GEORG SIMMEL
a modernidade e o corolário da cisão cultural
Palavras-chave:
Simmel, Crise, Modernidade, Cultura objetiva, Cultura subjetivaResumo
O texto pretende dar conta da reflexão de Georg Simmel sobre a crise da cultura moderna, com foco nas chaves interpretativas do autor para se operacionalizar o conceito de cultura nos dias atuais, uma vez que há um esgotamento do termo. Contrapõe-se aos ideais modernos caracterizados por uma ótica positivista na conceituação da cultura. Confirma a cultura em duas esferas distintas, subjetiva e objetiva; que se retroalimentam e formam uma unidade. Simmel, expõe os dilemas da modernidade ao indicar a tragédia/crise decorrente da cisão na percepção dos indivíduos da objetivação da dimensão subjetiva da cultura, essa interpretação é suprimida da compreensão individual. Esse é um dos nós górdios que o ocidente precisa desatar. Também, expõe a significativa transformação que a ideia de cultura sofre na transição entre a sociedade rural para a urbana. Simmel estabelece as dicotomias das ações humanas no momento em que há uma separação do produto cultural em relação ao seu criador, percebe que isto marca a transformação do contato interior dos indivíduos com a realidade exterior, com prejuízo ao conteúdo pessoal e emocional e com a sistematização de formas fluídas nas relações interpessoais. Em resposta constrói-se relações pessoais de reserva, estranhamento e despersonalização nos indivíduos.
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