VELHAS E NOVAS CULTURAS DE COMUNICAÇÃO:
TEMPOS DE CONSTRUÇÃO DE REALIDADES SOCIAIS IRREAIS
DOI:
https://doi.org/10.18764/2525-3441v8n22.2023.10Palavras-chave:
Comunicação, Culturas, Indivíduo e massa, Sociedade simbólica, Poder políticoResumo
O estudo busca compreender as transformações do comportamento dos indivíduos na sociedade sob o ponto de vista da comunicação, relacionando sistemas antigos e sistemas novos de circulação de informações. Faz uma relação entre os processos comunicacionais e os conflitos de interesse que demarcam as sociedades contemporâneas. Problematiza as situações crescentes de apagamento dos sentidos de verdade e de realidade; a submissão de amplas parcelas da população ao negacionismo da ciência e da política; os riscos de fragilização dos fundamentos do Estado Democrático de Direito. Percebe a convivência simultânea de comportamentos modernos e primitivos nas relações de indivíduos e de grupos em suas estratégias de sobrevivência, nas suas formas de produzir conhecimento e de compreender as dinâmicas políticas. Aponta-se a ascensão de forças inspiradas no fascismo, determinadas a estabelecer o controle da opinião pública; ainda uma predisposição de relevantes contingentes populacionais de se sentirem confortáveis no papel de massa de manobra. Identifica-se este quadro de desconstituição da modernidade no Brasil particularmente no período do governo Bolsonaro, caracterizado pelo uso intenso dos discursos midiáticos que geram desinformação, medo e violência. A análise qualitativa é feita sob a lógica do método dialético e da Análise do Discurso Crítica, respeitando a historicidade do objeto, baseada no raciocínio analítico de informações e de conceitos presentes em autores de referência, além de dados objetivos da realidade social. O estudo manifesta preocupação com o futuro da democracia, na medida em que os avanços tecnológicos, de modo contraditório, sugerem um retraimento da potencialidade da inteligência humana.
Downloads
Referências
BELLUZO, L. G.; GALÍPOLO, G. Dinheiro: o poder da abstração real. 1 ed. São Paulo: Editora Contracorrente, 20121.
BRIGGS, A.; BURKE, P. Uma história social da mídia: de Gutenberg à Internet. 1.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
DARDOT, P.; LAVAL, C. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016.
DURKEIM, Émile. As regras do método sociológico. Porto Alegre: Editora Martin Claret, 2003.
EMPOLI, Giuliano Da. Os engenheiros do caos. Edição do Kindle Ed. 1. São Paulo: Vestígio, 2019.
ELIAS, N. A sociedade dos indivíduos. 1.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.
FIGUEIREDO, Lívia Marcos Ferrari. Liderança de opinião e interpessoalidade. Comunicação & Inf.,v. 16, n, p. 98-112, jan/jun. 2013. Disponivel em: 18/04/2023. https://brapci.inf.br/index.php/res/download/81008. Acesso em:
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 48 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
FREIRE, P. Ação cultural para a liberdade. 8 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
GREENWALD, G. Sem lugar para se esconder. 1ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.
HARARI, Y. N. Sapiens – uma breve história da humanidade. 30 ed. Porto Alegre, RS: L&PM, 2017.
KAKUTANI, M. A morte da verdade: nota sobre a mentira na era Trump. 1ed. Rio de Janeiro: Intrínsica, 2018.
KEYES, R. A Era da pós-verdade: desonestidade e enganação na vida contemporânea. 1 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018.
LEVITSKY, S.; ZIBLATT, D. Como as democracias morrem. 1ed. Rio de Janeiro: ZAHAR, 2018.
LUKÁCS, G. Prolegômenos para uma ontologia do ser social: questões de princípio para uma ontologia hoje tornada possível. 1 ed. São Paulo: Boitempo, 2010.
MELLO, P.C. A máquina do ódio: notas de uma repórter sobre fake news e violência digital. 1 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
MORIN, Edgar. Cultura de massas no século XX: necrose. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.
NICOLELIS, Miguel. O verdadeiro criador de tudo: como o cérebro humano esculpiu o universo como nós conhecemos. Edição do Kindle. São Paulo: Planeta, 2020.
OLIVEIREA, Maria Marly de. Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2005.
O'NEIL, Cathy. Algoritmos de Destruição em Massa. Edição do Kindle. São Paulo: Editora Rua do Sabão, 2020.
RICCI, R. Fascismo brasileiro: e o Brasil gerou seu ovo da serpente. 1 ed. Curitiba: Kotter Editorial, 2022.
ROCHA, João Cezar de Castro. Guerra cultural e retórica do ódio: crônicas de um Brasil pós-político. Edição do Kindle, Goiânia: Caminhos, 2021.
RODOTÀ, Stefano. A vida na sociedade da vigilância: a privacidade hoje. 1 ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.
SAGAN, C. O mundo assombrado pelos demônios: a ciência vista como uma vela no escuro. 4 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
SNOWDEN, Edward. Eterna vigilância: como montei e desvendei o maior sistema de espionagem do mundo. 1 ed. São Paulo: Planeta do Brasil, 2019.
STEPHENS, M. História das comunicações: dos tantãs aos satélites. 1ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1993.
WOLF, M. Teorias da comunicação. 4 ed. Lisboa – Portugal: Editorial Presença, 1995.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Afluente: Revista de Letras e Linguística
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos autorais Afluente: Revista Eletrônica de Letras e Linguística
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.