIPLE BORDERS AND DIALECTIC IMAGE IN THE TRAINING OF THE ARTIST IN “THE PORTRAIT PAINTER”OF ASSIS BRASIL
Abstract
A refined analysis of the novel “O Pintor de Retratos,” de Assis Brasil, reveals, above all, the formation of man, and, in parallel, the formation of the artist and the concept of arts, in the timeline. The spinal column of the narrative, the base of the construction of identities, is focused on developing new concepts for the art image. Evolution imagery, founding new artistic expressions, brings the background of the disturbing human mobilization, transcontinental, to the identity formation of a people - the Brazilian, and, more specifically, the southern region of Brazil. Assis traces the profile of multiple formations, which intertwine subtly, to begin the search for identity of the main character, and his artistic vein and performs essential pilgrimages during his journey
from Europe to South America, single-mindedly until to implement new aesthetics, new artistic concepts and new territorial boundaries. Thus, “O Pintor de Retratos” shows a historical approach inside out, in which Brazil is made and consummated through alien eyes. Assis can create the view from outside, to build national interior that stands today in the light of history. In all parts of the book, there is a growing, a temporal movement that begins to assemble the puzzle of the formation of the south, parallel to break paradigms that are recorded in the visual arts - photography and painting. To probe an aesthetic that part of the beautiful horror, the character Sandro Lanari migrate in time and space, to deconstruct the European colonization process in
the South, and, more than that, polemics old paradigms.
Keywords: Painter. Photographer. Pictures. Migration.
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