Do caráter de cura do Da-sein como possibilidade ontológica do clamor da consciência ao querer-ter-consciência enquanto pressuposição existenciária do Ser e estar em débito em Martin Heidegger
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n42.2024.16Palabras clave:
martin heidegger, clamor da consciencia, cura, querer-ter-consciencia, ser e estar em debitoResumen
Detendo-se na noção de consciência (Gewissen) enquanto fenômeno originário do Da-sein segundo a interpretação de Heidegger na obra “Ser e Tempo” (II Parte, II Capítulo, Da seção § 55 à seção § 60), o Prof. Luiz Carlos Mariano Da Rosa, em consonância com o princípio hermenêutico-fenomenológico-ontológico-existencial, investiga o clamor da consciência enquanto conclamação do si-mesmo em seu poder-ser si-mesmo, tendo em vista o Da-sein que clama no fundo da sua estranheza enquanto clamor da consciência em uma construção teórico-conceitual que encerra nas fronteiras do Da-sein o que clama e o a-clamado. Dessa forma, analisando o Da-sein como quem clama e o seu estar-lançado como “já-ser-em” e o angustiar-se com o seu poder-ser enquanto conclamação para assumir o seu poder-ser mais próprio, cujo movimento encerra o caráter de cura do Da-sein como possibilidade ontológica do clamor da consciência, o artigo expõe que, constituindo a cura, o ser do Da-sein compreende em si facticidade (estar-lançado), ek-sistência (projeto) e de-cadência em um processo que assinala que o Da-sein é enquanto determina a si como poder-ser que pertence a si mesmo enquanto poder-ser, o que implica que, guardando somente possibilidade de ek-sistir como o ente cuja responsabilidade implica ser o que é, o Da-sein, existindo, consiste no fundamento de seu poder-ser. Constituindo o ser e estar em débito o ser designado como cura, o clamor consiste no clamor da cura em uma construção que assinala que o Da-sein encontra-se originariamente reunido consigo mesmo na estranheza e cuja a-clamação, convergindo para uma re-clamação pro-clamadora, encerra o pro-clamar da possibilidade enquanto possibilidade que, em existindo, envolve o assumir, em si mesmo, o ente-lançado que é, implicando o re-clamar para o estar-lançado em face do dever-ser e do poder-ser no sentido de compreender a si como fundamento do nada a ser assumido na ek-sistência em um movimento que atribui a de-cisão a condição de verdade mais originária do Da-sein.
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