FILOSOFIA E EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE CRISE: Por uma educação emancipadora
Resumen
A relação entre educação e filosofia remonta à própria origem da Filosofia. Educar era desde Aristóteles formar o homem com caráter para que ele pudesse participar ativamente dos destinos da cidade. O livro II de Ética a Nicômaco aborda fundamentalmente este processo. Considerando e assumindo a tese do Estagirista de que nada do que é humano nasce por natureza, mas que se constrói mediante a prática e o exercício para a virtude que se torna virtuoso entendemos que os atuais modelos educacionais estão comprometidos com os meios de produção, assumindo uma educação instrumentalizadora com o objetivo de ajustar socialmente os educandos e os educadores. Nessa perspectiva, a filosofia e a educação deixam de perseguir a tarefa fundamental de emancipação da subjetividade para que ela possa aderir a programas e a causas que promovam a dignidade humana que é a condição fundamental desde o Estagirista para atingir a felicidade. A Filosofia e a educação permanecem embevecidas em um plano abstrato, ideal e distante das condições e das contradições concretas da vida dos homens em sua dimensão de singularidade e de coletividade. Este artigo analisa a relação entre educação e filosofia a partir da experiência construída no PIBID-FAPESB de Filosofia, em constante diálogo com Aristóteles em Ética a Nicômaco, Paulo Freire em Educação como prática da liberdade e Política e educação e Almeida A educação em Kierkegaard e Paulo Freire: por uma educação ética existencial e Filosofia cinema e educação e Adorno Educação e Emancipação.