Resistência e complementaridade biopolítica no dispositivo de religiosidade
Três estudos de caso na Amazônia
DOI :
https://doi.org/10.18764/2447-6498.v10n1.2024.10Mots-clés :
Amazônia., Resistência., Religião., Dispositivo., Biopolítica., Tradições populares.Résumé
Artigo que examina a dinâmica biopolítica entre resistência e controle no contexto religioso da Amazônia, analisando três casos específicos: os recomendadores de almas em Parintins, a prática da umbanda no mesmo município e o neopentecostalismo em Manaus. Em todos esses casos, observamos uma complementaridade na dinâmica biopolítica, com diferentes formas de resistência e controle em jogo. Por um lado, tanto os recomendadores de almas quanto a prática da umbanda representam formas de resistência à marginalização pela igreja tradicional, e o neopentecostalismo se destaca por exercer um controle social mais eficaz e difuso. Por outro lado, tanto entre os recomendadores de alma quanto na Umbanda, há também circulação e exercício de poder, uma vez que se trata de lideranças que fazem circular certos tipos de poder; ao mesmo tempo, no neopentecostalismo há também resistência e certo modo ético de governar a si mesmo, que escapa a uma analítica simplista.
Téléchargements
Références
BALESTRIN, P.; SOARES, R. “’Etnografia de tela’: uma proposta metodológica”. In: MEYER, D. E.; PARAÍSO, M. A. (Eds.). Metodologia de Pesquisas Pós-críticas em Educação. 2. ed. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2012, p. 89–112.
BITTENCOURT, Antônio. Memória do município de Parintins: estudos históricos sobre sua origem e desenvolvimento moral e material. Manaus: Livraria Palan Royal, 1924.
BOTAS, Paulo. Carne do sagrado – edun ara: devaneios sobre a espiritualidade dos orixás. Rio de Janeiro: Vozes, 1996.
CARNEIRO, Sueli. Dispositivo de racialidade: a construção do outro como não ser como fundamento do ser. Rio de Janeiro: Zahar, 2023.
COELHO, Helon da Silva & FARIAS, Yandrei Souza. Nossa comunidade: Recomendadores de Almas. Trabalho de Conclusão de Curso em Comunicação Social – Jornalismo. Parintins: UFAM, 2022.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Rio de Janeiro: Ubu, 2020.
FANON, Frantz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Ubu, 2022.
GOMES, Jéssica Dayse Matos. Negros em Parintins/AM: relações raciais, fronteiras étnicas e reconhecimento identitário. Tese de Doutorado em Sociedade e Cultura na Amazônia. Manaus: UFAM, 2022.
GONZÁLEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
LE GOFF, Jacques. O nascimento do purgatório. Petrópolis: Vozes, 2017.
MARIANO, Ricardo. Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil. São Paulo: Loyola, 1999.
MAUÉS, Heraldo. Uma outra “invenção” da Amazônia: religiões, histórias, identidades. Belém: Cejup, 1999.
OLIVEIRA, Marco Davi de. A religião mais negra do Brasil. São Paulo: Mundo Cristão, 2004.
PEDREIRA, Carolina. “Reza não é música: a lamentação das almas na Chapada Diamantina”. In: Iluminuras, Porto Alegre, v. 11, n. 25, 2010. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/iluminuras/article/view/15532. Acesso em: 26 maio. 2024.
SILVA, Deuzair. A (re)invenção do fim: lugares, ritos e secularizações da morte em Goiás no século XIX. Tese de Doutorado em História. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2012.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade 2024
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Direitos autorais da Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.