A Imagem-Transe: Deleuze, Glauber Rocha e o povo que falta
Résumé
O objetivo deste artigo é mostrar como uma ideia cinematográfica pode ter ressonâncias políticas. Assim, no segundo volume dos livros dedicados por Gilles Deleuze à sétima arte – A imagem-tempo: Cinema 2 (1985) – o cinema político moderno se depara com um o povo que já não existe, ou que não existe ainda: «o povo falta». Com efeito, a ideia do povo que falta remete às minorias das nações oprimidas do Terceiro Mundo, e será o brasileiro Glauber Rocha um dos primeiros a plasmar essa ideia na tela. Desse modo, o cinema abre caminhos para pensar a luta política em diálogo com a contemporaneidade, o que nos leva a problematizar o tema da violência que emerge como potência de metamorfose e emancipação em resposta ao intolerável.
Palavras-chave: Cinema. Deleuze. Glauber Rocha. Povo que falta. Imagem.
The Trance Image: Deleuze, Glauber Rocha and the missing people
ABSTRACT:
The aim of this article is to show how a cinematographic idea could have political resonances. Thus, in the second volume of the Gilles Deleuze’s books dedicated to the seventh art - The Image-Time: Cinema 2 (1985) - modern political cinema faces a people who no longer exist, or who do not yet exist: «the missing people». Indeed, the idea of the missing people goes back to the minorities of the oppressed Third World nations, and Brazilian Glauber Rocha will be one of the first to shape this idea on screen. Thus, the cinema opens ways to think about the political struggle in dialogue with the contemporary, which leads us to problematize the theme of violence that emerges as a power of metamorphosis and emancipation in response to the intolerable.
Keywords: Cinema. Deleuze. Glauber Rocha. Missing people. Image.
[1] Artigo submetido para avaliação em 31/10/2019 e aprovado em 05/11/2019.
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