O sequestro na religião: porque o mundo precisa de um Deus?
Abstract
Este artigo quer apresentar uma discussão acerca de uma proposta antropológica, especialmente fundamentada em Feuerbach e Nietzsche, apresentando, primeiramente o caráter negativo da religião, que se caracteriza como a negação do homem, e o processo de devolução que estes pensadores desenvolvem através de um antropocentrismo. O texto busca fazer uma relação com a imagem de seqüestro. Para tanto, não interessa de maneira direta aqui se existe um Deus, mas, de que maneira as religiões ao apresentar suas teorias, levaram a possibilidade de cada individuo ser tomado de si mesmo, alienado, ou na linguagem que é utilizada aqui, sofrendo um “seqüestro da subjetividade”. Ou seja, suas capacidades levadas para fora de si. Daí surge a reflexão sobre uma devolução do ser humano ao ser humano, ser devolvido a si mesmo. Isso gera em cada individuo o senso de responsabilidades. Assim, o que ocorrer na vida, bem ou o mal não se deve a um intervenção divina, mas, as consequências das escolhas humanas.